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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Programa Mais Médicos Para o Brasil: Conheça o Programa, seus Resultados e Críticas

Programa mais médicos - logoO Programa Mais Médicos Para o Brasil faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê investimento em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde não existem profissionais.


Com a convocação de médicos para atuar na atenção básica de periferias de grandes cidades e municípios do interior do país, o Governo Federal vem garantindo mais médicos para o Brasil e mais saúde para o cidadão brasileiro com menos possibilidade de acesso aos serviços privados de saúde.


As vagas são oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceita candidaturas de estrangeiros, com a intenção de resolver esse problema, que é emergencial para o país.


Hoje, o Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4).


Além da carência dos profissionais, o Brasil sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões - 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional..


A Lei de criação do Programa Mais Médicos é a Lei no 12.871/2013. O Programa, criado pela Presidente Dilma Roussef, em suas Disposições Gerais se propõe a:


Art. 1o É instituído o Programa Mais Médicos, com a finalidade de formar recursos humanos na área médica para o Sistema Único de Saúde (SUS) e com os seguintes objetivos:
I - diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na área da saúde;
II - fortalecer a prestação de serviços de atenção básica em saúde no País;
III - aprimorar a formação médica no País e proporcionar maior experiência no campo de prática médica durante o processo de formação;
IV - ampliar a inserção do médico em formação nas unidades de atendimento do SUS, desenvolvendo seu conhecimento sobre a realidade da saúde da população brasileira;
V - fortalecer a política de educação permanente com a integração ensino-serviço, por meio da atuação das instituições de educação superior na supervisão acadêmica das atividades desempenhadas pelos médicos;
VI - promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais da saúde brasileiros e médicos formados em instituições estrangeiras;
VII - aperfeiçoar médicos para atuação nas políticas públicas de saúde do País e na organização e no funcionamento do SUS; e
VIII - estimular a realização de pesquisas aplicadas ao SU


Para a consecução dos objetivos do Programa Mais Médicos, serão adotadas, entre outras, as seguintes ações:Programa mais médicos - informações
I - reordenação da oferta de cursos de Medicina e de vagas para residência médica, priorizando regiões de saúde com menor relação de vagas e médicos por habitante e com estrutura de serviços de saúde em condições de ofertar campo de prática suficiente e de qualidade para os alunos;
II - estabelecimento de novos parâmetros para a formação médica no País; e
III - promoção, nas regiões prioritárias do SUS, de aperfeiçoamento de médicos na área de atenção básica em saúde, mediante integração ensino-serviço, inclusive por meio de intercâmbio internacional.


Programa mais médicos - inscriçõesA inscrição no Programa é feita no Portal Mais Médicos, conforme mostra a figura. Ela se destina aos gestores e aos médicos interessados.


Quanto aos resultados até agora alcançados, segundo ainda o Portal Mais Médicos, clicando-se no logo da Figura, o link encaminha para um endereço inválido.


O Programa vem sendo bastante criticado por empregar profissionais médicos cubanos via convênio com Cuba a valores percebidos pelos profissionais considerados aviltantes.


Há ainda vários questionamentos de políticos sobre o papel dos profissionais contratados via o Programa Mais Médicos. Em Programa mais médicos - resultadosrecente pronunciamento público (julho/2014), o Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação de Saúde do Ministério da Saúde, Heider Pinto anunciou que os impactos do Programa Mais Médicos na assistência à população do Maranhão foi altamente positivo. Em menos de um ano, a iniciativa ampliou em 651 o número de médicos no estado, beneficiando 2,2 milhões de pessoas.


O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação de Saúde do Ministério da Saúde, ainda disse que o seminário "Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros" está sendo realizado em todos os estados brasileiros.


No Rio Grande do Sul, o ministro da Saúde Arthur Chioro apresentou neste mês de julho/2014, apresenta, na manhã desta terça-feira, os resultados do programa Mais Médicos no Rio Grande do Sul. O projeto do Governo Federal disponibiliza 1.081 médicos para trabalhar em 369 cidades do Estado. O número representa 74% dos municípios gaúchos. Mais de 3,7 milhões de gaúchos já foram beneficiados.


Conforme o ministro, em janeiro de 2013, o número de atendimentos era de 172 mil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do projeto, o dado saltou para 489 mil, ou seja, um acréscimo de 183%. Em relação a pré-natais, o aumento foi de 30%. Já as consultas a diabéticos tiveram crescimento de 23%.


Nosso Blog considera o Programa Mais Médicos altamente positivo pois até o momento, a preferência dos profissionais médicos é atuar nos grandes centros urbanos onde encontram melhores condições de trabalho e de remuneração. No entanto, não concordamos que salários aviltados, seja com apoio jurídico via convênio ou não para pagar aos profissionais cubanos sejam o mínimo justos com aqueles profissionais. Então. Essa situação tem e começa a ser equacionada pelo Governo Federal, reconhecendo, ainda que timidamente, o trabalho desempenhado por esses profissionais.


Achamos ainda que as entidades médicas tenham razão ao criticarem a vinda de profissionais de saúde para trabalharem no Brasil sem a devida validação de seus diplomas médicos. No entanto, reconhecemos que a questão da Saúde do País é crítica e requer posições e resultados rápidos, de curto/médio prazos. Então, emergencialmente concordamos com a posição do governo no modelo de contratação (sem validação de diploma ( exigido pelo Programa Mais Médicos ) para contratar os profissionais estrangeiros.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Centros de Apoio à Informação Sobre Medicamentos: Não se automedique

centro de informação a medicaçãoNo Brasil é muito comum a automedicação. Geralmente as farmácias não exigem receitas, a não ser a dos medicamentos rigidamente controlados como os contendo tarja preta. No entanto, todos sabemos que a automedicação pode trazer riscos severos à saúde. Até causar doenças. Portanto, o Ministério da Saúde recomenda fortemente que se recorra a um médico antes de se automedicar.

Para auxiliar o cidadão, existem espalhados pelos centros mais populosos, os chamados serviços de Informações sobre medicamentos. Nosso blog listou alguns deles tirados do site do Google, conforme esse link.

Vejam os endereços e contatos a seguir (dados de 2012- Google)...

Distrito Federal

Brasília - Cebrim/CFF
Última atualização por Marco Sant'Anna em set 19, 2012.
Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia (Cebrim/CFF)
Horário de funcionamento: segunda à sexta, das 09h00 às 18h00
Endereço: SBS Qd. 01 Bl. K - Ed. Seguradoras 8º andar - Brasília - DF - CEP: 70.093-900
Telefones: (61) 3255-6550; 3255-6584; 3255-6585; 3255-6595; 3255-6596 - telefax: 3321-0819
E-mails: cebrim@cff.org.br; alessandra@cff.org.br; hoefler@cff.org.br; marco@cff.org.br; pamela@cff.org.br
Home-page: http://www.cff.org.br
Farmacêuticos: Alessandra Russo, Marco Sant Anna, Pamela Saavedra e Rogério Hoefler

Região Sudeste

São Paulo - SISM -
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
SISM – Serviço de Informações e Segurança de Medicamentos
Atendimento: segunda à sexta, das 07h00 às 19h00
Endereço: Av. Albert Einstein, nº 627, Bloco E, 2° andar - São Paulo - SP - CEP: 05651-901
Localização: Farmácia do Hospital Israelita Albert Einstein
Telefone: +55 (11) 2151-2249/2221/2204
E-mails: sism@einstein.br; silvanama@einstein.br
Farmacêutica: Silvana Maria de Almeida (coordenadora)

Rio de Janeiro - Ceatrim - UFF
Última atualização por Marco Sant'Anna em jun 20, 2012.
CEATRIM – Centro de Apoio à Terapia Racional pela Informação de Medicamentos
Rua Mário Vianna, 523 - Santa Rosa
CEP: 24.241-000
E-mail: cim.uff@vm.uff.br; ceatrim@vm.uff.br
Home-page: http://www.uff.br/ceatrim/
Coordenadora: Selma Rodrigues de Castilho

Minas Gerais - CIM - HC/UFU
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
Centro de Informação sobre Medicamentos do Hospital de Clínicas de Uberlândia (CIM HC/UFU)
Localização: Hospital de Clínicas de Uberlândia - Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia – MG
Atendimento: todos os dias, das 07h00 às 23h00
Telefone: +55 (34) 3218-2741
E-mail: cim@hc.ufu.br
Farmacêutica: Maria Ângela Ribeiro (coordenadora)

Espírito Santo - CEIMES
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
Centro de Informação sobre Medicamentos do Espírito Santo (CEIMES)
Atendimento: segunda à sexta, das 08h00 às 18h00.
Endereço: Rua Marechal Mascarenhas de Moraes, nº 2025 - Bento Ferreira - Vitória - ES - CEP: 29052-121
Localização: Núcleo de Medicamentos Excepcionais e Básicos (NUMEB), Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (GEAF), Secretaria de Estado da Saúde (SESA)
Telefones: +55 (27) 3382-5073/5074
E-mail: geaf.ceimes@saude.es.gov.br; monicamesquita@saude.es.gov.br
Home-page: http://farmaciacidada.saude.es.gov.br/default.asp
Farmacêuticas: Elizoneth Campos Delorto Sessa (coordenadora) e Mônica Mesquita

Região Sul

Rio Grande do Sul - CIM - CRF/UFRGS
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
CIM - Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul - Faculdade de Farmácia da UFRGS (CIM - CRF/UFRGS)
Atendimento: segunda à sexta, das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00
Endereço: Av. Ipiranga, n° 2752, 2° andar, Porto Alegre - RS - CEP: 90610-000
Localização: Faculdade de Farmácia da UFRGS
Telefone: +55 (51) 3308-5281
E-mails: cimrsfar@ufrgs.br; tatiane.silva@ufrgs.br
Home-page: http://cimrs.blogspot.com.br/
Farmacêutica: Tatiane da Silva Dal Pizzol (coordenadora)

Paraná - CIM - CRF-PR
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 23, 2012.
Centro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CIM CRF/PR)
Atendimento: segunda à sexta, das 8h00 às 17h00
Endereço: Rua Itupava, nº1235 - Juvevê - Curitiba - PR - CEP: 80040-134
Localização: CRF-PR
Telefone: +55 (41) 3363-0234
E-mail: cim@crf-pr.org.br
Home-page: http://www.crf-pr.org.br
Farmacêuticos: Jackson Carlos Rapkiewicz e Rafaela Grobe

Paraná - CIM - Unipar/INSA
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
Centro de Informações sobre Medicamentos Unipar/INSAAtendimento: segunda à sexta, das 08h00 às 12h00
Endereço: Rua Guadiana, nº 4095 - Umuarama - PR - CEP: 87501020
Telefone: +55 (44) 3621-2169
E-mail: cim_unipar@hotmail.com; marina@unipar.br; alvarez@unipar.br
Farmacêuticos: Marina Gimene (coordenadora) e Simone Lucia Durante Alvarez

Região Centro Oeste

Mato Grosso - CIM - HUJM
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
Centro de Informações sobre Medicamentos do Hospital Universitário Júlio Muller (CIM HUJM)
Atendimento: segunda à sexta, das 08h00 ás 17h00
Endereço: Rua Luis Pereira Leite s/nº Bairro Alvorada - Cuiabá - MT - CEP: 78.053.748
Localização: Hospital Universitário Júlio Muller - Universidade Federal de Mato Grosso
Telefone: +55 (65) 3615-7292
E-mail: cimmt@hujm.ufmt.br
Home-page: http://www.hujm.ufmt.br
Farmacêuticos: Msc. Helder Cassio de Oliveira (coordenador) e Neusa Yuko Miyashita Negrão

Região Nordeste

Bahia - CIM - CRF/BA
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
Centro de Informações sobre Medicamentos do CRF/BA (CIM CRF/BA)
Horário de funcionamento: segunda à sexta, das 7h00 às 18h00
Endereço: Rua Dom Basílio Mendes Ribeiro, 127 - Ondina - Salvador - BA - CEP: 40170-120
Localização: Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia (CRF/BA)
Telefone: (71) 3368-8813
E-mail: cimcrf@gmail.com
Home-page: www.crf-ba.org.br/cim
Farmacêuticos: Msc. Clóvis Santana Reis (coordenador) e Dr. Otacilio Couto

Paraíba - CIM - UEP/FAP
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
CIM-Universidade Estadual da Paraíba - Fundação Assistencial da Paraíba - FAP
Atendimento: segunda à sexta, das 08h00 às 17h00
Endereço: R Dr. Francisco Pinto Oliveira, 317 - Universitário - Campina Grande - PB - CEP: 58109-783
Localização: Hospital Fundação Assistencial da Paraíba (FAP)
Telefone: +55 (83) 2102-0373
E-mail: cimuepbfap@live.com
Home-page: http://cimfap.webnode.com.br
Farmacêutico: Lindomar de Farias Belém (coordenador)

Rio Grande do Norte - CIMPLAN - UNP
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 17, 2012.
Centro de Informação sobre Medicamentos e Plantas Medicinais da Universidade Potiguar (CIMPLAM -UnP)
Atendimento: segunda à sexta (exceto feriados), das 8h00 às 12h00
Endereço: Av. Senador Salgado Filho, 1610 - Lagoa Nova - Natal - RN - CEP: 59.056-000
Localização: Universidade Potiguar - UnP, Escola da Saúde, Curso de Farmácia, Campus Salgado Filho
Telefone: +55 (84) 3215-1262
E-mails: cimplam@unp.br; cgtneto@unp.br; daher@unp.br; luizfagundes@unp.br
Farmacêuticos: Prof. Dr. Cypriano Galvão da Trindade Neto (coordenador), Profa. Cláudia Cecília Daher e Prof. Luiz Humberto Fagundes Júnior

Ceará - CIM - CEIMED
Última atualização por Marco Sant'Anna em maio 16, 2012.
Centro de Estudo e Informações sobre Medicamentos (CEIMED)
Horário de Funcionamento: segunda à sexta, das 8h30 às 17h00
Endereço: Av. Whashington Soares, 7605 - Fortaleza - CE
Localização: Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do Ceará
Telefone: (85) 3101-2188
E-mail: nivea.pessoa@saude.ce.gov.br
Farmacêuticos: Nívia Tavares Pessoa (coordenadora), Aline Albuquerque e Alisson Menezes

Região Norte

Não há (dados do Google de 2012)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não Arrisque a Saúde: Consumo de Alimentos à Base de Aloe Vera não é Seguro


Aloe Vera (babosa)

Babosa é o nome comum para as espécies vegetais: Aloe ferox Mill. e seus híbridos como Aloe africana Mill. e Aloe spicata L. f.; Aloe vera (L.) Burm. F. (sinonímia: Aloe barbadensis Mill.). De acordo com Tanaka et al. (2006), da numerosa variedade de espécies conhecidas de Aloe, a Aloe barbadensis Miller (Aloe vera) é a mais utilizada.

O consumo de produtos a base de plantas segue uma tendência crescente, possivelmente associado à percepção do consumidor de que os produtos menos industrializados (também classificados como naturais) são sinônimos de bem estar e qualidade de vida. Nem sempre essa percepção está correta e, às vezes, novas evidências científicas levam à revisão de práticas e hábitos. Por exemplo, Silvera et al. (2008) ressalta o aumento no número de reações adversas notificadas nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão, sendo associadas ao uso de plantas medicinais.

Externamente, o gel de Aloe vera é utilizado principalmente para tratar de problemas de pele como queimaduras(pelo sol ou por exposição ao fogo), para cicatrização de feridas, como tratamento para problemas causados pela pele seca, como eczemas.

O gel de Aloe vera também pode ser usado para fins cosméticos, como hidratantes, sabonetes, xampús, entre outros. O gel de Aloe vera também pode ser encontrado em produtos de consumo como iogurtes e bebidas, que contém pedaços da polpa.

No Brasil, produtos à base de Aloe vera de uso tópico estão autorizados como fitoterápico para cicatrização. No entanto, não há registro de medicamento a base de Aloe vera para uso oral (Carvalho, 2008).

Apesar de a Anvisa não registrar ingredientes alimentares, a segurança dos “novos ingredientes” deve ser comprovada com base na Resolução n. 17/1999, por meio do encaminhamento de documentação técnico-científica à Anvisa (código do assunto da petição: 404).

A Anvisa já analisou petição de registro de alimento a base de Aloe vera, mas a documentação científica apresentada foi insuficiente para demonstrar a segurança de uso. Além disso, os artigos científicos constantes da petição traziam efeitos medicamentosos para a Aloe vera. Assim, a petição foi indeferida e até o momento não há produtos a base de Aloe vera aprovados na área de alimentos.

Algumas empresas de bebidas que estão regulares perante o MAPA tem utilizado o número de registro do estabelecimento nos rótulos de suco de Aloe vera e os consumidores estão sendo induzidos a adquirir o suco de Aloe vera como um produto regularizado, por constar o número de registro do estabelecimento no MAPA. A informação do número de registro do estabelecimento constante da rotulagem não se constitui em infração sanitária, visto que de acordo com a legislação desse Ministério as empresas devem colocar essa informação no rótulo. No entanto, a comercialização do produto suco de Aloe vera está irregular, pois o ingrediente utilizado necessita de avaliação da segurança de uso pela Anvisa prévia a comercialização.

A toxicologia da Aloe vera ainda não foi sistematicamente estudada. Os estudos toxigenéticos são importantes na investigação de provável indução de danos genéticos. Sabe-se que tanto o antraceno como a antraquinona, compostos presentes na Aloe vera, são mutagênicos (agente físico, químico ou biológico que, em exposição às células, pode causar mutação) de acordo com o teste de Ames (Sturbele et al., 2010). Além disso, Silveira et al. (2008) comentam que a Aloe vera apresenta produtos de biotransformação potencialmente tóxicos, assim não possuem efeitos somente imediatos e facilmente correlacionados com sua ingestão, mas também efeitos que se instalam em longo prazo e de forma assintomática, podendo levar a um quadro clínico severo, algumas vezes fatal.

O Informe Técnico da ANVISA aponta ainda para casos de saúde atribuídos ao uso oral do Aloe vera associados a hepatite aguda crônica, hipotiroidismo e insuficiência renal. Portanto, deve-se atender às recomendações da ANVISA na preservação de nosso maior bem: a SAÚDE. O modismo no uso de suplementos que se dizem milagros às vezes é um engodo ou sem qualquer comprovação científica. Portanto, antes de arriscar a sua saúde ingerindo Aloe vera, pare e pense nos riscos que se está correndo e que aqui neste relato da ANVISA são trazidos à público. Não se arrisque. Não vale a pena.

O vídeo abaixo disponível no You Tuberatifica os aconselhamentos da ANVISA e os cuidados que se deve ter ao se fazer a ingestão de ervas naturais sem orientação médica.


Para ler o texto original do Informe Técnico da ANVISA clique aqui.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ministério Público Federal Celebra TAC com Fabricantes de Refrigerantes


Acordo firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) com a Ambev, Coca-Cola e Schincariol prevê que a quantidade máxima de benzeno presente em refrigerantes vendidos no país deverá ficar em cinco microgramas por litro (5 partes por bilhão - ppb)

O benzeno é um hidrocarboneto classificado como aromático. Apresenta-se usualmente na forma líquida, sendo inflamável, incolor e com aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados em grande quantidade, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia. É também conhecido por ser cancerígneo.

O benzeno entra no organismo por intermédio dos pulmões, estômago e intestinos. O EPA (agência de proteção ambiental americana), permite níveis de benzeno de 5ppb.  A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza um limite máximo de 10 ppb em água de bebida.


Fontes naturais de benzeno, que incluem as emissões de gases de vulcões e incêndios florestais, também contribuem para a presença de benzeno no ambiente. O benzeno está presente no óleo cru e gasolina e fumaça de cigarro. Os processos industriais são as principais fontes de benzeno no ambiente. os níveis de benzeno no ar podem ainda ser elevados pelas emissões provenientes da queima do carvão, do petróleo, dos veículos automóveis e estações de serviço da evaporação da gasolina. O fumo do tabaco é outra fonte de benzeno no ar, especialmente em ambientes fechados, tanto para fumantes ativos quanto passivos.

 
Pelo TAC firmado com o MPF, as empresas citadas comprometeram-se a adotar medidas para que todos os seus refrigerantes de baixas calorias ou dietéticos cítricos passem a ter, no prazo de até cinco anos, como parâmetro máximo, a quantidade de 5ppb (cinco partes por bilhão) de benzeno. Esse é o limite adotado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a presença no benzeno na água potável, portanto, 100% mais rígido do que o limite máximo preconizado pela OMS, conforme anteriormente citado.

Nos refrigerantes, a presença do benzeno seria resultado da reação entre os ácidos benzóico e ascórbico, este último também conhecido como vitamina C, cuja adição nos refrigerantes cítricos é uma exigência legal dom país (art. 13, parágrafo primeiro, do Decreto 6.871/2009).

A presença do benzeno nas bebidas foi detectada em 2009 pela Associação de Consumidores Pro Teste ao realizar exames em sete amostras de diferentes marcas.

Diante da notícia, o MPF instaurou inquérito civil público para
apurar o caso. No curso da investigação, descobriu-se que, no Brasil, não existe qualquer regulamentação estabelecendo os níveis máximos de benzeno em refrigerantes.

“Por isso, expedimos uma recomendação para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizasse os estudos necessários para determinar a concentração máxima, tolerável, da substância nos refrigerantes comercializados no país”, afirma o procurador da República Fernando Martins.

Enquanto isso, o MPF reunia-se com os fabricantes para tentar uma solução amigável e definitiva, que pudesse proteger os consumidores. Desde o início, três deles, que representam quase 90% do mercado, dispuseram-se a acatar as orientações do Ministério Público.

Os fabricantes informaram que a formação do benzeno decorre de um processo químico geralmente desencadeado nos refrigerantes light/diet, já que a presença do açúcar inibe a formação da substância. Disseram ainda que “a eventual identificação de traços mínimos de benzeno em determinado produto pode se dar por razões diversas e alheias aos esforços da empresa, como, por exemplo, em decorrência da quantidade de benzeno pré-existente na água”.

Para o procurador da República Fernando Martins, “a assinatura dos termos de ajustamento de conduta foi a melhor saída para a questão, que, do contrário, poderia arrastar-se por anos na Justiça. Afinal, o que importa é o resultado final: proteger a saúde dos consumidores”.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Debate dos Inibidores de Apetite: Anvisa Mantém Registro da Sibutramina e Cancela Anfetamínicos


A Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, ontem (4/10), pela retirada dos medicamentos inibidores de apetite do tipo anfetamínico do mercado brasileiro e pela manutenção da sibutramina como medicamento para o tratamento da obesidade, com a imposição de novas restrições ao seu uso.

De acordo com a decisão dos diretores, os medicamentos femproporex, mazindol e anfepramona terão seus registros cancelados, ficando proibida a produção, o comércio, a manipulação e o uso destes produtos. Esses três medicamentos são do grupo denominado inibidores de apetite do tipo anfetamínico.

Afim de contextualizar a questão, as anfetaminas, conhecidamente, são geradores de dependência química entre seus usuários.

O relatório apresentado durante a reunião mostra que o uso dos anfetamínicos está  baseado na prática clínica, que é o tipo de evidência menos consistente e menos segura segundo os padrões atuais para registro de medicamentos. O texto informa, ainda, que há evidências de eventos adversos graves, que associadas à ausência de dados confiáveis de segurança justificaram a decisão dos diretores.

Em relação à sibutramina, a decisão da diretoria da Anvisa, por três votos a um, foi de manter o medicamento no mercado com a inclusão de novas exigências e mais restrições para o uso do produto. O relatório apresentado pelo diretor-presidente, Dirceu Barbano, informa que o perfil de segurança da sibutramina é bem identificado e conhecido, o que permite identificar pacientes que podem ter algum ganho a partir do uso da substância. Uma das restrições que será estabelecida é a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto.

Para o diretor-presidente, o debate que levou à decisão final da Anvisa foi bastante produtivo e ajudou a dar clareza sobre os dados científicos disponíveis sobre estes medicamentos e as lacunas que as pesquisas não foram capazes de responder. “A diretoria da Anvisa entendeu que a sibutramina pode ser utilizada em determinadas situações e com um monitoramento rigoroso”, explicou Barbano.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), no entanto, não concorda com a ANVISA a respeito da proibição dos medicamentos e irá  definir nessa semana quais serão as medidas judiciais adotará contra a decisão daquela Agência  . O CFM defende o uso desses medicamentos fórmulas como auxiliares no tratamento de pacientes e pede o fortalecimento de mecanismos de controle de seu uso.

A possibilidade de retirada dos chamados anorexígenos do mercado brasileiro foi anunciada em fevereiro último  pela ANVISA. O principal argumento é que os riscos superam os benefícios propostos pelos produtos.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o secretário-geral do CFM, Henrique Batista e Silva, defendeu o direito de acesso e de recusa, por parte do paciente, aos emagrecedores. “Há de se considerar a relevância ética do assunto eminentemente técnica, haja vista dois aspectos fundamentais: a autonomia do médico de prescrever a medicação, em consonância com a Ética da Responsabilidade. E, não menos importante, os fundamentos éticos dos direitos do paciente, com referência ao acesso ao melhor tratamento indicado pelo seu médico. O médico e os profissionais da saúde têm esse cuidado: de permitir que o paciente seja bem informado”, afirmou. Segundo ele, não há ainda suficientes fundamentos e evidências clínicas para que os medicamentos sejam retirados do mercado. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Ricardo Meirelles, ressaltou que o objetivo do tratamento contra a obesidade não é atingir o peso ideal, mas reduzir as consequências provocadas pelo problema: “Ninguém preconiza o uso indiscriminado de anorexígenos no combate a obesidade”, disse Meirelles. “Estamos falando de doença, não de 2 ou 3 quilos a mais. E uma intervenção que reduza 1% do peso corporal por mês já é considerada sucesso terapêutico, já que reduz fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares”.

Caso a proposta de banimento dos emagrecedores não vingue, a categoria propõe prescrever o medicamento apenas para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30 e pessoas com IMC igual ou superior a 25 e que apresentem fatores de risco como a hipertensão arterial.

De acordo com o representante da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Evandro da Gama, 60 milhões de pacientes usam produtos dispensados em estabelecimentos de manipulação no país. Segundo ele, os profissionais passam por treinamento adequado e são capacitados para a dispensação correta dos emagrecedores. “A Anvisa precisa prestar atenção em parte de sua missão, que é a melhoria na qualidade de vida dos brasileiros”, disse. Para ele, os anorexígenos precisam ter os riscos minimizados por meio da prescrição e da dispensação adequadas. “Se a gente bane, provoca o uso ilícito disso”, afirmou.

Na opinião do Blog, há formas bem difundidas para que se emagreça sem o apelo fácil do uso de inibidores de apetite. É só manter uma alimentação saudável, variada em nutrientes, equilibrada, uma vida ativa e se praticar exercícios físicos moderados, de forma continuada ao longo do tempo, que o emagrecimento virá de forma natural. É uma equação fácil de entender. Se ingerimos mais calorias/dia nos alimentando do que consumimos, conforme as práticas que citamos, vamos engordar. Se ocorre o contrário, isto é, consumimos menos calorias/dia do que consumimos, vamos emagrecer. No entanto, com relação à proibição radical dos inibidores de apetite somos contra, especialmente, por exemplo, no caso de pessoas que sofrem de obesidade mórbida,  evidentemente com acompanhamento médico.

O Debate dos Inibidores de Apetite: Anvisa Mantém Registro da Sibutramina e Cancela Anfetamínicos


A Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, ontem (4/10), pela retirada dos medicamentos inibidores de apetite do tipo anfetamínico do mercado brasileiro e pela manutenção da sibutramina como medicamento para o tratamento da obesidade, com a imposição de novas restrições ao seu uso.

De acordo com a decisão dos diretores, os medicamentos femproporex, mazindol e anfepramona terão seus registros cancelados, ficando proibida a produção, o comércio, a manipulação e o uso destes produtos. Esses três medicamentos são do grupo denominado inibidores de apetite do tipo anfetamínico.

Afim de contextualizar a questão, as anfetaminas, conhecidamente, são geradores de dependência química entre seus usuários.

O relatório apresentado durante a reunião mostra que o uso dos anfetamínicos está  baseado na prática clínica, que é o tipo de evidência menos consistente e menos segura segundo os padrões atuais para registro de medicamentos. O texto informa, ainda, que há evidências de eventos adversos graves, que associadas à ausência de dados confiáveis de segurança justificaram a decisão dos diretores.

Em relação à sibutramina, a decisão da diretoria da Anvisa, por três votos a um, foi de manter o medicamento no mercado com a inclusão de novas exigências e mais restrições para o uso do produto. O relatório apresentado pelo diretor-presidente, Dirceu Barbano, informa que o perfil de segurança da sibutramina é bem identificado e conhecido, o que permite identificar pacientes que podem ter algum ganho a partir do uso da substância. Uma das restrições que será estabelecida é a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto.

Para o diretor-presidente, o debate que levou à decisão final da Anvisa foi bastante produtivo e ajudou a dar clareza sobre os dados científicos disponíveis sobre estes medicamentos e as lacunas que as pesquisas não foram capazes de responder. “A diretoria da Anvisa entendeu que a sibutramina pode ser utilizada em determinadas situações e com um monitoramento rigoroso”, explicou Barbano.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), no entanto, não concorda com a ANVISA a respeito da proibição dos medicamentos e irá  definir nessa semana quais serão as medidas judiciais adotará contra a decisão daquela Agência  . O CFM defende o uso desses medicamentos fórmulas como auxiliares no tratamento de pacientes e pede o fortalecimento de mecanismos de controle de seu uso.

A possibilidade de retirada dos chamados anorexígenos do mercado brasileiro foi anunciada em fevereiro último  pela ANVISA. O principal argumento é que os riscos superam os benefícios propostos pelos produtos.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o secretário-geral do CFM, Henrique Batista e Silva, defendeu o direito de acesso e de recusa, por parte do paciente, aos emagrecedores. “Há de se considerar a relevância ética do assunto eminentemente técnica, haja vista dois aspectos fundamentais: a autonomia do médico de prescrever a medicação, em consonância com a Ética da Responsabilidade. E, não menos importante, os fundamentos éticos dos direitos do paciente, com referência ao acesso ao melhor tratamento indicado pelo seu médico. O médico e os profissionais da saúde têm esse cuidado: de permitir que o paciente seja bem informado”, afirmou. Segundo ele, não há ainda suficientes fundamentos e evidências clínicas para que os medicamentos sejam retirados do mercado. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Ricardo Meirelles, ressaltou que o objetivo do tratamento contra a obesidade não é atingir o peso ideal, mas reduzir as consequências provocadas pelo problema: “Ninguém preconiza o uso indiscriminado de anorexígenos no combate a obesidade”, disse Meirelles. “Estamos falando de doença, não de 2 ou 3 quilos a mais. E uma intervenção que reduza 1% do peso corporal por mês já é considerada sucesso terapêutico, já que reduz fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares”.

Caso a proposta de banimento dos emagrecedores não vingue, a categoria propõe prescrever o medicamento apenas para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30 e pessoas com IMC igual ou superior a 25 e que apresentem fatores de risco como a hipertensão arterial.

De acordo com o representante da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Evandro da Gama, 60 milhões de pacientes usam produtos dispensados em estabelecimentos de manipulação no país. Segundo ele, os profissionais passam por treinamento adequado e são capacitados para a dispensação correta dos emagrecedores. “A Anvisa precisa prestar atenção em parte de sua missão, que é a melhoria na qualidade de vida dos brasileiros”, disse. Para ele, os anorexígenos precisam ter os riscos minimizados por meio da prescrição e da dispensação adequadas. “Se a gente bane, provoca o uso ilícito disso”, afirmou.

Na opinião do Blog, há formas bem difundidas para que se emagreça sem o apelo fácil do uso de inibidores de apetite. É só manter uma alimentação saudável, variada em nutrientes, equilibrada, uma vida ativa e se praticar exercícios físicos moderados, de forma continuada ao longo do tempo, que o emagrecimento virá de forma natural. É uma equação fácil de entender. Se ingerimos mais calorias/dia nos alimentando do que consumimos, conforme as práticas que citamos, vamos engordar. Se ocorre o contrário, isto é, consumimos menos calorias/dia do que consumimos, vamos emagrecer. No entanto, com relação à proibição radical dos inibidores de apetite somos contra, especialmente, por exemplo, no caso de pessoas que sofrem de obesidade mórbida,  evidentemente com acompanhamento médico.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Marchas e Discriminalização do Uso da Maconha


A discussão sobre a descrimininalização do uso da maconha vem de longa data. Há os que a defendem e muitos que a negam. Mas, debater é realmente salutar e ajuda a compreender a questão e formar opinião.

Nos últimos meses tem sido promovidas as chamadas "marchas da maconha" por aqueles que defendem a descriminalização e/ou liberação do uso da droga. Algumas dessas "marchas" ocorreram no Rio (07/05), Belo Horizonte(07/05), Vitória(07/05) e em São Paulo (21/05) aonde houve confrontos entre policiais e manifestantes. No caso do Rio de janeiro, a "marcha da maconha" somente foi liberada após autorização judicial em um despacho que defendia a liberdade de expressão e manifestação, vedando qualquer uso do entorpecente durante o evento e, em São Paulo, a justiça proibiu o evento, o que levou ao enfretamento entre policiais e manifestantes.

Repressão à marcha da maconha em São Paulo
Como a realização das "marchas da maconha" embutem a polêmica se esses eventos fazem ou não incitação ao uso da droga, o Supremo Tribunal Federal - STF nesta quarta feira ( 15/06) analisou a questão e por decisão unânime (8 votos) liberou a realização das “marchas da maconha”. 

Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ministros ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e iminentes.

Pela decisão, tomada no julgamento de ação (ADPF 187) ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o artigo 287 do Código Penal deve ser interpretado conforme a Constituição de forma a não impedir manifestações públicas em defesa da legalização de drogas. O dispositivo tipifica como crime fazer apologia de "fato criminoso" ou de "autor do crime".

O voto do decano da Corte, ministro Celso de Mello, foi seguido integralmente pelos colegas. Segundo ele, a “marcha da maconha” é um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, “a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência”.

Já o Ministro Luiz Fux, mesmo acompanhando o Relator ponderou ser “imperioso que não haja incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes” durante a marcha e deixou expresso que não pode haver consumo de entorpecentes no evento. Por fim, ressaltou que crianças e adolescentes não podem ser engajados nessas marchas. “Se a Constituição cuidou de prever a proteção dos menores dependentes químicos, é corolário dessa previsão que se vislumbre um propósito constitucional de evitar tanto quanto possível o contato das crianças e dos adolescentes com a droga e com o risco eventual de uma dependência”, afirmou.

Neste post vamos procurar mostrar um pouco do que é a maconha, sem a pretenção de esgotar o assunto, e as condições de contorno do uso da canábis pelo cidadão.

Primeiramente, o que é a maconha?

Canábis (do gênero cannabis), popularmente maconha, marijuana, ganjaou suruma refere-se a um número de drogas psicoativas da planta cannabis.

O principal composo químico psicoativo da cannabis é o delta-9-tetrahidrocanabinol), comumente conhecido como  THC, cuja concentração média é de até 8%, mas algumas variedades de maconha produzem recordes de 33% de THC.

Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o consumo do skunk está crescendo.

Sobre o consumo da maconha a ONU estima que cerca de 4% da população mundial faça uso da droga pelo menos uma vez ao ano e cerca de 0,6% a consome diariamente. Esses dados nos permitem concluir que, traduzido para a população mundial de hoje, há 280 milhões de usuários ocasionais da maconha (uma vez ao menos no ano) e 42 milhões usuários diários.

Quando fumada, a maconha induz a um estado de euforia que age sobre a bioquímica de todo o corpo. Há uma intoxicação aguda pelo THC que é rapidamente absorvido pelos pulmões e pelo cérebro em poucos minutos. O pico de euforia costuma acontecer em 10 a30 minutos e a intoxicação após cessado o uso da droga  pode durar até 4 horas.

A sensação de euforia, de prazer, de diminuição da ansiedade e aumento da sociabilidade pode não ocorrer ou não ser tão prazerosa em usuários com predisposição a distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão, podendo nesses casos o uso da droga ser acompanhado de ataques de pânico, profunda sensação de tristeza, crises de ansiedade e isolamento do grupo.

Os fatores de ricos e como a droga age no corpo são mostrados nos quadros seguintes:



A droga produz efeitos tanto de natureza psíquica quanto de natureza física. Assim, podem ocorrer durante o seu uso sinais de distorções do tempo, perda da memória recente, diminuição da atenção e concentração, paranóia, pensamentos míticos, sentimento de grandiosidade e despersonalização.

Sobre os efeitos físicos, as manifestações  mais comuns após consumo da canábis incluem taquicardia, aumento de pressão arterial, aumento da frequência respiratória, dentre outras.

O mais importante é saber que alterações da concentração, dos reflexos e da performance motora podem durar até 24h, muito tempo depois do fim da sensação de estar "alto". Os efeitos da maconha consumida na noite anterior podem estar presentes nos usuários que vão dirigir ou trabalhar no dia seguinte, apesar dos mesmos, muitas vezes, não terem consciência disto. Este fato pode ser especialmente perigoso em profissionais como pilotos, cirurgiões, motoristas e pessoas que manuseiam maquinaria pesada.

Outro dado pouco divulgado é que a fumaça da maconha possui 4 vezes mais alcatrão e 50% mais substâncias carcinogênicas que o cigarro, além de ser fumado sem filtro e ser muito mais tragado, o que causa uma maior inalação de partículas irritativas para as vias aéreas e pulmões. O consumo de 3 cigarros de maconha parece equivaler ao de 20 cigarros comuns.

Pessoas que fumam mais de 3 cigarros de maconha por dia costumam apresentar problemas respiratórios semelhantes aos fumantes comuns, incluindo tosse, catarro e diminuição da capacidade para exercícios. O uso crônico de maconha esta relacionado a um maior risco de enfisema pulmonar, bronquite crônica e aumento do risco de  pneumotórax espontâneo.

Com relação ao surgimento de cânceres em função do uso da droga, só há comprovação de relação para o caso de cânceres de pulmão e bexiga. Usuários apenas de marijuana apresentam alterações moleculares nas vias respiratórias semelhantes às lesões pré-cancerígenas que os fumantes comuns apresentam.

Na gravidez, o uso da maconha não parece estar associado à má formação fetal ou abortos. No entanto, em gestantes que fumam mais de 6 cigarros de maconha por semana, os filhos tendem a apresentar na tenra idade menor aptidão verbal e menor capacidade de memória que outras crianças. Hiperatividade, depressão e até leucemia também são riscos importantes para as crianças cujas mães são usuárias da droga.

No homem, o uso prolongado da maconha podem resultar em redução dos níveis de testosterona, diminuição da motilidade dos espermatozóides, infertilidade, redução da libido, impotência sexual, crescimento de mamas, dentre outros.

Apesar de todos esses problemas, a maconha também pode ser usada com agente medicinal. O THC e derivados podem ser encontrados em comprimidos, inaladores e adesivos para pele.

Muito se tem discutido a respeito do uso médico de substâncias químicas encontradas na maconha. Segundo o CEBRID, "graças às pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anti-câncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia(doença que se caracteriza por convulsões)". 

Outros usos potenciais da droga são como "neuroprotetores" contra efeitos tóxicos e como "anti-oxidantes". Dados desses estudos sugerem que a maconha pode ser útil como agente terapêutico para o tratamento de desordens neurológicas, como por exemplo, nos acidentes vasculares cerebrais do tipo isquêmico. Outros usos reportados são no tratamento de soluços de difícil controle, na caquexia associada a AIDS e cânceres, no tratamento do glaucoma, na redução dos sintomas da esclerose múltipla e no tratamento da dor crônica.

Por que fumar maconha? 

Os motivos para se fumar a canábis são basicamente os mesmos para a maioria dos usuários. Numa pesquisa com usuários de maconha os mais frequentes foram:


Relaxar
96,8%
Curtir os efeitos
90,7%
Melhorar o desempenho na prática de jogos, esportes e música
72,8%
Superar aborrecimentos
70,1%
Ajudar a dormir
69,6%
Sentir-se melhor
69,0%


Maconha causa dependência?

O termo dependência em psiquiatria é aplicado:

- Quando há consumo repetido de uma substância mesmo sabendo que ela está trazendo consequências físicas ou psicológicas.

- Quando um indivíduo consome grandes quantidades de uma substância durante longos períodos de tempo.

- Quando o usuário tem dificuldades em reduzir a quantidade ou a frequência do consumo desta substância.

- Quando começa a surgir tolerância ao princípio ativo, sendo necessárias maiores doses para se atingir os efeitos desejados.

- Quando o usuário despende grande parte do dia tentando obter a droga, usando-a, e/ou se recuperando dos seus efeitos.

- Quando o tempo de lazer e de atividade física é substituído pelo tempo de uso da droga.

- Quando o paciente sente sintomas físicos ou psicológicos se ficar muito tempo sem usar a droga.

Ao contrário do que se divulga, a maconha pode causar dependência. Cerca de 30% das pessoas que experimentam a droga tornam-se usuários regulares e 10% criaram dependência. Ou seja, 1 a 10 cada usuários se tornarão dependentes.

Opinião de nosso blog:

A opinião de nosso blog é que o uso da maconha pode ser justificável pela ótica médica em algumas situações limite. No entanto, trata-se de uma droga viciante que causa inúmeros problemas psiquicos e de sáude aos seus usuários e, como outras drogas, é uma porta de entrada para o consumo de drogas mais danosas, como o crack e a cocaína

Sobre a liberalização do uso da maconha, somos contra. No entanto reconhecemos que é direito do cidadão externar sua opinião sobre o assunto, como nas chamadas "marchas da maconha" que, como determinou o STF, devem ser permitidas, mas sob estrita vigilância para que não se faça incitação ao consumo da droga, especialmente entre as pessoas mais jovens e mais influenciáveis.

A respeito da descriminalização entendemos que o usuário, o portador de quantidade que não configure tráfico, não deve ser criminalizado. Mas que se haja com todo o rigor com relação àqueles que traficam e com isso, de forma ilícita, contribuem para a destruição da vida de centenas de milhares de cidadãos e suas famílias, impondo um ônus insustentável à sociedade através do comércio clandestino dessa e de outras drogas.

Ao leitor cabe analisar se apóia ou não a descriminalização do uso da maconha. Se apóia ou não as "marchas da maconha". Democracia e liberdade de expressão são conquistas que devem ser valoradas para que da discussão saia um pensamento médio que represente o que a maioria da Sociedade pensa.

Marchas e Discriminalização do Uso da Maconha


A discussão sobre a descrimininalização do uso da maconha vem de longa data. Há os que a defendem e muitos que a negam. Mas, debater é realmente salutar e ajuda a compreender a questão e formar opinião.

Nos últimos meses tem sido promovidas as chamadas "marchas da maconha" por aqueles que defendem a descriminalização e/ou liberação do uso da droga. Algumas dessas "marchas" ocorreram no Rio (07/05), Belo Horizonte(07/05), Vitória(07/05) e em São Paulo (21/05) aonde houve confrontos entre policiais e manifestantes. No caso do Rio de janeiro, a "marcha da maconha" somente foi liberada após autorização judicial em um despacho que defendia a liberdade de expressão e manifestação, vedando qualquer uso do entorpecente durante o evento e, em São Paulo, a justiça proibiu o evento, o que levou ao enfretamento entre policiais e manifestantes.

Repressão à marcha da maconha em São Paulo
Como a realização das "marchas da maconha" embutem a polêmica se esses eventos fazem ou não incitação ao uso da droga, o Supremo Tribunal Federal - STF nesta quarta feira ( 15/06) analisou a questão e por decisão unânime (8 votos) liberou a realização das “marchas da maconha”. 

Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ministros ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e iminentes.

Pela decisão, tomada no julgamento de ação (ADPF 187) ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o artigo 287 do Código Penal deve ser interpretado conforme a Constituição de forma a não impedir manifestações públicas em defesa da legalização de drogas. O dispositivo tipifica como crime fazer apologia de "fato criminoso" ou de "autor do crime".

O voto do decano da Corte, ministro Celso de Mello, foi seguido integralmente pelos colegas. Segundo ele, a “marcha da maconha” é um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, “a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência”.

Já o Ministro Luiz Fux, mesmo acompanhando o Relator ponderou ser “imperioso que não haja incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes” durante a marcha e deixou expresso que não pode haver consumo de entorpecentes no evento. Por fim, ressaltou que crianças e adolescentes não podem ser engajados nessas marchas. “Se a Constituição cuidou de prever a proteção dos menores dependentes químicos, é corolário dessa previsão que se vislumbre um propósito constitucional de evitar tanto quanto possível o contato das crianças e dos adolescentes com a droga e com o risco eventual de uma dependência”, afirmou.

Neste post vamos procurar mostrar um pouco do que é a maconha, sem a pretenção de esgotar o assunto, e as condições de contorno do uso da canábis pelo cidadão.

Primeiramente, o que é a maconha?

Canábis (do gênero cannabis), popularmente maconha, marijuana, ganjaou suruma refere-se a um número de drogas psicoativas da planta cannabis.

O principal composo químico psicoativo da cannabis é o delta-9-tetrahidrocanabinol), comumente conhecido como  THC, cuja concentração média é de até 8%, mas algumas variedades de maconha produzem recordes de 33% de THC.

Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o consumo do skunk está crescendo.

Sobre o consumo da maconha a ONU estima que cerca de 4% da população mundial faça uso da droga pelo menos uma vez ao ano e cerca de 0,6% a consome diariamente. Esses dados nos permitem concluir que, traduzido para a população mundial de hoje, há 280 milhões de usuários ocasionais da maconha (uma vez ao menos no ano) e 42 milhões usuários diários.

Quando fumada, a maconha induz a um estado de euforia que age sobre a bioquímica de todo o corpo. Há uma intoxicação aguda pelo THC que é rapidamente absorvido pelos pulmões e pelo cérebro em poucos minutos. O pico de euforia costuma acontecer em 10 a30 minutos e a intoxicação após cessado o uso da droga  pode durar até 4 horas.

A sensação de euforia, de prazer, de diminuição da ansiedade e aumento da sociabilidade pode não ocorrer ou não ser tão prazerosa em usuários com predisposição a distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão, podendo nesses casos o uso da droga ser acompanhado de ataques de pânico, profunda sensação de tristeza, crises de ansiedade e isolamento do grupo.

Os fatores de ricos e como a droga age no corpo são mostrados nos quadros seguintes:



A droga produz efeitos tanto de natureza psíquica quanto de natureza física. Assim, podem ocorrer durante o seu uso sinais de distorções do tempo, perda da memória recente, diminuição da atenção e concentração, paranóia, pensamentos míticos, sentimento de grandiosidade e despersonalização.

Sobre os efeitos físicos, as manifestações  mais comuns após consumo da canábis incluem taquicardia, aumento de pressão arterial, aumento da frequência respiratória, dentre outras.

O mais importante é saber que alterações da concentração, dos reflexos e da performance motora podem durar até 24h, muito tempo depois do fim da sensação de estar "alto". Os efeitos da maconha consumida na noite anterior podem estar presentes nos usuários que vão dirigir ou trabalhar no dia seguinte, apesar dos mesmos, muitas vezes, não terem consciência disto. Este fato pode ser especialmente perigoso em profissionais como pilotos, cirurgiões, motoristas e pessoas que manuseiam maquinaria pesada.

Outro dado pouco divulgado é que a fumaça da maconha possui 4 vezes mais alcatrão e 50% mais substâncias carcinogênicas que o cigarro, além de ser fumado sem filtro e ser muito mais tragado, o que causa uma maior inalação de partículas irritativas para as vias aéreas e pulmões. O consumo de 3 cigarros de maconha parece equivaler ao de 20 cigarros comuns.

Pessoas que fumam mais de 3 cigarros de maconha por dia costumam apresentar problemas respiratórios semelhantes aos fumantes comuns, incluindo tosse, catarro e diminuição da capacidade para exercícios. O uso crônico de maconha esta relacionado a um maior risco de enfisema pulmonar, bronquite crônica e aumento do risco de  pneumotórax espontâneo.

Com relação ao surgimento de cânceres em função do uso da droga, só há comprovação de relação para o caso de cânceres de pulmão e bexiga. Usuários apenas de marijuana apresentam alterações moleculares nas vias respiratórias semelhantes às lesões pré-cancerígenas que os fumantes comuns apresentam.

Na gravidez, o uso da maconha não parece estar associado à má formação fetal ou abortos. No entanto, em gestantes que fumam mais de 6 cigarros de maconha por semana, os filhos tendem a apresentar na tenra idade menor aptidão verbal e menor capacidade de memória que outras crianças. Hiperatividade, depressão e até leucemia também são riscos importantes para as crianças cujas mães são usuárias da droga.

No homem, o uso prolongado da maconha podem resultar em redução dos níveis de testosterona, diminuição da motilidade dos espermatozóides, infertilidade, redução da libido, impotência sexual, crescimento de mamas, dentre outros.

Apesar de todos esses problemas, a maconha também pode ser usada com agente medicinal. O THC e derivados podem ser encontrados em comprimidos, inaladores e adesivos para pele.

Muito se tem discutido a respeito do uso médico de substâncias químicas encontradas na maconha. Segundo o CEBRID, "graças às pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anti-câncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia(doença que se caracteriza por convulsões)". 

Outros usos potenciais da droga são como "neuroprotetores" contra efeitos tóxicos e como "anti-oxidantes". Dados desses estudos sugerem que a maconha pode ser útil como agente terapêutico para o tratamento de desordens neurológicas, como por exemplo, nos acidentes vasculares cerebrais do tipo isquêmico. Outros usos reportados são no tratamento de soluços de difícil controle, na caquexia associada a AIDS e cânceres, no tratamento do glaucoma, na redução dos sintomas da esclerose múltipla e no tratamento da dor crônica.

Por que fumar maconha? 

Os motivos para se fumar a canábis são basicamente os mesmos para a maioria dos usuários. Numa pesquisa com usuários de maconha os mais frequentes foram:


Relaxar
96,8%
Curtir os efeitos
90,7%
Melhorar o desempenho na prática de jogos, esportes e música
72,8%
Superar aborrecimentos
70,1%
Ajudar a dormir
69,6%
Sentir-se melhor
69,0%


Maconha causa dependência?

O termo dependência em psiquiatria é aplicado:

- Quando há consumo repetido de uma substância mesmo sabendo que ela está trazendo consequências físicas ou psicológicas.

- Quando um indivíduo consome grandes quantidades de uma substância durante longos períodos de tempo.

- Quando o usuário tem dificuldades em reduzir a quantidade ou a frequência do consumo desta substância.

- Quando começa a surgir tolerância ao princípio ativo, sendo necessárias maiores doses para se atingir os efeitos desejados.

- Quando o usuário despende grande parte do dia tentando obter a droga, usando-a, e/ou se recuperando dos seus efeitos.

- Quando o tempo de lazer e de atividade física é substituído pelo tempo de uso da droga.

- Quando o paciente sente sintomas físicos ou psicológicos se ficar muito tempo sem usar a droga.

Ao contrário do que se divulga, a maconha pode causar dependência. Cerca de 30% das pessoas que experimentam a droga tornam-se usuários regulares e 10% criaram dependência. Ou seja, 1 a 10 cada usuários se tornarão dependentes.

Opinião de nosso blog:

A opinião de nosso blog é que o uso da maconha pode ser justificável pela ótica médica em algumas situações limite. No entanto, trata-se de uma droga viciante que causa inúmeros problemas psiquicos e de sáude aos seus usuários e, como outras drogas, é uma porta de entrada para o consumo de drogas mais danosas, como o crack e a cocaína

Sobre a liberalização do uso da maconha, somos contra. No entanto reconhecemos que é direito do cidadão externar sua opinião sobre o assunto, como nas chamadas "marchas da maconha" que, como determinou o STF, devem ser permitidas, mas sob estrita vigilância para que não se faça incitação ao consumo da droga, especialmente entre as pessoas mais jovens e mais influenciáveis.

A respeito da descriminalização entendemos que o usuário, o portador de quantidade que não configure tráfico, não deve ser criminalizado. Mas que se haja com todo o rigor com relação àqueles que traficam e com isso, de forma ilícita, contribuem para a destruição da vida de centenas de milhares de cidadãos e suas famílias, impondo um ônus insustentável à sociedade através do comércio clandestino dessa e de outras drogas.

Ao leitor cabe analisar se apóia ou não a descriminalização do uso da maconha. Se apóia ou não as "marchas da maconha". Democracia e liberdade de expressão são conquistas que devem ser valoradas para que da discussão saia um pensamento médio que represente o que a maioria da Sociedade pensa.

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