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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Já ouviu falar de Computação nas Nuvens ( Cloud Computing)? Vale a pena ou não entrar nessa onda?


Uma das mais badaladas palavras da moda no mundo da computação remete ao conceito da "computação nas nuvens" ( cloud computing, em inglês). Entendendo esse novo conceito de computação, como sendo aquele no qual, em essência, o processamento e o armazenamento de dados, que são gerenciados por uma parafernália de softwares, que nem todos entendemos o por quê e nem para que servem, deixam de estar “rodando” na sua “máquina” (smartphone, desktop, laptop, netbook, ..) e passam a estar armazenados e serem gerenciados (“rodar”) em grandes conjuntos de servidores e unidades de armazenamento pertencentes à grandes e poderosos conglomerados cibernéticos, conectados de forma direta ao “cliente” em uma “rede proprietária” ou conectados pelo “cliente” via WEB,  sendo, neste último caso,  a vantagem mais evidente do conceito, o fato de poder ser acessado e usado pelo “cliente” remotamente de qualquer lugar e a qualquer tempo via internet.

Conceitualmente a “computação nas nuvens” se divide  em duas variantes. A primeira delas, a “computação nas nuvens privada”, focada nos clientes corporativos ( empresas individuais e corporações) e, a segunda, a “computação nas nuvens pública”, voltada para o usuário final, isto é, nós usuários. Havendo ainda um misto entre ambos os tipos, chamada de “computação nas nuvens híbrida”, que não vamos tratar neste texto, pelo fato das duas primeiras variantes citadas serem as principais para o enfoque que estamos dando.

Nos últimos anos, o conceito de “computação nas nuvens” deixou de ser fictício para se tornar algo real, muito real.  De acordo com o IDC, os investimentos mundiais em cloud computing vão atingir US$ 42 bilhões em 2012 - um número quase três vezes maior que o total investido em 2009.

A “computação nas nuvens privada”, aquela utilizada por clientes corporativos, através de serviços de assinatura, traz como principais apelos à adesão ao conceito, o fato do cliente – empresas -  poder estar dentro de um ambiente de rede proprietária ou data center  que usa tecnologias da clouding computing e com o qual se pode evitar, como vantagens do serviço, desde o desperdício financeiro, passando pela otimização das atividades dos empregados, até o fato de poder se evitar dores de cabeça tecnológicas, como ataques através de vírus e outras pragas eletrônicas aos seus sistemas computacionais cativos, sem mencionar as falhas de sistema e perda de dados. Comercialmente, então, dependendo do tipo e do porte da empresa, pode ser uma grande vantagem se optar por este modelo da “nova computação”, que, à princípio, sinaliza para uma compensadora redução de custos do uso dos sistemas de informática/empregado. Como contra ponto, as desvantagens mais evidentes do conceito de “computação nas nuvens privada”, referem-se, primeiramente, à questão da confiabilidade dos sistemas de conectividade. Se a “rede proprietária” cai, a corporação deixa de ter acesso aos seus sistemas computacionais e ao processamento de sua grade de aplicativos, o que pode gerar um grande prejuízo, tanto financeiro quanto de imagem, quando há “usuários finais”, que dependem da segurança dessa conectividade. Outro ponto de insegurança  da “computação nas nuvens privada” diz respeito ao parque de periféricos ( impressoras e outros) da empresa, que tem que estar preparado para trabalhar com a cloud computing e, finalmente, o mais importante, na minha visão, e ponto mais fraco, a questão da propriedade e inviolabilidade dos dados armazenados na “nuvem”.

Sobre a “computação nas nuvens pública”, essas são plataformas que podem ser acessadas através da WEB, com diferentes ofertas de serviços para usuários em todo o mundo, como a  Amazon Elastic Compute Cloud (EC2), IBM's Blue Cloud,  Sun Cloud, Google App Engine e Windows Azure Services Platform.  Tomando por exemplo a Google App Engine, voltada para desenvolvedores, a plataforma procura  facilitar a criação de aplicativos escalonáveis que crescem de um a milhões de usuários sem problemas de infra-estrutura, diz em seu web site o Google. O Google anuncia ainda que o serviço é grátis para começar. Todo aplicativo da Google App Engine irá ter CPU, largura de banda e armazenamento suficiente para atender à aproximadamente 5 milhões de visitantes por mês gratuitamente, podendo-se adquirir recursos adicionais quando se precisar deles, pagando-se naturalmente por isso.

Sobre as vantagens e desvantagens, creio que, no caso da “computação nas nuvens pública”, elas são similares às da  “computação nas nuvens privada”. Tem-se a facilidade de acesso ao sistema em qualquer tempo e lugar e usando  qualquer equipamento com acesso à WEB, como um smartphone, um desktop ou um laptop; a possibilidade do uso de hardwares mais simples e baratos, com acesso somente à WEB para usufruir dos recursos da “nuvem” e, por outro lado,  como principais desvantagens, temos, de novo, a questão da confiabilidade dos sistemas de Internet e as questões de propriedade e garantia da inviolabilidade de dados do usuário.

Sob a ótica de negócio, quando os visionários das novas mídias apontam em uma direção, muito provavelmente isso vai levar a negócios bilionários. E, muito provavelmente também, isso não se dará de forma diferente no caso da “computação nas nuvens”. Uma rápida consulta ao Google, entrando com o descritor  “cloud computing para usuários corporativos”, aponta para várias ofertas voltadas a esse tipo de cliente, o que parece ser um forte indicativo que a coisa veio para ficar e não terá vida efêmera, pois aonde tem oferta, muito provavelmente haverá demanda. É só uma questão de se equacionar o binômio preço e oferta de qualidade dos serviços ofertados, e tornar as interfaces entre a “nuvem” e o usuário/cliente cada vez mais amigável.

Para todos nós cidadãos-usuários, creio que devemos refletir sobre a relação custo/benefício desse novo tipo de computação. Será que verdadeiramente nos trará reais benefícios?  e, principalmente, será que os nossos dados armazenados na “nuvem” estarão verdadeiramente seguros?  Creio que ainda é prematura uma posição mais firme sobre se vale ou não vale a pena aderir a esta nova forma de computação. Cabe a cada um refletir...

Para reflexão, no entanto, é bom lembrar que a real certeza de qualquer coisa é admitir a intrínseca existência da incerteza. Não há sistema 100% seguro, 100% inviolável. Não se é possível garantir, por exemplo, que em casos de exceção, em situações de caos, de quebra das regras usualmente estabelecidas, dispositivos legais de nações não venham a exigir, por exemplo,  acesso aos dados armazenados, de boa fé, na “nuvem” pelo cidadão. Fica a reflexão...

2 comentários:

  1. creio que uma situação dessa ocorre quando o sistema decide "mostrar a cara". tudo o que fazemos é baseado na lei da confiança, e na hipótese levantada haveria uma quebra do trato entre estado e sociedade. cairiamos em uma realidade crítica onde somente o povo poderá vir a impedir uma opressão.

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    1. Bom Fábio. O texto históricamente mostrou-se mas do que correto. Veja todo esse alarde mundial em torno da NSA (EUA) espionando tanto nosso governo tupiniquim quanto a de seus mais fiéis aliados europeus, como a Alemanha, França e Inglaterra. Agora recentemente, mesmo com o discurso do Obama dizendo que não mais haveria monitoração das mídias de países amigos (imagine no caso dos inimigos???!!!), a justiça americana avalizou a atuação da NSA na defesa dos interesses americanos. E como ficam os sigilos de nós pobres mortais?

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