Noticia divulgada pela ONU, e transcrita a seguir, aponta para o fato que forças militares e de segurança da Síria cometeram crimes contra a humanidade durante a repressão contra manifestantes pacíficos, afirmou hoje (28/11) uma Comissão nomeada pelas Nações Unidas. Os especialistas apontados pela ONU pediram ao Governo que cesse imediatamente as “brutais” violações dos direitos humanos e levem os responsáveis à justiça.
Em agosto, o Conselho de Direitos Humanos da ONU criou a Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Síria, para investigar todas as supostas violações do direito internacional e dos direitos humanos no país desde março, quando os protestos pró-democracia tiveram início.
O relatório preparado pelo grupo aponta que a Síria é “responsável por atos ilícitos, incluindo crimes contra a humanidade, cometidos por membros das suas forças militares e de segurança”. O documento foi apresentado em uma coletiva de imprensa em Genebra pelos três integrantes da comissão, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. Além de Pinheiro, compõe o grupo Yakin Ertürk (Turquia) e Karen AbuZayd (Estados Unidos).
O documento de 39 páginas aponta padrões de execução sumária, detenção arbitrária, desaparecimentos forçados, tortura – incluindo a violência sexual –, bem como violações dos direitos das crianças.
“A parte substancial das evidências reunidas pela comissão indicam graves violações dos direitos humanos cometidas pelos militares sírios e pelas forças de segurança desde o início dos protestos em março”, afirma o relatório.
De acordo com o direito internacional, quando certos crimes são cometidos como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil, e os responsáveis sabem que sua conduta é parte deste ataque, tais delitos constituem crimes contra a humanidade, afirma o relatório.
Afim de contextualizar a questão, apresentamos ainda um dos vários vídeos disponíveis no You Tube que mostra a brutalidade da repressão das forças de Assad.
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