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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Hipocrisia Nuclear no Mundo


A folha on Line divulgou um estudo de Richard Norton Taylor do The Guardian mostrando quanto as potências nucleares planejam gastar nos próximos anos para renovação / modernização do seu arsenal nuclear. Os números são estarrecedores e envolvem recursos de mais de US$ 800 bilhões. Como padrão de comparação, o orçamento destinado ao combate à fome pelas Nações Unidades neste exercício é de US$ 8,2 bilhões, isto é, aproximadamente 10 X menor que o montante em 10 anos – mínimo – que se pretende gastar na modernização do arsenal nuclear ao redor do mundo. É um verdadeiro disparate em um mundo aonde a fome campeia, aonde morrem milhares de pessoas, de crianças, a cada ano, especialmente nos países pobres da África.

Se todo o recurso destinado à modernização do arsenal nuclear fosse gasto em prol dos esforços de eliminação da fome no mundo, mais o orçamento atualmente destinado ao combate à fome, o orçamento da ONU poderia passar para aproximadamente US$ 90 bilhões nos próximos 10 anos. Imaginem o que se poderia fazer com todo esse dinheiro? Quantos milhões de pobres deixariam de ser famintos?

Enquanto isso, o arsenal nuclear mundial estava em 2009 na casa das 23.000 armas nucleares. Sabe-se lá como estarão esses números hoje. A Tabela a seguir mostra o número de armas nucleares por país em 2009 comparativamente a 2000. Note que Israel, em constante conflito com seus vizinhos árabes, tinha em 2009 200 bombas atômicas, os Estados Unidos e a Rússia, juntos, 96% de todo o arsenal nuclear (22539 armas), a Índia e o Paquistão, em beligerância implícita pela passe da Caxemira, com 165 armas nucleares, e até a pequena Coréia do Norte com 02 artefatos nucleares. Comparativamente ao ano de 2000, em 2009 houve redução de 27% no arsenal nuclear, mesmo assim, o total de artefatos nucleares era de 23574. Para que todo isso? Realmente não faz qualquer sentido...


Enquanto isso as potências nucleares ocidentais e Israel fazem um cerco sem tréguas, por meio de intimidações e de sanções econômicas ao Irã, que, pretensamente, como suspeitam as potências nucleares, estaria tentando ingressar no time dos Estados Nuclearizados. Esses mesmos países, hoje, reforçam e planejam modernizar seus arsenais nucleares. Dois pesos e duas medidas.

Conforme divulgado pelo O Dia on Line hoje, o presidente Barack Obama (EUA), com o de acordo do presidente da França Nicolas Sarkosy, diz que é preciso manter a pressão sobre o Irã para conter o que chamou de ameaça das ambições nucleares de Teerã, que alega, por sua vez, que seu programa nuclear é destinado a fins pacíficos. A questão da proliferação nuclear é uma grande hipocrisia. O provérbio “Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço” ilustra perfeitamente a situação que discutimos.

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