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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não Arrisque a Saúde: Consumo de Alimentos à Base de Aloe Vera não é Seguro


Aloe Vera (babosa)

Babosa é o nome comum para as espécies vegetais: Aloe ferox Mill. e seus híbridos como Aloe africana Mill. e Aloe spicata L. f.; Aloe vera (L.) Burm. F. (sinonímia: Aloe barbadensis Mill.). De acordo com Tanaka et al. (2006), da numerosa variedade de espécies conhecidas de Aloe, a Aloe barbadensis Miller (Aloe vera) é a mais utilizada.

O consumo de produtos a base de plantas segue uma tendência crescente, possivelmente associado à percepção do consumidor de que os produtos menos industrializados (também classificados como naturais) são sinônimos de bem estar e qualidade de vida. Nem sempre essa percepção está correta e, às vezes, novas evidências científicas levam à revisão de práticas e hábitos. Por exemplo, Silvera et al. (2008) ressalta o aumento no número de reações adversas notificadas nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão, sendo associadas ao uso de plantas medicinais.

Externamente, o gel de Aloe vera é utilizado principalmente para tratar de problemas de pele como queimaduras(pelo sol ou por exposição ao fogo), para cicatrização de feridas, como tratamento para problemas causados pela pele seca, como eczemas.

O gel de Aloe vera também pode ser usado para fins cosméticos, como hidratantes, sabonetes, xampús, entre outros. O gel de Aloe vera também pode ser encontrado em produtos de consumo como iogurtes e bebidas, que contém pedaços da polpa.

No Brasil, produtos à base de Aloe vera de uso tópico estão autorizados como fitoterápico para cicatrização. No entanto, não há registro de medicamento a base de Aloe vera para uso oral (Carvalho, 2008).

Apesar de a Anvisa não registrar ingredientes alimentares, a segurança dos “novos ingredientes” deve ser comprovada com base na Resolução n. 17/1999, por meio do encaminhamento de documentação técnico-científica à Anvisa (código do assunto da petição: 404).

A Anvisa já analisou petição de registro de alimento a base de Aloe vera, mas a documentação científica apresentada foi insuficiente para demonstrar a segurança de uso. Além disso, os artigos científicos constantes da petição traziam efeitos medicamentosos para a Aloe vera. Assim, a petição foi indeferida e até o momento não há produtos a base de Aloe vera aprovados na área de alimentos.

Algumas empresas de bebidas que estão regulares perante o MAPA tem utilizado o número de registro do estabelecimento nos rótulos de suco de Aloe vera e os consumidores estão sendo induzidos a adquirir o suco de Aloe vera como um produto regularizado, por constar o número de registro do estabelecimento no MAPA. A informação do número de registro do estabelecimento constante da rotulagem não se constitui em infração sanitária, visto que de acordo com a legislação desse Ministério as empresas devem colocar essa informação no rótulo. No entanto, a comercialização do produto suco de Aloe vera está irregular, pois o ingrediente utilizado necessita de avaliação da segurança de uso pela Anvisa prévia a comercialização.

A toxicologia da Aloe vera ainda não foi sistematicamente estudada. Os estudos toxigenéticos são importantes na investigação de provável indução de danos genéticos. Sabe-se que tanto o antraceno como a antraquinona, compostos presentes na Aloe vera, são mutagênicos (agente físico, químico ou biológico que, em exposição às células, pode causar mutação) de acordo com o teste de Ames (Sturbele et al., 2010). Além disso, Silveira et al. (2008) comentam que a Aloe vera apresenta produtos de biotransformação potencialmente tóxicos, assim não possuem efeitos somente imediatos e facilmente correlacionados com sua ingestão, mas também efeitos que se instalam em longo prazo e de forma assintomática, podendo levar a um quadro clínico severo, algumas vezes fatal.

O Informe Técnico da ANVISA aponta ainda para casos de saúde atribuídos ao uso oral do Aloe vera associados a hepatite aguda crônica, hipotiroidismo e insuficiência renal. Portanto, deve-se atender às recomendações da ANVISA na preservação de nosso maior bem: a SAÚDE. O modismo no uso de suplementos que se dizem milagros às vezes é um engodo ou sem qualquer comprovação científica. Portanto, antes de arriscar a sua saúde ingerindo Aloe vera, pare e pense nos riscos que se está correndo e que aqui neste relato da ANVISA são trazidos à público. Não se arrisque. Não vale a pena.

O vídeo abaixo disponível no You Tuberatifica os aconselhamentos da ANVISA e os cuidados que se deve ter ao se fazer a ingestão de ervas naturais sem orientação médica.


Para ler o texto original do Informe Técnico da ANVISA clique aqui.

2 comentários:

  1. Existe uma Empresa Americana Chamdada Forever Living Produts, que comercializa produtos á base de Aloe Vera há 32 anos em 147 países, incluindo o Brasil (14 anos aqui). Tem 3 Selos Internacionais de qualidade (Kosher, Islâmico e do Conselho Internacional de Aloe Vera - Conselho que atesta 100% de pureza dos produtos a base de Aloe Vera), que compravam a excelência de seus produtos. Anexo segue um vídeo da empresa citada,para sua apreciação. O Aloe Vera é uma planta usada a mais de 2000, citado até na Bíblia. As propiedades desta planta são infinitas. Caso seja de seu interesse posso mandar por e-mail algums destas propriedades...
    Voltando ao assunto inicial...
    O que parece com esta proibição da ANVISA é que o $ das Mega Empresas da Indústria Farmaceuticas falou mais alto...
    A Forever lucrou no útimo ano mais de U$ 1 Bi...Isto com certeza incomodou muita gente...

    http://www.youtube.com/watch?v=GJlZoNv1C7w

    Nesse vídeo você poderá ver um resumo do que é a Empresa Forever Living, da plantação até os produtos chegarem a nossa mesa.

    Agradeço a atenção!
    Caso queira entrar em contato meu e-mail é o seguinte: jcduartesilva@hotmail.com
    Julio Cesar Duarte

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  2. Cansado de ser enganado!26 de novembro de 2011 às 10:59

    Conheço aloe vera, ou a nossa boa e velha babosa, como é amplamente conhecida por nós os brasileiros, há muito tempo e sempre ouvi falar maravilhas sobre a mesma. Inclusive a questão de se consumir como alimento / remedio não é invenção ou exclusividade de nenhuma empresa moderna, quem procurar um pouquinho descobre que no interior do Brasil, principalmente norte e nordeste já se vendia "garrafada" de babosa há muitos anos.
    Dizem que não existe nenhum estudo "sério" que comprove a eficácia da aloe vera, mas ao invés de promoverem um estudo apropriado, apenas proíbem. Lá fora, inclusive no Japão, já foram dirigidos estudos sobre a mesma, pois a babosa la é consumida há seculos e se tornou mais popular após á segunda guerra.
    Conhecendo o "jeitinho brasileiro" temo que a ANVISA esteja mais preocupada com contabilidade do que com saúde. Afinal de contas, porque demandar estudos para provar o que nossos avós já sabiam, (a natureza tem a cura para tudo), se temos a industria bilionária farmaceutica para nos AJUDAR?

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