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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Desafio Global do Ar Limpo: Entenda um Pouco mais do Assunto


Em muitas cidades a poluição do ar vem atingindo níveis que ameaçam a saúde das pessoas de acordo com uma compilação de dados sem precedentes sobre qualidade do ar divulgado em 27/09 pela Organização Mundial de Saúde - OMS. As informações incluem dados de quase 1.100 cidades de 91 países, incluindo capitais e cidades com mais de 100 000 residentes.

A OMS estima que mais de 2 milhões de pessoas morrem anualmente em função de problemas respiratórios causados pela poluição do ar. Partículas e elementos poluidores menores que 10 micrômetros (PM10 - 0,01mm) podem penetrar nos pulmões e entrar na corrente sanguínea, vindo a causar doenças cardíacas, câncer de pulmão, asma e infecções respiratórias inferiores. Os parâmetros da OMS para o índice PM10 de qualidade do ar é de 20 µg/m3, em média anual, mas os dados divulgados hoje mostram que PM10 média em algumas cidades atingiu até 300 µg/m3. Partículas acima de 10 micrometros (0,01mm) são conhecidas como “poeiras” ou “grãos sedimentáveis”. Essas partículas costumam ser depositadas próximas da sua fonte de emissão  (uma indústria por exemplo). Por outro lado, partículas menores de 10 micrometros são denominadas de “fumo” ou “fumaça”. Essas partículas permanecem um longo período de tempo em suspensão no ar em função do efeito do movimento bowniano e, portanto, são mais facilmente inaláveis, sendo as mais relevantes para a ocorrência das doenças respiratórias.

Os principais poluentes que estão presentes no ar são:

- Óxido de enxofre (SOx);
- Óxido de nitrogênio (NOx);
- Monoxido de carbono (CO);
- Dióxido de carbono (CO2);
- Compostos orgãnicos voláteis (COV);
- Material particulado (proveniente de emissões de vulcões, tempestades de areia, incêndios florestais e de pastagens, outros);
- Clorofluorcarbonos (CFC´s)
- Amônia (NH3)
- Outros.


As principais conclusões contidas na nova compilação da OMS são:

* Persistentes e elevados níveis de poluição causados por partículas finas são comuns em muitas áreas urbanas. A poluição  por partículas finas muitas vezes da queima de combustíveis, tais como em usinas geradoras de energia e veículos automotores.

* A grande maioria das populações urbanas está sujeita à exposição média anual de partículados PM10 superior ao preconizado  pela OMS em sua orientação sobre a qualidade do ar, que é de, no máximo, 20 µg/m3. Da tabela mostrada, apenas algumas cidades já atingiram os valores de referência da OMS, dentre elas Belo Horizonte. A cidade do Rio de janeiro é uma das mais poluídas. Seu índice é e 64 µg/m3. As campeães em poluição são, no entanto, Bombaim (Mumbai) - 132 µg/m3 e Pequim (Beijing) - 121 µg/m3.

Em 2008, amortalidade atribuível à poluição do ar nas cidades do mundo equivaleu a 1,34 milhão de mortes prematuras. Se as orientações da OMS tivessem sido universalmente atendidas, aproximadamente 1.090 milhão de mortes poderiam ter sido evitadas.

O número de óbitos atribuíveis à poluição do ar nas cidades tem aumentado a partir da estimativa anterior de 1,15 milhões de mortes em 2004. O aumento da mortalidade atribuíveis à poluição atmosférica urbana está ligada aos recentes aumentos nas concentrações de poluição do ar e no tamanho da população urbana, bem como maior disponibilidade de dados e métodos empregados.

"A poluição atmosférica é um grave problema de saúde ambiental e é vital que nós aumentemos os esforços para reduzir o impacto na saúde que ele cria", disse Maria Neira, diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente. "Se nós monitorarmos e gerenciarmos o ambiente de forma podemos reduzir significativamente o número de pessoas que sofrem de doenças respiratórias e cardíacas e de câncer de pulmão. Em todo o mundo, o ar das cidades estão carregados de gases de escapamento de veículos, de fumaça de fábricas ou fuligem das usinas geradoras de energia . Em muitos países não existe qualquer regulamentação da qualidade do ar e, quando eles existem, a sua observância varia muito".

Maior consciência dos riscos à saúde

A OMS está pedindo maior consciência dos riscos à saúde causados pela poluição do ar urbano, a implementação de políticas efetivas de forma a se acompanhar de perto a situação nas cidades. A redução de partículados PM10, de uma média anual de 70 mg/m3 para uma de 20 mg/m3 de PM10 tem potencial para produzir uma redução de 15% na mortalidade - considerado um ganho de saúde pública. Em níveis mais elevados de poluição, reduções semelhantes teriam menos impacto na redução da mortalidade, mas, mesmo assim, trariam benefícios importantes para a saúde coletiva nas cidades.

"As soluções para os problemas de poluição do ar em uma cidade determinada cidade serão diferentes de outras, pois dependem da contribuição relativa das fontes de poluição, do seu estágio de desenvolvimento, bem como da sua geografia local," disse o Dr. Carlos Dora da OMS e, "A maneira mais poderosa para uso das informações do banco de dados da OMS é determinada cidade monitorar sua própria evolução, na poluição do ar ao longo do tempo, de modo a identificar, melhorar e aprimorar intervenções eficazes".

"Ações locais, políticas nacionais e acordos internacionais são necessários para reduzir a poluição e reduzir os efeitos na saúde de forma generalizada", disse o Dr. Michal Krzyzanowski da OMS. "Os dados do monitoramento da qualidade do ar divulgados hoje, identificam regiões onde a ação é mais necessária e permite-nos avaliar a eficácia das políticas implementadas".

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