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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Wikileaks: Diários de Guerra do Iraque e do Afeganistão

wikileaks wardiaries
WikiLeaks: Diários de Guerra do Iraque e do Afeganistão
A WikiLeaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia que publica em seu site postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis.
Ao longo de 2010 a WikiLeaks publicou grande quantidade de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, com forte repercussão mundial. Em abril, divulgou um vídeo de 2007, que mostra o ataque de um helicóptero Apache dos EUA matando pelo menos 12 pessoas - dentre as quais dois jornalistas da agência de notícias Reuters, em Bagdá (Iraque). O vídeo (clique aqui ou na figura abaixo) é uma das mais notáveis publicações do site. Desde então, vários documentos sobre a intervenção dos EUA, tanto no Iraque quanto no Afeganistão, tem sido divulgados pelo site, sempre com grande repercussão.

wikileaks - ataque aéreo em Bagdad
                                           Ataque aéreo de helicóptero Apache em Bagdad
                                           Ocupação do Iraque pelos EUA. Clique na Figura

Em 2011 o WikiLeaks foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo parlamentar norueguês Snorre Valen. O autor da proposta disse que o WikiLeaks é "uma das contribuições mais importantes para a liberdade de expressão e transparência" no século XXI. "Ao divulgar informações sobre corrupção, violações dos direitos humanos e crimes de guerra, o WikiLeaks é um candidato natural ao Prêmio Nobel da Paz", acrescentou à época. No entanto, as laureadas foram Três mulheres- a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman.

Na mesma linha de transparência, a WikiLeaks criou o site Wikileaks Diários de Guerra (WarDiaries.wikileaks.org) fornece ao interessado em saber a verdade, o que nem sempre é noticiado pelas grandes mídias, uma maneira fácil de pesquisar os Diários da Guerra do Iraque e do Afeganistão, que foram tornados públicos pelo Wikileaks em 22 de outubro de 2010.

Os documentos são um conjunto de mais de 391 mil relatórios que cobrem a guerra no Iraque a partir de 2004-2009 e no Afeganistão 2004-2009. A partir do site WarDiaries.wikileaks.org, você pode navegar através de todos os documentos que foram lançados, organizados por tipo, categoria, data, número de vítimas, e muitas outras propriedades.

A partir de qualquer página do documento, clique no texto sublinhado em verde que irá abrir um pop-up com links para outros documentos que contêm essas frases, tornando possível ver termos de pesquisa importantes e conexões que você não poderia notar.

A esperança do Wikileaks e a do nosso Blog é que esta ferramenta será útil para jornalistas, pesquisadores, pessoas comuns como eu e você que estão interessados em aprender mais sobre a guerra dos EUA no Afeganistão e no Iraque e dar sentido a esse banco de dados importante.

O Wikileaks, como organização não governamental vive e angariar fundos de voluntários em seu trabalho para continuar funcionando em prol da verdade e da informação descompromissada. Se você deseja apoiar este trabalho, nosso Blog encoraja você a fazer uma doação para o Wikileaks. A doação pode ser feita através da consulta a esse link via cartão de crédito Visa/Mastercard, e pode ser de 10, 25, 50, 110, 250 ou outro valor em euros (Eur$ 1,00= R$ 2,9641, em 28/08/2014). Então, a menor contribuição pedida é de aproximadamente R$ 30,00 (28/08/2014).

Esperando ter contribuído para a disseminação da informação....Boa pesquisa.

Reforma Política: Plebiscito Popular na Semana da Pátria. Participe

plebiscito na semana da pátria
Plebiscito Popular pela Reforma Política -
De 1 a 7 de setembro/2014 - Rede Brasil Atual
De 1º e 7 de setembro, durante a Semana da Pátria, a população brasileira poderá votar se é a favor ou não de uma constituinte exclusiva e soberana para reformar o sistema político brasileiro. 

O plebiscito popular foi organizado por diversas entidades que objetivam aperfeiçoar as instituições políticas do país. A presidenta Dilma Rousseff propôs a reforma política após as manifestações de junho do ano passado e reiterou ser favorável ao plebiscito durante o primeiro debate com os presidenciáveis no JN, realizada no dia 26/08/2014.

Obviamente, o plebiscito popular não é um plebiscito formal segundo a legislação eleitoral, mas está na proposta da candidatura da coligação do PT para a próxima legislatura presidencial (2015 a 1018).

O secretário de Políticas Sociais da CUT São Paulo, João Batista Gomes, destaca que os movimentos se uniram para a realização da consulta popular após a proposta da presidenta. "Para nós, é uma resposta as manifestações de junho, que apontamos. Levamos a frente e estamos fazendo com as próprias mãos esse plebiscito", diz em entrevista à Rádio Brasil Atual.

O secretário da CUT alega que segmentos conservadores, como o STF e partidos políticos, a exemplo do PMDB, apresentam resistência à reforma política e chegaram a acusar Dilma de exercer um golpe. "Consultar o povo é a forma mais democrática que existe para saber os rumos da nação", considera.

O sindicalista aponta as reformas defendidas pelos movimentos. No caso da CUT, o fim do Senado, que exerce papel redundante em relação à Câmara dos Deputados, o fim do financiamento privado de campanhas para partidos políticos e a reformulação na proporcionalidade dos votos são as principais bandeiras. Gomes indica que o voto de um eleitor de Roraima "vale" dez vezes mais do que o de um eleitor paulista, ferindo a regra "elementar da democracia", que pressupõe igualdade no peso dos votos de cada indivíduo.

"No Brasil, 70% do Congresso está representando pelas grandes empresas e pelos latifundiários, ou seja, o povo não está representado. Então, nós achamos que a constituinte seria o caminho para mudar isso", afirma. Os movimentos sociais esperam que a maioria da população brasileira responda favoravelmente à constituinte exclusiva e soberana para a reforma política. Se o resultado for alcançado, o próximo passo será pressionar as autoridades para que a proposta se concretize.

"Estamos com as urnas, levando para os lugares de trabalho, igrejas, movimentos sociais e estamos chamando os dirigentes sindicais para se engajarem e coletarem os votos", ressalta o secretário. Votos também poderão ser realizados pela internet, com número do CPF, no site do Comitê Plebiscito Constituinte.

O comitê pela reforma política conta com cerca de mil escritórios espalhados pelo país. Foi criado em setembro passado por partidos políticos e movimentos sociais. A organização soma 214 entidades, entre movimentos sociais, sindicatos, partidos e coletivos.

Saiba sobre o Plebiscito Popular, ouvindo o áudio desse link. A pergunta do Plebiscito é simples: você é a favor ou contra a instituição de uma constituinte exclusiva para a reforma política? Sim ou não?

logo sobre o plebiscito da constituinte Clique na Figura e ouça sobre o Plebiscito Popular. São informações importantes.

Repetindo, você pode votar pessoalmente ou, eletronicamente, no site http://www.plebiscitoconstituinte.org.br. A meta é alcançar uma votação de 10 milhões de votos. Participe. O sucesso dessa iniciativa depende de cada um de nós. A cidadania se exerce com ações organizadas pela Sociedade Civil como essa, mas, principalmente, com a nossa participação. Vote aqui.

plebiscito pela constituinte
Plebiscito Popular. Vote Aqui!!!!
Plebiscito Popular pela Constituinte. Reforma Política Já.  Não se esqueça...O prazo se encerrava em 07 de setembro, mas, devido à sobrecarga dos servidores do site, foi adiado para 08/072014.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Conhece a EMBRAPII? O Caminho da Riqueza Passa por Ciência, Tecnologiae Inovação

inovar para competir e para crescer
 Investir em C&T&I é a saída do País para se
alcançar a riqueza para nosso Povo.

Em um discurso memorável de tempos atrás, o professor Weber Figueiredo, refletindo sobre a industrialização do Brasil em sua "A Última Aula" dizia:

“...Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó. A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação. A bananada é = a banana + outros ingredientes + a energia térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó e + o conhecimento, ou tecnologia da vovó. A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza. E a vovó? Bem, a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária. Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas. Um quilo de banana custa um real. Já um quilo da bananada custa cinco reais. Por que essa diferença de preços? Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas. Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada. Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.”

Eu, enquanto engenheiro-tecnologista, cidadão e amante de um Brasil mais próspero, mais rico e igualitário para nossos filhos, concordo plenamente com o professor Figueiredo. Necessitamos quebrar esse paradigma de dependência tecnológica e investir maciçamente em ciência, tecnologia e inovação. Nós podemos mudar esse cenário. Basta querermos.

A EMBRAPII e o fortalecimentos dos investimentos do Brasil em Ciência, Tecnologia e Inovação é um desses caminhos. Portanto, estava mais do que na hora de propostas como essas serem postas em prática em nosso País.

logo embrapii
 Empresa Brasileira de Pesquisa e
 Inovação Industrial - EMBRAPII
A EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial é uma Organização Social Supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ( MCTI), tendo por interveniente o Ministério da Educação (MEC), que objetiva fomentar projetos de cooperação entre empresas nacionais e instituições de pesquisa e desenvolvimento para a geração de produtos e processos inovadores

A EMBRAPII tem três características fundamentais: foco no problema empresarial, competência direcionada para isso e agilidade na respostas a essas demandas

Em um primeiro momento a EMBRAPII selecionou três instituições para fazer parte do seu projeto piloto. Elas são, respectivamente:

• EMBRAPII – Unidade SENAI-Ba/CIMATEC – Automação da Manufatura
• EMBRAPII – Unidade IPT – Bionanomanufatura e Materiais
• EMBRAPII – Unidade INT – Energia e Saúde

Em 15/04/2014, a EMBRAPII lançou a sua Chamada Pública 01-2014, com o objetivo de selecionar até 10 instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas sem fins lucrativos para constituir Unidades EMBRAPII.

As Unidades EMBRAPII estarão habilitadas a receber recursos financeiros para prospectar e executar projetos de inovação em parceria com empresas, na área de competência definida, assumindo o compromisso de atingir metas de desempenho pactuadas com a EMBRAPII. As UE serão credenciadas pelo período de seis anos, renovável
Como resultado preliminar da seleção pública (18/08/2014) no qual se candidataram 87 instituições, foram aprovadas pelo seu Conselho de Administração as propostas de credenciamento das seguintes instituições de pesquisa tecnológica:

• Centro de Engenharia Elétrica e Informática da Universidade Federal de Campina Grande – CEEI/UFCG
• Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM
• Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – LAMEF/UFRGS
• Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
Fundação CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
• Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina – POLO/UFSC
• Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – Coppe/UFRJ
• Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – Institutos LACTEC
• Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA
Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros

Cumpridos todos os requisitos da Chamada Pública da EMBRAPII, o resultado final da Chamada deverá ser divulgado em 29/08/2014.

A missão da EMBRAPII é apoiar instituições de pesquisa tecnológica, em selecionadas áreas de competência, para que executem projetos de desenvolvimento de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial.

Compartilhando os riscos dos projetos com as empresas, o objetivo é estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Reforma Política : Para Mudar tem que Assinar!!!

Por concordarmos que é urgente uma reforma política no País e que essa reforma não interessa às elites que se perpetuam no poder há décadas, endossamos a campanha no PT e da Plataforma Pela Reforma do Sistema Político, pela coleta de assinaturas em prol da proposição de uma mudança radical nas regras políticas via iniciativa popular.



reforma politica - Muda Brasil PT
Reforma Política - ação solidária da sociedade proposta pelo PT
          
Transcrevemos o teor da campanha contido no site do PT a respeito do assunto...
O PT propõe mudar as regras das eleições para melhorar o sistema político brasileiro, fortalecer a democracia e dar mais transparência ao processo eleitoral.
Para tal, vamos mobilizar a sociedade em torno de uma proposta de reforma política de verdade, sintonizada com os novos tempos. Assim, vamos colher pelo menos um milhão e meio de assinaturas para levar ao Congresso Nacional um Projeto de Iniciativa Popular capaz de, a partir da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva, lançar as bases de um novo modelo de escolha e de representação popular

A luta via Projeto de Lei de Iniciativa Popular foi uma conquista da sociedade graças, justamente, a uma Assembleia Nacional Constituinte convocada, em 1986, para preparar a Constituição Federal promulgada em 1988. É um importante mecanismo de pressão social e de participação política da sociedade na pauta do Parlamento.

Para ser protocolado, o projeto precisa ter, no mínimo, a adesão de 1% dos eleitores (atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas), distribuídos por pelo menos nove unidades da federação, com uma cobertura de ao menos 0,3% dos eleitores em cada um dos estados e no Distrito Federal, como prevê o artigo 61 da Constituição Federal.

Será necessário criar um ambiente político específico, de tal forma a não atrapalhar a rotina e as demais atribuições do Congresso Nacional. Convocar uma Constituinte exclusiva, portanto, é uma medida ao mesmo tempo democrática e administrativa, uma maneira de dar ao País as condições de discutir e votar a reforma política sem, no entanto, atrapalhar o dia-a-dia do Poder Legislativo.

O voto em lista pré-ordenada defendido pelo PT valoriza os partidos e garante ao eleitor o direito de votar em propostas voltadas para o bem comum, e não em demandas pessoais ou corporativas, muitas delas, inclusive, disfarçadas de interesse público. O fortalecimento dos partidos é fundamental para a democracia porque eles estão no centro do debate democrático e tem capacidade de agregar em torno de si todas as discussões relativas aos movimentos populares. Somente a partir deles, e não por meio de atuações puramente personalistas de políticos, a democracia pode, de fato, funcionar a favor dos reais interesses da população

Apesar de serem mais da metade da população, as mulheres não estão bem representadas no Poder Legislativo. Com menos de 10% das cadeiras ocupadas por mulheres, o Brasil figura em 124º lugar numa lista de 145 países feita pelas Nações Unidas sobre participação feminina em parlamentos. O PT defende um aumento real da presença das mulheres em todas as instâncias da política nacional.

É fato que o atual modelo de financiamento das campanhas eleitorais, no Brasil, acaba por favorecer os candidatos bancados pelo poder econômico. Em muitos casos, esse sistema acaba por criar uma relação incestuosa entre os parlamentares eleitos e seus financiadores, de tal forma que os interesses da população se tornam secundários, quando não totalmente desprezados nos debates e na formulação de políticas públicas, tanto nos parlamentos como nos cargos executivos. Com o financiamento público das campanhas eleitorais será possível equilibrar o processo eleitoral e criar um ambiente mais justo e democrático durante as eleições. Com ele, os candidatos terão que abandonar as estratégias baseadas no poder de compra pelo poder de convencimento dos eleitores.

Se você tem interesse em conhecer o Programa do PT e da coligação de Dilma Rousseff para 2014-2018, leia neste link.

Com relação à Proposta do PT, infelizmente não encontramos meios no site do partido ou no da campanha pela Reforma Política da presidente Dilma, de um sistema de coleta de assinaturas on line, o que dificulta a tarefa de se conseguir as 1,5 milhão de assinaturas pretendidas. No entanto, entendemos que por se tratar de coleta de assinaturas e não petição on line, a adesão do cidadão deve ser presencial. De qualquer forma é uma pena, pois temos certeza que a maioria do povo anseia para que as “regras do jogo” do cenário político mudem radicalmente. E isso só se dará através de uma reforma política.

Ainda com relação à reforma política, há uma proposta muito interessante, bem estruturada e interativa, da Plataforma pela Reforma do Sistema Político. A proposta também envolve a instalação de uma Constituinte. Nela, você pode assinar a petição, da mesma forma, isto é, presencial ou formando um comitê pela Instalação de uma Constituinte. Clicando na figura você será direcionado ao site. Participe!!! esse tema é importante demais para nos eximirmos de participar. Exercer a cidadania é um direito, mas acima de tudo um dever.

                  plataforma pela reforma política

Análise Critica da Entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal Nacional

No dia 18/08, a candidato à Presidência pelo PT em 2014, Dilma Rousseff, foi entrevista no Palácio da Alvorada, ao vivo, pela bancada do Jornal Nacional, por William Bonner e Patrícia Poeta. Confiram a entrevista clicando na figura.


[entrevista da candidata Dilma ao JN                         Entrevista do JN com Dilma Rousseff (18/08) - Eleição Presidencial

Nosso blog resumiu criticamente a entrevista:

Na entrevista realizada com o candidato Aécio Neves no dia 11/08 pelo JN, a sabatina da dupla Bonner e Poeta fez perguntas criticas ao candidato do PSDB durante 13 minutos e 30 segundos, dos 15 minutos previstos para a entrevista. Desta vez, a sabatina crítica, até mesmo deselegante por parte do jornalista Bonner foi de quase 15 minutos, isto é, não sobraria tempo hábil para a presidente apresentar as suas propostas visando mais um mandato. Então, a bancada do JN concedeu(?) mais 1,5 minuto para que a Presidente apresentasse as suas propostas.

Vamos lá...

1- William Bonner, como no caso de Aécio Neves, começou e entrevista com temas polêmicos a respeito da candidatura de Dilma.

Bonner falou das denúncias na mídia envolvendo escândalos de corrupção e de desvios éticos nos Ministérios da Agricultura, das Cidades, dos Esportes, da Saúde, dos Transportes, do Turismo, ainda falando do caso Petrobras, no qual foram abertas duas CPI´s no Congresso Nacional.

A respeito desse tema, Bonner afirmou que Dilma sempre diz que os escândalos foram revelados pela Polícia federal e estão sendo investigados pela PF, que é um órgão do Governo Federal. Nesse ponto nos perguntamos....A quem mais cabe, em um primeiro momento, investigar casos de corrupção e de desvios conforme colocado pelo entrevistador do JN. A resposta, claro, é a Polícia Federal!! Mas vamos em frente...

Continuando o mesmo questionamento, Bonner perguntou qual foi a dificuldade que a Presidente enfrentou para formar uma equipe de pessoas honestas. Acrescentando ainda se não haveria uma sensação no ar de que o PT descuida da questão ética, da questão da corrupção.

Às questões de Bonner, Dilma respondeu dizendo que o governo dela (2010-2014) fi o que mais estruturou os mecanismos de combate à corrupção e mal feitos, citando exemplo que a Polícia Federal nos governos Dilma e Lula ganhou autonomia para investigar, para descobrir, para prender. Além disso, disse Dilma, tivemos uma relação muito respeitosa com o Ministério Público. Disse ainda Dilma que no governo dela nenhum Procurador Geral foi chamado de “Engavetador Geral da República”. Complementando, Dilma disse que teve absoluta isenção na escolha dos procuradores, citando ainda que, em seu governo, foi criada a Controladoria Geral da União (CGU), que se transformou em um órgão forte e que investiga e descobre muitos “casos”. Citou ainda a Presidente em resposta a Bonner: “Nós criamos a lei do Acesso à Informação, criamos o Portal da Transparência e, encerrando, disse que apesar das denúncias muitos os que foram acusados foram inocentados”. A Presidente ainda afirmou que “os partidos podem fazer exigências, indicações, mas eu só aceito quando são pessoas íntegras, da minha confiança”.

2- Na segunda pergunta, Bonner questionou Dilma dizendo que o PT teve um grupo de elite julgado comprovadoramente por corrupção e que o PT tratou esses condenados como guerreiros, vítimas de uma injustiça. Questionou Bonner: Isto não é ser condescendente com a corrupção?

À questão, a Presidente respondeu dizendo que não julga ou opina sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre a posição do partido, ela não respondeu.

3- Agora foi a vez de Patrícia Poeta questionar Dilma. Ela perguntou: O seu governo diz que investiu muito em saúde e essa continua sendo uma preocupação da maioria dos brasileiros depois de 12 anos de governo do PT. Não foi tempo suficiente esses problemas nos trilhos não?

A resposta de Dilma à jornalista foi que tem-se muitos desafios a se enfrentar pela frente na saúde. Dilma lembrou que até recentemente o Brasil tinha uma das menores taxas de médicos/mil habitantes (1,8), o que levou a uma carência enorme de médicos nos postos de saúde. Historiando, ela continuou dizendo que após muita resistência, o governo “chamou” médicos brasileiros para o atendimento. A necessidade era de 14 mil médicos. A resposta obtida foi insuficiente pois não havia médicos formados no Brasil com condições de atender ao “chamado do governo”. Depois disso, o governo “chamou” médicos brasileiros ou não formados no exterior, não se chegando a um número suficiente. Na sequência, foram “chamados” (via convênio – nossa inserção) médicos cubanos e aí conseguiu-se chegar ao número de 14.462 médicos, suficientes para atender 50 milhões de brasileiros.

Adendo da repórter Poeta: O que a senhora diria para os brasileiros que enfrentam filas e filas, que não encontram macas, que a situação do País (na área de saúde) é minimamente razoável?

A resposta de Dilma foi que não acha a situação minimamente razoável, até por que o Brasil precisa de uma reforma federativa, por que há responsabilidades federais, estaduais e municipais. Disse ainda Dilma que o governo assumiu, no caso do Programa Mais Médicos, como uma responsabilidade federal. Acrescentando, ela complementou que o foco agora são as especialidades (ginecologia, ortopedia e outras). Aí, Bonner interveio e “cortou” a fala da Presidente para tratar de economia...

4- Bonner continuou a entrevista fazendo um preâmbulo sobre economia, dizendo que a inflação está no teto da meta anual (6,5%), a economia encolheu 1,2%, que a previsão de crescimento (econômico) é baixíssima, menor que 1% e que o superávit foi o pior dos 14 últimos anos. Bonner citou ainda que a Presidente não vê esses dados tão ruins assim, pois há quase pleno emprego. Ele ainda citou que para o próximo ano, os analistas apontam para a necessidade de ajustes na economia e que Dilma classifica isso como “pessimismo”. Daí ele perguntou: É justo o seu governo ora culpar a conjuntura internacional ora o pessimismo pelo quadro atual? O seu (de Dilma) governo não tem nenhuma responsabilidade por esse quadro?

A resposta de Dilma a Bonner foi que o governo enfrentou a crise não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos e que, pelo contrário, diminui-se e desonerou-se as folhas de pagamento, reduziu-se a incidência de impostos sobre a “cesta básica”. Dilma disse ainda que a inflação está caindo desde abril desse ano e hoje está praticamente em 0% ao mês. Dilma repetiu ainda que o governo enfrentou a crise sem demitir, que está gerando emprego e renda. Nesse ponto, o relógio marcava 14 minutos e 50 segundos de entrevista, ou seja, não haveria tempo para a candidata apresentar seus projetos prioritários para o próximo governo. Então, Bonner, reconhecendo isso estendeu a entrevista em mais 1 minuto e 30 segundos, como dado ao candidato Aécio Neves. Aproveitando esse tempo, a Presidente disse que pretende dar avanço ao que foi feito nos governos do ex-presidente Lula, que criou um Brasil mais moderno para impulsionar um novo ciclo de crescimento mais produtivo. “Nós criamos as condições para o País dar um salto, colocando a educação como prioridade, o centro de tudo. Dilma, para finalizar, citou ainda que quer uma Brasil de classe média e que acredita no Brasil”, o que, claro, não poderia deixar de ser dito pela Presidente.

Assim foi finalizada a entrevista...

Nossa conclusão é que, embora a dupla de repórteres, especialmente William Bonner tenha sido até deselegante com a Presidente em alguns momentos, o tom da entrevista foi similar à do candidato do PSDB Aécio Neves. No geral, a presidente se saiu bem. Aliás, bem melhor do que o candidato Aécio havia se saído na entrevista em que concedeu ao JN.

Para finalizar, achamos que todo o debate é benéfico e salutar no sentido de esclarecer ao eleitor, e que pontos críticos devem ser mesmo levantados. No entanto, para tudo há um bom tom, e achamos que nesse quesito o senhor Bonner se excedeu. Em alguns momentos parecia que ele não era um repórter, mas um político em debate com um opositor, o que não era o caso. Confiram no vídeo da Globo e tirem as suas próprias conclusões.

Reação de Aécio Neves à Pesquisa DataFolha que Aponta Empate Técnico entre Marina Silva (PSB) e Aécio (PSDB): Estarei no Segundo Turno. Tenho Muita Certeza!

[caption id="attachment_1158" align="alignleft" width="232"]Aécio Neves Aécio Neves - candidato do PSDB 2014[/caption]

O candidato à presidência pelo PSDB Aécio Neves, falando a respeito da pesquisa DataFolha para a presidência, divulgada ontem (18/08/2014), já apresentando o nome da ex-senadora Marina Silva como candidata à Presidência pelo PSB ( o que só deve acontecer oficialmente na próxima quarta feira) disse que tem certeza que estará no segundo turno das eleições, mesmo diante do novo cenário eleitoral. A declaração foi durante uma visita ao Morro Santa Marta, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda (18/08).


Começa nesta terça-feira (19) o horário gratuito de propaganda eleitoral no rádio e na televisão dos candidatos às Eleições Gerais de 2014. O horário se estenderá até o dia 2 de outubro, em primeiro turno. A resolução que regula o assunto é a Resolução TSE nº 23.429, que trata do uso do horário eleitoral pelos candidatos a presidente da República e do plano de mídia.


Pela resolução, os 25 minutos de propaganda eleitoral em bloco dos candidatos a presidente, no horário gratuito no rádio e na TV, estão assim divididos:


- Coligação Com a Força do Povo (PT/PMDB/PSD/PP/PR/ PROS/PDT/PC do B/PRB) – 11min24s;
- Coligação Muda Brasil (PSDB/PMN/SD/DEM/PEN/PTN/ PTB/PTC/PT do B) – 4min35s;
- Coligação  Unidos pelo Brasil (PHS/PRP/PPS/PPL/ PSB/PSL) – 2min03s;
- Partido Social Cristão (PSC) – 1min10s;
- Partido Verde (PV) – 1min04s;
- Partido Socialismo e Liberdade (PSol) – 51s;
- Partido Social Democrata Cristão (PSDC) – 45s;
- Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) – 47s;
- Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) – 45s;
- Partido Comunista Brasileiro (PCB) – 45s; e Partido da Causa Operária (PCO) – 45s.




[caption id="attachment_1161" align="alignright" width="272"]Dilma Rousseff Presidente Dilma Rousseff - PT[/caption]

Como se vê, a coligação do PT tem o maior tempo disponível para apresentar seus resultados de governo, responder ás críticas dos demais candidatos e apresentar seu novo programa de governo.




[caption id="attachment_1159" align="alignleft" width="253"]Marina silva 2 Ex-senadora Marina Silva[/caption]

A certeza do ex-governador Aécio Neves de que vai para o segundo turno com Dilma Rousseff deve se basear na premissa de que o tempo do horário eleitoral destinado a sua coligação ser 100% maior do que a da candidatura do PSB. No entanto, Marina Silva já foi testada nas eleições à presidência em 2010 angariando mais de 19 milhões de votos, de protestos ou não, não importa, o que se constitui em um cacife nada desprezível. Ela se constitui na “terceira via” e responderia a muitas críticas a ela feitas por não ter se lançado, em um primeiro momento ao pleito 2014, preferindo arriscar tudo no fortalecimento da Rede Sustentabilidade, tendo insucesso e acabando por se contentar em ser vice na chapa do PSB. Além do mais, Marina agora conta com o clima de comoção, a 46 dias do primeiro turno das eleições 2014 (05/10/2014), pela morte de Eduardo Campos.




[caption id="attachment_1160" align="alignright" width="300"]renata campos Viúva de Eduardo Campos, Renata Campos diz que os sonhos de Eduardo Campos sempre estarão vivos.[/caption]

Aécio neves deve ainda estar torcendo para que a candidata a vice na chapa (provável) de Marina Silva não seja a viúva de Eduardo (Renata Campos) – que tem planos políticos, nos parece, voltados mais para o plano local - e sim outro nome do PSB, pois nesse caso, a dupla Marina / Renata, a nosso ver, seria muito mais forte eleitoralmente do que Aécio, que não é tão carismático e nem tão conhecido no País.


Falando do horário eleitoral, que se inicia hoje, para quem desejar acompanhar a propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/1997), ela deve ocorrer para os candidatos a presidente da República às terças e quintas-feiras e aos sábados das 7h às 7h25 e das 12h às 12h25 no rádio, e das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55 na televisão.


Na hipótese de ocorrer segundo turno (26/10/2014), os blocos de 20 minutos no rádio e na TV serão distribuídos igualitariamente entre os partidos ou as coligações dos candidatos concorrentes, iniciando-se por aquele que teve maior votação e alternando-se essa ordem a cada programa.


Mais informações sobre a disputa aos demais cargos, isto é, governador, senador, deputado federal e estadual, consultem esse link. Ele mostra em detalhes o calendário do horário eleitoral para a disputa a esses cargos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Prêmio Época – Reclame Aqui: As Melhores Empresas para o Consumidor 2014

[caption id="attachment_1140" align="alignleft" width="156"]premio epoca reclame aqui 2014 Premio Época - Reclame Aqui. Período de votação: 18/08/2014 a 26/09/2014[/caption]

Para você que não tem ou tem sido bem atendido pelas empresas e prestadoras de serviços, a revista época e o Site Reclame Aqui - um dos melhores sites para denúncias/reclamações que o consumidor pode  contar – estão promovendo o prêmio “As melhores Empresas para o Consumidor 2014". Você pode votar no link abaixo.


Segundo os promotores, "o prêmio foi criado com a finalidade de incentivar as empresas a buscar excelência no atendimento, realizando esforços para melhorar o relacionamento com o novo consumidor e atingir alto índice de eficiência na solução de problemas".


 O período de votação começa hoje (18/08/2014) e vai até 26/09O/2014. Não deixe de participar.




[caption id="attachment_1141" align="aligncenter" width="691"]premio epoca reclame aqui 2014 2 Clique na Figura que você será redirecionado para o Site do Premio[/caption]

Além do mais, se você está sendo mal tratado, está tendo problemas ou foi enganado por um fornecedor, o Reclame Aqui é o site para você “botar a boca no trombone”. Além de denunciar, você pode ter seu problema solucionado e acompanhar o andamento da sua reclamação.


O Reclame Aqui tem outra função muito relevante. Ele serve de referência para o consumidor antes de adquirir um serviço ou produto de um fornecedor desconhecido (ou conhecido na mídia). A sua participação denunciando os maus fornecedores auxilia a Sociedade e os consumidores em geral. Participe.


O Blog do JCR não tem qualquer vínculo com o Reclame Aqui, nem ganha nada em ajudar a promovê-lo. Nós acreditamos que se trata de um serviço que auxilia o consumidor, por isso trazemos essa informação a você.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A Velha Ladainha Política: Aécio Neves dá Entrevista ao Jornal Nacional

No dia 11/08, o candidato à Presidência pelo PSDB em 2014, Aécio neves foi entrevistado ao vivo, na bancada do JN, por William Bonner e Patrícia Poeta. Confiram a entrevista clicando na figura.

[caption id="attachment_1115" align="alignnone" width="554"]Entrevista do candidato Aécio Neves- PSDB- ao JN Entrevista do candidato Aécio Neves ao Jornal Nacional (11/08/2014)[/caption]

Nosso blog resumiu criticamente a entrevista:

1- O ex-governador Aécio, quando perguntado sobre se vai realinhar preços de alguns insumos da economia, o que, na prática, significa aumentar preços, como o já anunciado pela imprensa aumento da tarifa de energia elétrica em 30% em 2015 e o preços dos combustíveis, admitiu que vai fazê-lo, isto é, vamos ter aumento de preços de combustíveis e de energia, talvez de outras tarifas públicas por aí. Mas tentou sair pela tangente, como todo político, mesmo questionado pelo Bonner.

2- O caso do mensalão tucano foi levantado  e nada foi dito. Perguntado por que o senhor Eduardo Azeredo renunciou para escapar ao processo e que o mesmo o está apoiando, o senhor Aécio disse que é o Eduardo Azeredo que o apoia.

3 - Quanto ao caso do aeroporto próximo à terra do Tio-avô...Perguntado se seria ético construir um aeroporto ao lado da terra do tio-avô e se isso não iria valorizar as tais terras, mais uma vez o ex-governador saiu pela tangente. Não respondeu a contento.

4- Questionado sobre os programas sociais do PT, ele reconheceu que vai continuar o Programa Bolsa Família, ProUni e vai ampliar outros programas que estão dando certo. Uma dentro do ex-governador, que, explicitamente, admitiu, para não perder votos, que vai dar continuidade a esses programas de largo apelo populacional.

5- Perguntado, já que se gabava de ter feito um dos melhores governos que Minas teve nos últimos anos, por que o IDH do Estado caiu da oitava posição no País para a nona, ele não respondeu diretamente. Preferiu jogar a culpa na região do Vale do Jequitinhonha, a mais pobre de Minas, e na depleção de preços de commodities como o minério de ferro e o café.

6- O Governador ao citar durante a entrevista que a saúde de Minas é a de melhor qualidade do País, foi perguntado por Bonner, citando especialistas, se a maioria dos investimentos em saúde no Estado não teriam vindo da União e não do estado. Mais uma vez o candidato do PSDB saiu pela tangente.

Para não dizer que ele não falou de flores, Aécio Neves prometeu, se eleito, mais ética, eficiência e melhorar o Brasil, o que é "chover no molhado, nada de novo, pois todos os candidatos, em todas as eleições, prometem essas mesmas coisas.

Para completar, com os 1 minuto e meio que faltava para falar de suas propostas, Aécio preferiu entrar em um blá blá blá citando nomes de alguns brasileiros, dizendo que vai melhorar a vida deles.

Confiram se estou errado. Do seu programa de governo, o que interessava ao telespectador, ele não disse nada. Foi uma lástima a entrevista.

Reparem ainda na entrevista ao JN que o discurso do candidato Aécio é cheio de evasivas. Gastou os 15 minutos a ele destinados sem dizer praticamente nada. Só ficou na defensiva. Ele fala mas não diz. É aquele velho discurso dos políticos antigos. Ninguém mais aguenta isso. É sempre a mesma ladainha.

Bom...o cenário da disputa política à presidência 2014-2018 agora muda comEduardo Campos morre o anúncio na data de hoje, da morte em desastre aéreo do candidato à presidência Eduardo Campos. A herdeira natural de Eduardo Campos deve ser a sua vice da chapa (PSB), a ex-senadora Marina Silva que deve capitalizar os votos que seriam dados ao PSB se ela assumir a disputa à presidência, que era de Eduardo. Mas isso é motivo para outro post.

Esperando ter contribuído...

 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Israel Pede Desculpas ao Brasil: Veja a Nota do Presidente Recém Eleito de Israel

foto israel BrasilO presidente recém-eleito de Israel, Reuven Rivlin, se desculpou ontem (11/08) por telefone à presidente Dilma Roussef pelas declarações anteriormente dadas pelo porta-voz do Ministério do Exterior,Yigal Palmor.


Para entender melhor a Nota, o Brasil, no dia 24/07, em função do conflito entre Israel e o Hamas, retirou seu embaixador em Israel para consultas em protesto contra a operação da Forças de Defesa de Israel (IDF) na Faixa de Gaza. A íntegra da Nota é mostrada a seguir:


Nota do Brasil sobre o conflito na faixa de GazaA Nota 168 do Itamaraty (23/07/2014) - Conflito entre Israel e Palestina - diz que “o Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.


O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.


Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.


Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado à Brasília para consultas.


Conflict between Israel and Palestine


The Brazilian Government considers unacceptable the escalation of violence between Israel and Palestine. We strongly condemn the disproportionate use of force by Israel in the Gaza Strip, which resulted in large numbers of civilian casualties, including women and children.


The Brazilian Government reiterates its call for an immediate ceasefire between the parties.


Given the seriousness of the situation, the Brazilian Government voted for the the UN Human Rights Council's resolution on the matter, adopted today.
In addition, the Ambassador of Brazil in Tel Aviv was recalled to Brasilia for consultations.”


Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores de Israel imediatamente reagiu ao ato brasileiro. “Esta é uma demonstração lamentável porque o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um “anão diplomático”, disse Yigal Palmor, acrescentando: “O relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria problemas em vez de contribuir para soluções.”


Quem dizia que Israel estava certo errou, até, por que, afora os EUA, a maioria dos que votaram na ONU pela resolução sobre o conflito Israel x Hamas votou contra Israel e, nesta segunda-feira (11/08) veio a desculpa de Israel. A presidenta Dilma Rousseff falou por telefone com o recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin e o novo mandatário israelense pediu desculpas pelas declarações do porta-voz de sua Chancelaria em relação ao Brasil e esclareceu à presidenta que as expressões usadas não correspondem aos sentimentos da população de seu país.


Confira a íntegra da nota:


“A Presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje chamada telefônica do recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin.


Na conversa dos dois mandatários, o Chefe de Estado israelense apresentou desculpas pelas recentes declarações do porta-voz de sua Chancelaria em relação ao Brasil. Esclareceu que as expressões usadas por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil. A Presidenta fez referência aos laços históricos que unem os dois países há várias décadas.


Na conversação dos dois dirigentes foi evocada a grave situação atual da Faixa de Gaza. O mandatário israelense afirmou que o país estava defendendo-se dos ataques com mísseis que seu território vinha sofrendo.


A presidenta Dilma afirmou que o governo brasileiro condenara e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de civis, especialmente mulheres e crianças. Reiterou a posição histórica do Brasil em todos os foros internacionais de defesa da coexistência entre Israel e Palestina, como dois Estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo, seguros.


Manifestando sua esperança de que a continuidade do cessar-fogo e as negociações atuais entre as partes possam contribuir para uma solução definitiva de paz na região, a Presidenta do Brasil enfatizou que a crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos.”


Secretaria de Comunicação Social
Presidência da República

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Voto em Trânsito em 2014: Saiba o que fazer. Você não é Obrigado a Votar em Trânsito se não Quiser.

voto em transito TSE 2014Pessoalmente acho que o ato de votar por ser um direito do cidadão deveria ser exercido livremente, ou seja, o voto, antes de tudo deveria ser facultativo ao cidadão e não obrigatório, como ocorre no Brasil. A rejeição ao voto obrigatório chegou a níveis de 57% em recente pesquisa. Votaria quem quisesse e acreditamos que com isso evitaríamos o chamado “voto de cabresto” e se conseguiria um eleitorado que exercesse o seu direito de votar de melhor qualidade. Com mais consciência política.

rejeição ao voto obrigatório data folhaPara começar complementar, o significado de direito pode se referir à “ciência do direito ou ao conjunto de normas jurídicas vigentes em um país (direito objetivo). Também pode ter o sentido de íntegro, honrado. É aquilo que é justo, reto e conforme a lei. É ainda uma regalia, um privilégio, uma prerrogativa.”

No entanto, conforme matéria no site do STE, aqui transcrita, em parte, "o eleitor que estiver fora do seu domicílio eleitoral no primeiro ou no segundo turno das Eleições 2014 poderá exercer o direito de voto. O interessado deverá habilitar-se em qualquer cartório eleitoral no período de 15 de julho a 21 de agosto, informando o local em que pretende votar". O endereço dos cartórios eleitorais pelo País pode ser conferido neste link.

A habilitação para o voto em trânsito é realizada mediante a apresentação de documento oficial com foto e será admitida apenas para os eleitores que estiverem com situação regular no cadastro eleitoral. Uma vez cadastrado nessa modalidade, o eleitor ficará automaticamente apto a votar no local onde informou que estará no dia do pleito, mas será desabilitado para votar na sua seção de origem. A alteração ou o cancelamento da habilitação poderão ser requeridos até o término do prazo para o pedido.

Nestas eleições gerais não só as capitais, mas também os municípios com mais de 200 mil eleitores estarão aptas a oferecer a modalidade de voto em trânsito, totalizando 92 cidades brasileiras. A novidade foi implantada pela Resolução TSE nº 23.399/2013 em sua Seção IV- Do Voto em Trânsito - Art. 32 que estabelece que os eleitores que não estiverem em seu domicílio eleitoral no primeiro e/ou no segundo turnos das Eleições de 2014 poderão votar para Presidente e Vice-Presidente da República em urnas especialmente instaladas nas capitais e nos municípios com mais de 200 mil eleitores (Código Eleitoral, artigo 233-A). No exterior não haverá urnas especiais.

Localidades

Ficará a cargo dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) registrarem as seções especiais e os locais onde serão instaladas as urnas para o voto em trânsito, nas respectivas capitais dos estados e nos municípios com mais de 200 mil eleitores. A seção destinada à recepção do voto deverá conter no mínimo 50 e no máximo 600 eleitores.

Quando o número mínimo não for atingido, os eleitores habilitados deverão ser informados da impossibilidade de votar por meio dessa modalidade no município por eles indicado. Nesse caso, ficará cancelada a habilitação dos eleitores para votar em trânsito e eles deverão justificar a ausência ou votar na seção de origem.
Confira abaixo a relação dos 92 municípios que deverão dispor das urnas especiais para o voto em trânsito, a depender da quantidade de cadastramento em cada local.

locais de votação em transito 2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Conselhos Populares: O que é? Entenda mais e como Funciona.

blog jcr cidadãosO decreto 8243/2014 criou a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e diz que o objetivo é “consolidar a participação social como método de governo”. A decisão provocou polêmica e foi recebida com críticas por juristas e parlamentares.


Segundo reportagem de O Globo, na prática, a proposta obriga órgãos da administração direta e indireta a criar estruturas a título de participação social, como “conselho de políticas públicas” e “comissão de políticas públicas”. Até mesmo as agências reguladoras terão que cumprir as novas regras. De acordo com o texto, os órgãos serão obrigados a considerar esses colegiados durante “a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas”.


O teor do decreto é abaixo transcrito para conhecimento dos leitores do nosso Blog:


logo da reública do BrasilPresidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos


DECRETO Nº 8.243, DE 23 DE MAIO DE 2014


Institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências.


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 3º, caput, inciso I, e no art. 17 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003,


DECRETA:


Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Participação Social - PNPS, com o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil.


Parágrafo único. Na formulação, na execução, no monitoramento e na avaliação de programas e políticas públicas e no aprimoramento da gestão pública serão considerados os objetivos e as diretrizes da PNPS.


Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se:
I - sociedade civil - o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações;
II - conselho de políticas públicas - instância colegiada temática permanente, instituída por ato normativo, de diálogo entre a sociedade civil e o governo para promover a participação no processo decisório e na gestão de políticas públicas;
III - comissão de políticas públicas - instância colegiada temática, instituída por ato normativo, criada para o diálogo entre a sociedade civil e o governo em torno de objetivo específico, com prazo de funcionamento vinculado ao cumprimento de suas finalidades;
IV - conferência nacional - instância periódica de debate, de formulação e de avaliação sobre temas específicos e de interesse público, com a participação de representantes do governo e da sociedade civil, podendo contemplar etapas estaduais, distrital, municipais ou regionais, para propor diretrizes e ações acerca do tema tratado;
V - ouvidoria pública federal - instância de controle e participação social responsável pelo tratamento das reclamações, solicitações, denúncias, sugestões e elogios relativos às políticas e aos serviços públicos, prestados sob qualquer forma ou regime, com vistas ao aprimoramento da gestão pública;
VI - mesa de diálogo - mecanismo de debate e de negociação com a participação dos setores da sociedade civil e do governo diretamente envolvidos no intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais;
VII - fórum interconselhos - mecanismo para o diálogo entre representantes dos conselhos e comissões de políticas públicas, no intuito de acompanhar as políticas públicas e os programas governamentais, formulando recomendações para aprimorar sua intersetorialidade e transversalidade;
VIII - audiência pública - mecanismo participativo de caráter presencial, consultivo, aberto a qualquer interessado, com a possibilidade de manifestação oral dos participantes, cujo objetivo é subsidiar decisões governamentais;
IX - consulta pública - mecanismo participativo, a se realizar em prazo definido, de caráter consultivo, aberto a qualquer interessado, que visa a receber contribuições por escrito da sociedade civil sobre determinado assunto, na forma definida no seu ato de convocação; e
X - ambiente virtual de participação social - mecanismo de interação social que utiliza tecnologias de informação e de comunicação, em especial a internet, para promover o diálogo entre administração pública federal e sociedade civil.
Parágrafo único. As definições previstas neste Decreto não implicam na desconstituição ou alteração de conselhos, comissões e demais instâncias de participação social já instituídos no âmbito do governo federal.


Art. 3º São diretrizes gerais da PNPS:
I - reconhecimento da participação social como direito do cidadão e expressão de sua autonomia;
II - complementariedade, transversalidade e integração entre mecanismos e instâncias da democracia representativa, participativa e direta;
III - solidariedade, cooperação e respeito à diversidade de etnia, raça, cultura, geração, origem, sexo, orientação sexual, religião e condição social, econômica ou de deficiência, para a construção de valores de cidadania e de inclusão social;
IV - direito à informação, à transparência e ao controle social nas ações públicas, com uso de linguagem simples e objetiva, consideradas as características e o idioma da população a que se dirige;
V - valorização da educação para a cidadania ativa;
VI - autonomia, livre funcionamento e independência das organizações da sociedade civil; e
VII - ampliação dos mecanismos de controle social.


Art. 4º São objetivos da PNPS, entre outros:
I - consolidar a participação social como método de governo;
II - promover a articulação das instâncias e dos mecanismos de participação social;
III - aprimorar a relação do governo federal com a sociedade civil, respeitando a autonomia das partes;
IV - promover e consolidar a adoção de mecanismos de participação social nas políticas e programas de governo federal;
V - desenvolver mecanismos de participação social nas etapas do ciclo de planejamento e orçamento;
VI - incentivar o uso e o desenvolvimento de metodologias que incorporem múltiplas formas de expressão e linguagens de participação social, por meio da internet, com a adoção de tecnologias livres de comunicação e informação, especialmente, softwares e aplicações, tais como códigos fonte livres e auditáveis, ou os disponíveis no Portal do Software Público Brasileiro;
VII - desenvolver mecanismos de participação social acessíveis aos grupos sociais historicamente excluídos e aos vulneráveis;
VIII - incentivar e promover ações e programas de apoio institucional, formação e qualificação em participação social para agentes públicos e sociedade civil; e
IX - incentivar a participação social nos entes federados.


Art. 5º Os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão, respeitadas as especificidades de cada caso, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social, previstos neste Decreto, para a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas.
§ 1º Os órgãos e entidades referidos no caput elaborarão, anualmente, relatório de implementação da PNPS no âmbito de seus programas e políticas setoriais, observadas as orientações da Secretaria-Geral da Presidência da República.
§ 2º A Secretaria-Geral da Presidência da República elaborará e publicará anualmente relatório de avaliação da implementação da PNPS no âmbito da administração pública federal.


Art. 6º São instâncias e mecanismos de participação social, sem prejuízo da criação e do reconhecimento de outras formas de diálogo entre administração pública federal e sociedade civil:
I - conselho de políticas públicas;
II - comissão de políticas públicas;
III - conferência nacional;
IV - ouvidoria pública federal;
V - mesa de diálogo;
VI - fórum interconselhos;
VII - audiência pública;
VIII - consulta pública; e
IX - ambiente virtual de participação social.


Art. 7º O Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, será integrado pelas instâncias de participação social previstas nos incisos I a IV do art. 6º deste Decreto, sem prejuízo da integração de outras formas de diálogo entre a administração pública federal e a sociedade civil.


Parágrafo único. A Secretaria-Geral da Presidência da República publicará a relação e a respectiva composição das instâncias integrantes do SNPS.


Art. 8º Compete à Secretaria-Geral da Presidência da República:
I - acompanhar a implementação da PNPS nos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta;
II - orientar a implementação da PNPS e do SNPS nos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta;
III - realizar estudos técnicos e promover avaliações e sistematizações das instâncias e dos mecanismos de participação social definidos neste Decreto;
IV - realizar audiências e consultas públicas sobre aspectos relevantes para a gestão da PNPS e do SNPS; e
V - propor pactos para o fortalecimento da participação social aos demais entes da federação.


Art. 9º Fica instituído o Comitê Governamental de Participação Social - CGPS, para assessorar a Secretaria-Geral da Presidência da República no monitoramento e na implementação da PNPS e na coordenação do SNPS.
§ 1º O CGPS será coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, que dará o suporte técnico-administrativo para seu funcionamento.
§ 2º Ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República disporá sobre seu funcionamento.


Art.10. Ressalvado o disposto em lei, na constituição de novos conselhos de políticas públicas e na reorganização dos já constituídos devem ser observadas, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - presença de representantes eleitos ou indicados pela sociedade civil, preferencialmente de forma paritária em relação aos representantes governamentais, quando a natureza da representação o recomendar;
II - definição, com consulta prévia à sociedade civil, de suas atribuições, competências e natureza;
III - garantia da diversidade entre os representantes da sociedade civil;
IV - estabelecimento de critérios transparentes de escolha de seus membros;
V - rotatividade dos representantes da sociedade civil;
VI - compromisso com o acompanhamento dos processos conferenciais relativos ao tema de sua competência; e
VII - publicidade de seus atos.
§ 1º A participação dos membros no conselho é considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
§ 2º A publicação das resoluções de caráter normativo dos conselhos de natureza deliberativa vincula-se à análise de legalidade do ato pelo órgão jurídico competente, em acordo com o disposto na Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993.
§ 3º A rotatividade das entidades e de seus representantes nos conselhos de políticas públicas deve ser assegurada mediante a recondução limitada a lapso temporal determinado na forma dos seus regimentos internos, sendo vedadas três reconduções consecutivas.
§ 4º A participação de dirigente ou membro de organização da sociedade civil que atue em conselho de política pública não configura impedimento à celebração de parceria com a administração pública.
§ 5º Na hipótese de parceira que envolva transferência de recursos financeiros de dotações consignadas no fundo do respectivo conselho, o conselheiro ligado à organização que pleiteia o acesso ao recurso fica impedido de votar nos itens de pauta que tenham referência com o processo de seleção, monitoramento e avaliação da parceria.


Art. 11. Nas comissões de políticas públicas devem ser observadas, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - presença de representantes eleitos ou indicados pela sociedade civil;
II - definição de prazo, tema e objetivo a ser atingido;
III - garantia da diversidade entre os representantes da sociedade civil;
IV - estabelecimento de critérios transparentes de escolha de seus membros; e
V - publicidade de seus atos.


Art. 12. As conferências nacionais devem observar, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - divulgação ampla e prévia do documento convocatório, especificando seus objetivos e etapas;
II - garantia da diversidade dos sujeitos participantes;
III - estabelecimento de critérios e procedimentos para a designação dos delegados governamentais e para a escolha dos delegados da sociedade civil;
IV - integração entre etapas municipais, estaduais, regionais, distrital e nacional, quando houver;
V - disponibilização prévia dos documentos de referência e materiais a serem apreciados na etapa nacional;
VI - definição dos procedimentos metodológicos e pedagógicos a serem adotados nas diferentes etapas;
VII - publicidade de seus resultados;
VIII - determinação do modelo de acompanhamento de suas resoluções; e
IX - indicação da periodicidade de sua realização, considerando o calendário de outros processos conferenciais.


Parágrafo único. As conferências nacionais serão convocadas por ato normativo específico, ouvido o CGPS sobre a pertinência de sua realização.


Art. 13. As ouvidorias devem observar as diretrizes da Ouvidoria-Geral da União da Controladoria-Geral da União nos termos do art. 14, caput, inciso I, do Anexo I ao Decreto nº 8.109, de 17 de setembro de 2013.


Art. 14. As mesas de diálogo devem observar, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - participação das partes afetadas;
II - envolvimento dos representantes da sociedade civil na construção da solução do conflito;
III - prazo definido de funcionamento; e
IV - acompanhamento da implementação das soluções pactuadas e obrigações voluntariamente assumidas pelas partes envolvidas.


Parágrafo único. As mesas de diálogo criadas para o aperfeiçoamento das condições e relações de trabalho deverão, preferencialmente, ter natureza tripartite, de maneira a envolver representantes dos empregados, dos empregadores e do governo.


Art. 15. Os fóruns interconselhos devem observar, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - definição da política ou programa a ser objeto de debate, formulação e acompanhamento;
II - definição dos conselhos e organizações da sociedade civil a serem convidados pela sua vinculação ao tema;
III - produção de recomendações para as políticas e programas em questão; e
IV - publicidade das conclusões.


Art. 16. As audiências públicas devem observar, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - divulgação ampla e prévia do documento convocatório, especificado seu objeto, metodologia e o momento de realização;
II - livre acesso aos sujeitos afetados e interessados;
III - sistematização das contribuições recebidas;
IV - publicidade, com ampla divulgação de seus resultados, e a disponibilização do conteúdo dos debates; e
V - compromisso de resposta às propostas recebidas.


Art. 17. As consultas públicas devem observar, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - divulgação ampla e prévia do documento convocatório, especificando seu objeto, metodologia e o momento de realização;
II - disponibilização prévia e em tempo hábil dos documentos que serão objeto da consulta em linguagem simples e objetiva, e dos estudos e do material técnico utilizado como fundamento para a proposta colocada em consulta pública e a análise de impacto regulatório, quando houver;
III - utilização da internet e de tecnologias de comunicação e informação;
IV - sistematização das contribuições recebidas;
V - publicidade de seus resultados; e
VI - compromisso de resposta às propostas recebidas.


Art. 18. Na criação de ambientes virtuais de participação social devem ser observadas, no mínimo, as seguintes diretrizes:
I - promoção da participação de forma direta da sociedade civil nos debates e decisões do governo;
II - fornecimento às pessoas com deficiência de todas as informações destinadas ao público em geral em formatos acessíveis e tecnologias apropriadas aos diferentes tipos de deficiência;
III - disponibilização de acesso aos termos de uso do ambiente no momento do cadastro;
IV - explicitação de objetivos, metodologias e produtos esperados;
V - garantia da diversidade dos sujeitos participantes;
VI - definição de estratégias de comunicação e mobilização, e disponibilização de subsídios para o diálogo;
VII - utilização de ambientes e ferramentas de redes sociais, quando for o caso;
VIII - priorização da exportação de dados em formatos abertos e legíveis por máquinas;
IX - sistematização e publicidade das contribuições recebidas;
X - utilização prioritária de softwares e licenças livres como estratégia de estímulo à participação na construção das ferramentas tecnológicas de participação social; e
XI - fomento à integração com instâncias e mecanismos presenciais, como transmissão de debates e oferta de oportunidade para participação remota.


Art. 19. Fica instituída a Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, instância colegiada interministerial responsável pela coordenação e encaminhamento de pautas dos movimentos sociais e pelo monitoramento de suas respostas.
§ 1º As reuniões da Mesa de Monitoramento serão convocadas pela Secretaria-Geral da Presidência da República, sendo convidados os Secretários-Executivos dos ministérios relacionados aos temas a serem debatidos na ocasião.
§ 2º Ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República disporá sobre as competências específicas, o funcionamento e a criação de subgrupos da instância prevista no caput.


Art. 20. As agências reguladoras observarão, na realização de audiências e consultas públicas, o disposto neste Decreto, no que couber.


Art. 21. Compete à Casa Civil da Presidência da República decidir sobre a ampla divulgação de projeto de ato normativo de especial significado político ou social nos termos do art. 34, caput, inciso II, do Decreto nº 4.176, de 28 de março de 2002.


Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


Brasília, 23 de maio de 2014; 193º da Independência e 126º da República.


DILMA ROUSSEFF


Miriam Belchior


Gilberto Carvalho


Jorge Hage Sobrinho


Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.5.2014


Um dos críticos dos Conselhos Populares é o jornalista Daniel Jelin que publicou em junho de 2014 na Revista VEJA um artigo crítico no qual ressalta que o Brasil já conta com milhares de entidades desse tipo, em todas as camadas de governo. Mas que a experiência acumulada nesses fóruns não é nada animadora: eles têm muito pouco de “democrático” e um conceito bem particular do que seja “sociedade civil”.


Destaca ainda o jornalista que a pretensão de que uma “política nacional de participação social” pudesse ser implementada pelo Executivo numa canetada causou forte reação no Congresso. Oposição e base aliada ameaçaram barrar o decreto, mas o governo resistiu.


Febre dos conselhos


A multiplicação dos conselhos é um fenômeno induzido pela Constituição de 1988, numa aparente tentativa de reparar o déficit democrático de um país recém saído da ditadura. De 1930 a 1989, segundo o Ipea, foram criados apenas cinco conselhos federais no Brasil. Nos 20 anos seguintes, surgiram mais 26. Atualmente, são 40 – incluindo as comissões. Por exigência legal ou simplesmente inspirados nos colegiados federais, Estados e municípios também foram tomados por essa “febre conselhista”. Segundo o IBGE, 5553 cidades têm conselhos de saúde, 3784 do meio ambiente e 976 da mulher (dados de 2013); 1231 de política urbana, 5527 de assistência social, 1507 de segurança alimentar, 357 do transporte, 1798 da cultura e 642 da segurança pública (dados de 2012); 4718 da educação, 3240 da habitação e 195 do saneamento (dados de 2011).


Um dos Conselhos mais institucionalizados e influentes é o Conselho Nacional dologo conama Meio Ambiente (CONAMA). O CONAMA não legisla, mas o que se delibera por lá tem ampla repercussão – e eventualmente força de lei.


O CONAMA é notório pelo grande número de conselheiros: 108. São mais cadeiras do que o Senado (81) ou a Assembleia Legislativa de São Paulo (94). É um verdadeiro congresso, de fato, com “bancadas”, “frentes” e “oposição”.


Dominado


Ainda segundo a matéria do Jornalista Daniel Jelin, a “governança da internet”, da qual o governo federal subitamente descobriu se orgulhar, é um exemplo de como os mecanismos de participação social podem ser distorcidos. Criado em 1995, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) é o órgão encarregado de formular diretrizes para a tal governança. Foi de lá que saíram as linhas gerais do Marco Civil da Internet – bem traçadas, diga-se. Desde 2003, o CGI.br segue aproximadamente o desenho previsto no decreto da presidente Dilma: sociedade civil e governo encontram ali representações “paritárias” – na verdade a sociedade civil tem um peso pouquinho maior, 11 a 9 cadeiras. Tanto os atos da secretaria como a escolha de seus membros passam por processos “públicos” e “transparentes”, uma vez que ganham divulgação no próprio site do CGI.br.


Panacéia


As limitações dos conselhos não significam, é claro, que não haja inteligência na chamada “sociedade civil organizada” ou que a única forma de participação democrática seja o processo eleitoral. Mas sua adoção não pode ser deslumbrada – ou ardilosa, como o decreto 8.243. O cientista social Rafael Cortez, da consultoria Tendências, lembra que “participação social” não é panaceia para aumentar a eficiência das políticas públicas – uma medida decidida por muitos “participantes” nem sempre é sábia.


E o jornalista pergunta: Quem “aconselha” os “conselheiros”? A resposta, segundo ele, pelo que se entende do decreto, é: o próprio Gilberto Carvalho. Cabem à sua secretaria “orientações”, “coordenações” e “avaliações” do programa, por meio dos palavrosos Sistema Nacional de Participação Social, Comitê Governamental de Participação Social e Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais.


Marina SilvaJá para a ex-senadora Marina Silva, o decreto de Dilma sobre conselhos populares foi editado com atraso e faz parte de uma "estratégia eleitoral", mas elogiou a ideia


"A participação da sociedade é algo muito bom em um País como o nosso, com essa dimensão territorial e diversidade cultural. É fundamental que os governos façam coisas com as pessoas e não para as pessoas. Mas isso é para ser feito ao longo de toda uma vida, e não apenas vinculado à eleição. É algo a ser cultivado, independente de ser estratégia eleitoral. É uma inovação na gestão pública", afirmou a ex-senadora, líder da Rede Sustentabilidade e vice na chapa que concorrerá à presidência em 2014, encabeçada por Eduardo Campos.


"Cada vez mais a sociedade exige compartilhamento da autoria, da realização. O decreto poderia ter sido feito antes, são 12 anos de governo (do PT). Mas antes tarde do que nunca. Nada está sendo dado de presente", afirmou a ex-senadora.


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