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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Análise Critica da Entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal Nacional

No dia 18/08, a candidato à Presidência pelo PT em 2014, Dilma Rousseff, foi entrevista no Palácio da Alvorada, ao vivo, pela bancada do Jornal Nacional, por William Bonner e Patrícia Poeta. Confiram a entrevista clicando na figura.


[entrevista da candidata Dilma ao JN                         Entrevista do JN com Dilma Rousseff (18/08) - Eleição Presidencial

Nosso blog resumiu criticamente a entrevista:

Na entrevista realizada com o candidato Aécio Neves no dia 11/08 pelo JN, a sabatina da dupla Bonner e Poeta fez perguntas criticas ao candidato do PSDB durante 13 minutos e 30 segundos, dos 15 minutos previstos para a entrevista. Desta vez, a sabatina crítica, até mesmo deselegante por parte do jornalista Bonner foi de quase 15 minutos, isto é, não sobraria tempo hábil para a presidente apresentar as suas propostas visando mais um mandato. Então, a bancada do JN concedeu(?) mais 1,5 minuto para que a Presidente apresentasse as suas propostas.

Vamos lá...

1- William Bonner, como no caso de Aécio Neves, começou e entrevista com temas polêmicos a respeito da candidatura de Dilma.

Bonner falou das denúncias na mídia envolvendo escândalos de corrupção e de desvios éticos nos Ministérios da Agricultura, das Cidades, dos Esportes, da Saúde, dos Transportes, do Turismo, ainda falando do caso Petrobras, no qual foram abertas duas CPI´s no Congresso Nacional.

A respeito desse tema, Bonner afirmou que Dilma sempre diz que os escândalos foram revelados pela Polícia federal e estão sendo investigados pela PF, que é um órgão do Governo Federal. Nesse ponto nos perguntamos....A quem mais cabe, em um primeiro momento, investigar casos de corrupção e de desvios conforme colocado pelo entrevistador do JN. A resposta, claro, é a Polícia Federal!! Mas vamos em frente...

Continuando o mesmo questionamento, Bonner perguntou qual foi a dificuldade que a Presidente enfrentou para formar uma equipe de pessoas honestas. Acrescentando ainda se não haveria uma sensação no ar de que o PT descuida da questão ética, da questão da corrupção.

Às questões de Bonner, Dilma respondeu dizendo que o governo dela (2010-2014) fi o que mais estruturou os mecanismos de combate à corrupção e mal feitos, citando exemplo que a Polícia Federal nos governos Dilma e Lula ganhou autonomia para investigar, para descobrir, para prender. Além disso, disse Dilma, tivemos uma relação muito respeitosa com o Ministério Público. Disse ainda Dilma que no governo dela nenhum Procurador Geral foi chamado de “Engavetador Geral da República”. Complementando, Dilma disse que teve absoluta isenção na escolha dos procuradores, citando ainda que, em seu governo, foi criada a Controladoria Geral da União (CGU), que se transformou em um órgão forte e que investiga e descobre muitos “casos”. Citou ainda a Presidente em resposta a Bonner: “Nós criamos a lei do Acesso à Informação, criamos o Portal da Transparência e, encerrando, disse que apesar das denúncias muitos os que foram acusados foram inocentados”. A Presidente ainda afirmou que “os partidos podem fazer exigências, indicações, mas eu só aceito quando são pessoas íntegras, da minha confiança”.

2- Na segunda pergunta, Bonner questionou Dilma dizendo que o PT teve um grupo de elite julgado comprovadoramente por corrupção e que o PT tratou esses condenados como guerreiros, vítimas de uma injustiça. Questionou Bonner: Isto não é ser condescendente com a corrupção?

À questão, a Presidente respondeu dizendo que não julga ou opina sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre a posição do partido, ela não respondeu.

3- Agora foi a vez de Patrícia Poeta questionar Dilma. Ela perguntou: O seu governo diz que investiu muito em saúde e essa continua sendo uma preocupação da maioria dos brasileiros depois de 12 anos de governo do PT. Não foi tempo suficiente esses problemas nos trilhos não?

A resposta de Dilma à jornalista foi que tem-se muitos desafios a se enfrentar pela frente na saúde. Dilma lembrou que até recentemente o Brasil tinha uma das menores taxas de médicos/mil habitantes (1,8), o que levou a uma carência enorme de médicos nos postos de saúde. Historiando, ela continuou dizendo que após muita resistência, o governo “chamou” médicos brasileiros para o atendimento. A necessidade era de 14 mil médicos. A resposta obtida foi insuficiente pois não havia médicos formados no Brasil com condições de atender ao “chamado do governo”. Depois disso, o governo “chamou” médicos brasileiros ou não formados no exterior, não se chegando a um número suficiente. Na sequência, foram “chamados” (via convênio – nossa inserção) médicos cubanos e aí conseguiu-se chegar ao número de 14.462 médicos, suficientes para atender 50 milhões de brasileiros.

Adendo da repórter Poeta: O que a senhora diria para os brasileiros que enfrentam filas e filas, que não encontram macas, que a situação do País (na área de saúde) é minimamente razoável?

A resposta de Dilma foi que não acha a situação minimamente razoável, até por que o Brasil precisa de uma reforma federativa, por que há responsabilidades federais, estaduais e municipais. Disse ainda Dilma que o governo assumiu, no caso do Programa Mais Médicos, como uma responsabilidade federal. Acrescentando, ela complementou que o foco agora são as especialidades (ginecologia, ortopedia e outras). Aí, Bonner interveio e “cortou” a fala da Presidente para tratar de economia...

4- Bonner continuou a entrevista fazendo um preâmbulo sobre economia, dizendo que a inflação está no teto da meta anual (6,5%), a economia encolheu 1,2%, que a previsão de crescimento (econômico) é baixíssima, menor que 1% e que o superávit foi o pior dos 14 últimos anos. Bonner citou ainda que a Presidente não vê esses dados tão ruins assim, pois há quase pleno emprego. Ele ainda citou que para o próximo ano, os analistas apontam para a necessidade de ajustes na economia e que Dilma classifica isso como “pessimismo”. Daí ele perguntou: É justo o seu governo ora culpar a conjuntura internacional ora o pessimismo pelo quadro atual? O seu (de Dilma) governo não tem nenhuma responsabilidade por esse quadro?

A resposta de Dilma a Bonner foi que o governo enfrentou a crise não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos e que, pelo contrário, diminui-se e desonerou-se as folhas de pagamento, reduziu-se a incidência de impostos sobre a “cesta básica”. Dilma disse ainda que a inflação está caindo desde abril desse ano e hoje está praticamente em 0% ao mês. Dilma repetiu ainda que o governo enfrentou a crise sem demitir, que está gerando emprego e renda. Nesse ponto, o relógio marcava 14 minutos e 50 segundos de entrevista, ou seja, não haveria tempo para a candidata apresentar seus projetos prioritários para o próximo governo. Então, Bonner, reconhecendo isso estendeu a entrevista em mais 1 minuto e 30 segundos, como dado ao candidato Aécio Neves. Aproveitando esse tempo, a Presidente disse que pretende dar avanço ao que foi feito nos governos do ex-presidente Lula, que criou um Brasil mais moderno para impulsionar um novo ciclo de crescimento mais produtivo. “Nós criamos as condições para o País dar um salto, colocando a educação como prioridade, o centro de tudo. Dilma, para finalizar, citou ainda que quer uma Brasil de classe média e que acredita no Brasil”, o que, claro, não poderia deixar de ser dito pela Presidente.

Assim foi finalizada a entrevista...

Nossa conclusão é que, embora a dupla de repórteres, especialmente William Bonner tenha sido até deselegante com a Presidente em alguns momentos, o tom da entrevista foi similar à do candidato do PSDB Aécio Neves. No geral, a presidente se saiu bem. Aliás, bem melhor do que o candidato Aécio havia se saído na entrevista em que concedeu ao JN.

Para finalizar, achamos que todo o debate é benéfico e salutar no sentido de esclarecer ao eleitor, e que pontos críticos devem ser mesmo levantados. No entanto, para tudo há um bom tom, e achamos que nesse quesito o senhor Bonner se excedeu. Em alguns momentos parecia que ele não era um repórter, mas um político em debate com um opositor, o que não era o caso. Confiram no vídeo da Globo e tirem as suas próprias conclusões.

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