Após o vazamento pelo WikiLeaks de informações trocadas por agentes diplomáticos de vários países, especialmente aquelas envolvendo o pessoal do corpo diplomático dos Estados Unidos, o mundo diplomático entrou em polvorosa face à aparente fragilidade que informações consideradas restritas, classificadas, vieram à público de forma tão rápida e eficiente via WEB e pelas mãos da WikiLeaks.org, que assim ganhou notoriedade mundial instantânea com o fato, catalizando os sentimentos de grande parte da sociedade global, cansada dos eternos segredos e práticas de bastidores da política mundial.
Os atingidos pela divulgação dos documentos comprometedores primeiramente, e como era de se esperar, apelaram para o, digamos, bom senso da WiikiLeaks, em parar a divulgação das informações alegando, dentre outras, o comprometimento da segurança nacional. Como o WikiLeaks ampliou ainda mais a divulgação dos documentos em seu poder, a coisa começou a ficar pesada. A força dos Governos se fez presente e, para início de conversa vários sites que hospedavam o WikiLeaks.org foram tirados do ar e as contas depositárias dos seus fundos financeiros congeladas. Para terminar, o proprietário do WikiLeaks passou a ser acusado e procurado pela justiça da Suécia por estupro, o que desencadeou uma caça a sua procura.
Quando o assunto parecia apontar um vencedor, isto é, os Governos Formais, houve uma espetacular virada. Para começar, as medidas de cerceamento da dissiminação e circulação das informações divulgadas via cerco e fechamento dos web sites que hospedavam o WikiLeaks, perdeu seu efeito prático. Os web sites "tirados do ar" foram rapidamente substituídos por centenas de "mirrors", e com o qual o conteúdo do WikiLeaks espalhou-se, sem controle, aos quatro ventos. No caso da prisão de Julian Assange, uma batalha não declarada foi estabelecida. De um lado a máquina formal dos governos estabelecidos e do outro a "sociedade formiguinha", composta por vários matizes, incluindo dentre elas idealistas libertários de toda e qualquer forma de expressão, até hackers que entraram na briga ao lado de Julian Assange, alimentados e usando a seu favor, de forma nunca vista, as “ferramentas” da web
Por enquanto o jogo está empatado. Hoje, Julian Assange foi libertado sob fiança, equivalente a R$ 640.000,00, conseguida com ajuda de terceiros.
Esses acontecimentos e o seu desenrolar podem ser considerados um “case” da força das novas e instantâneas mídias da web, como o twitter, o facebook e outras redes de usuários web, que respondem, desafiam as “velhas” políticas. O jogo é outro. Os “players” não formais atuam, quando a causa lhes parece justa, conectados e globalizados. On line são imbatíveis quando se unem. Tornam-se fortes, ágeis, e com tal capacidade de enfrentamento, que parece não ter nenhum governo, ou diplomacia, condições de lhes confrontar.
taí uma chance do povo se mostrar! e vou além, temos que começar a pensar em criar uma internet independente, fora do controle das grandes empresas e das entidades reguladoras! sim!!! pois os "governos" poderão mudar as regras da internet para limitar essa liberdade que temos hoje!
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