Investir em C&T&I é a saída do País para se alcançar a riqueza para nosso Povo. |
Na visão de nosso blog, o que o País necessita, de fato, em todos os setores, e no industrial em particular, é de choque de gestão, de eficiência, de competência empresarial, para produzir produtos cada vez mais baratos, com maior conteúdo tecnológico "made in Brazil", de menores custos, de forma a se tornar mais competitivo, independentemente de cenário interno de impostos em cascata e nas alturas. Não basta ser eficaz, tem que se ser eficiente.
Em um discurso memorável de tempos atrás, o professor Weber Figueiredo, refletindo sobre a industrialização do Brasil em sua "A Última Aula" dizia:
“...Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó. A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação. A bananada é = a banana + outros ingredientes + a energia térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó e + o conhecimento, ou tecnologia da vovó. A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza. E a vovó? Bem, a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária. Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas. Um quilo de banana custa um real. Já um quilo da bananada custa cinco reais. Por que essa diferença de preços? Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas. Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada. Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.”
Eu, enquanto engenheiro-tecnologista, cidadão e amante de um Brasil mais próspero, mais rico e igualitário para nossos filhos, concordo plenamente com o professor Figueiredo. Necessitamos quebrar esse paradigma de dependência tecnológica e investir maciçamente em ciência, tecnologia e inovação. Nós podemos mudar esse cenário. Basta querermos.
A EMBRAPII e o fortalecimentos dos investimentos do Brasil em Ciência, Tecnologia e Inovação é um desses caminhos. Portanto, estava mais do que na hora de propostas como essas serem postas em prática em nosso País.
Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial - EMBRAPII |
A EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial é uma Organização Social Supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ( MCTI), tendo por interveniente o Ministério da Educação (MEC), que objetiva fomentar projetos de cooperação entre empresas nacionais e instituições de pesquisa e desenvolvimento para a geração de produtos e processos inovadores
A EMBRAPII tem três características fundamentais: foco no problema empresarial, competência direcionada para isso e agilidade na respostas a essas demandas
Em um primeiro momento a EMBRAPII selecionou três instituições para fazer parte do seu projeto piloto. Elas são, respectivamente:
• EMBRAPII – Unidade SENAI-Ba/CIMATEC – Automação da Manufatura
• EMBRAPII – Unidade IPT – Bionanomanufatura e Materiais
• EMBRAPII – Unidade INT – Energia e Saúde
• EMBRAPII – Unidade IPT – Bionanomanufatura e Materiais
• EMBRAPII – Unidade INT – Energia e Saúde
Em 15/04/2014, a EMBRAPII lançou a sua Chamada Pública 01-2014, com o objetivo de selecionar até 10 instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas sem fins lucrativos para constituir Unidades EMBRAPII.
As Unidades EMBRAPII estarão habilitadas a receber recursos financeiros para prospectar e executar projetos de inovação em parceria com empresas, na área de competência definida, assumindo o compromisso de atingir metas de desempenho pactuadas com a EMBRAPII. As UE serão credenciadas pelo período de seis anos, renovável
Como resultado preliminar da seleção pública (18/08/2014) no qual se candidataram 87 instituições, foram aprovadas pelo seu Conselho de Administração as propostas de credenciamento das seguintes instituições de pesquisa tecnológica:
• Centro de Engenharia Elétrica e Informática da Universidade Federal de Campina Grande – CEEI/UFCG
• Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM
• Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – LAMEF/UFRGS
• Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
• Fundação CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
• Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina – POLO/UFSC
• Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – Coppe/UFRJ
• Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – Institutos LACTEC
• Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA
• Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros
• Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM
• Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – LAMEF/UFRGS
• Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
• Fundação CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
• Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina – POLO/UFSC
• Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – Coppe/UFRJ
• Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – Institutos LACTEC
• Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA
• Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros
Cumpridos todos os requisitos da Chamada Pública da EMBRAPII, o resultado final da Chamada deverá ser divulgado em 29/08/2014.
A missão da EMBRAPII é apoiar instituições de pesquisa tecnológica, em selecionadas áreas de competência, para que executem projetos de desenvolvimento de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial.
Compartilhando os riscos dos projetos com as empresas, o objetivo é estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.