O Ministério da Ciência e Tecnologia, que tem a frente como ministro o senador do PT (fora de exercício) Aloizio Mercadante, criou no dia 28/04/2011 a Comissão do Futuro da Ciência Brasileira (CFCB), estabelecida por meio da Portaria Nº 236, e que tem a incumbência de discutir o futuro da ciência brasileira, tem por objetivos, dentre outros, recomendar ao MCT e ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia - CCT, planos, metas e prioridades de médio e longo prazos, para as áreas estratégicas visando o avanço da ciência brasileira, recomendar ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia estratégia de médio e longo prazos para o Brasil avançar nas áreas de fronteira do conhecimento, fazer diagnósticos relacionados aos processos, mecanismos de fomento, estrutura dos institutos e órgãos de produção científica, além de poder opinar sobre propostas e programas que possam elevar a capacidade científica brasileira na próxima década.
A portaria prevê uma composição de 24 membros da comunidade científica nacional e internacional e fica instituída pelo prazo de dois anos.
- Miguel Nicolelis, neurocientista da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal (Presidente da Comissão),
- Alan Rudolph, biólogo da Fundação de Neurociência Internacional, dos Estados Unidos,
- Alexander Triebnigg, médico, presidente da Novartis,
- Conceição Lemes, jornalista,
- Débora Calheiros, pesquisadora da Embrapa,
- Jon H. Kaas, neurocientista da Universidade Vanderbilt e da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos,
- Luiz A. Baccalá, engenheiro da Escola Politécnica da USP,
- Luiz Belluzzo, economista da Unicamp,
- Mariano Sigman, neurocientista da Universidade de Buenos Aires, Argentina,
- Marilena Chauí, filósofa da USP,
- Mariluce Moura, jornalista da FAPESP,
- Mauro Copelli, físico da UFPE, Brasil,
- Patrick Aebischer, neurocientista da Escola Politécnica Federal de Lausanne, Suíça,
- Ricardo Abramovay, cientista político da FEA-USP,
- Robert Bishop, cientista computacional, ex-CEO da Silicon Graphics, dos Estados Unidos,
- Ronald Cicurel, matemático e filósofo da Suíça,
- Selma Jeronimo, médica-pesquisadora da UFRN,
- Stevens Rehens, biólogo da UFRJ,
- Thereza Brino, educadora em tecnologia da informação,
- Victor Nussenzweig, médico da Universidade de Nova York,
- William Feiereisen, cientista computacional da Intel, nos Estados Unidos.
O texto completo da Portaria Ministerial é mostrado a seguir. No entanto, como reflexão, um dos desafios de futuro será o de cada vez mais traduzir, na prática, os avanços científicos em serviços e tecnologias à disposição da Sociedade, como principal fonte impulsionadora do progresso do País. Isso somente será possível priorizando cada vez mais os esforços e investimentos em C&T&I, além de uma atenção especial ao limitado e decrescente quantitativo de pessoal que atua nos Institutos de tecnologia, seja oficiais ou privados, que terão a função de traduzir esse esforço científico em inovação. É um desafio e tanto a ser vencido nos proximos anos. Mas as ações do Ministro Mercadante apontam na direção de que o salto do País rumo à "riqueza" somente se dará tendo como um dos principais vetores os investimentos em C&T&I, como fizeram, com êxito, países como a Coréia do Sul.
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