Nas manchetes dos principais jornais de hoje está estampada a notícia de que os Estados Unidos vão cumprir a ameaça de cortar os fundos destinados à UNESCO pela derrota da sua posição contrária à admissão da Palestina como membro daquela organização. Com essa decisão, de imediato, a UNESCO deixa de ter um aporte anual de US$ 70 milhões para o custeio das suas atividades ao redor do mundo.
O que causa espécie é que essa decisão parta justamente de um país que se orgulha em alardear aos quatro cantos do mundo a sua posição de respeito ao pluralismo nas relações mundiais e ao respeito às decisões colegiadas. Como se vê, dois pesos e duas medidas.
Na verdade, somente em, antes da votação deste dia 31/10, que deliberou sobre a aceitação da entrada da Palestina como membro da UNESCO, os Estados Unidos previamente anunciarem que cortariam a sua cota de contribuição à UNESCO caso a sua posição fosse perdedora, já soaria como uma atitude intimidatória e de pressão totalmente indevidas. Agora, para manter o que disseram, se anuncia a concretização de tal fato.
É, no mínimo, lamentável que o país que se intitula a “maior democracia do mundo” haja dessa forma unilateral, revanchista, e sem a medida que o impacto da sua decisão possa ter sobre os programas de promoção à cultura, ciência e educação da UNESCO ao redor do mundo.
A vitória palestina na UNESCO, no entanto, prova que o eixo das decisões em temas tão sensíveis como as questões do oriente médio e a Palestina está mudando.
A admissão da Palestina na UNESCO foi justa e marcou a independência de posição dos Estados que votaram pelo SIM. O Brasil votou pelo SIM.
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