Depois de duas semanas de crise e pressão política em função das denúncias de corrupção apresentadas pelo policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira, dono de duas ONGs, o ministro Orlando Silva (PCdoB) deixou ontem (26/10) o ministério dos Esportes. Todo o desgaste do ex-ministro, do governo e da base aliada poderia ter sido evitado, ou pelo menos minimizado, se no primeiro momento das denúncias Orlando Silva se licenciasse do cargo para se defender. Não o fez, deu munição e holofotes à oposição e acabou caindo.
A demissão do ministro Orlando Silva é a sexta de ocupantes do primeiro escalão do governo Dilma desde junho, quinta por desvio de dinheiro público, e a discussão agora é se a pasta permanece ou não com o PCdoB. Por enquanto, o ministério é ocupado interinamente pelo até então secretário do ministério Waldemar Manoel da Silva de Souza. A disputa política pelo ministério promete ser acirrada, especialmente considerando-se as projeções políticas com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Como já tínhamos escrito em nosso blog, a nosso ver todo ocupante de cargo do governo, especialmente os de primeiro escalão como o Ministro Orlando Silva, quando acusadas de delitos deveriam se licenciar e então, fora do governo, responder às acusações que lhe são imputadas. Desta forma preserva-se o governo, evita-se o desgaste, no caso da presidente Dilma e da base aliada, de se vir a público dizer que se confia no ministro, e depois, por força do desgaste e da pressão política, o ministro ter que sair. O caminho da licença seria melhor para todos, pois o viés político das denúncias acabaria por se diluir, apurando-se tão somente os fatos, a verdade, que, verdadeiramente é o que a sociedade deseja.
Leia nosso matéria anterior neste link
Como eu já comentei em um outro post que trata o mesmo assunto disse bem assim: "Demorou", como dizem alguns sem mais nada para acrescentar, ok!
ResponderExcluirPois é amigo. Nós defendemos o que escrevemos. Foi acusado? Licenciesse logo e vá se defender. É, no fundo, o que todos queremos. A apuração dos fatos.
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