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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sáude Pública: Médicos vão Interromper o Atendimento aos Planos de Saúde



Foi marcado para 7 de abril o dia nacional de protesto em defesa dos médicos que trabalham na saúde suplementar.

A decisão foi tomada durante reunião organizada pela Comissão de Consolidação e Defesa da CBHPM com a Comissão de Saúde Suplementar.

Desde então, as três entidades médicas nacionais, AMB, CFM e Fenam, têm divulgado esclarecimentos e orientações sobre o movimento:

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Médicos vão interromper o atendimento aos planos de saúde no dia 7 de abril

Prezado cidadão, prezada cidadã

Os médicos de todo o País irão suspender o atendimento aos planos e seguros de saúde no próximo 7 de abril, Dia Mundial da Saúde.

Nesse dia, os médicos não realizarão consultas e outros procedimentos. Os pacientes previamente agendados serão atendidos em nova data. Todos os casos de urgência e emergência receberão a devida assistência.

A paralisação é referendada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM),Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas.

Trata-se de um ato em defesa da saúde suplementar, da prática segura e eficaz da medicina e, especialmente, por mais qualidade na assistência prestada aos cidadãos.

O objetivo é protestar contra a forma desrespeitosa com que os médicos e os pacientes são tratados pelas empresas que atuam no setor.

Os planos de saúde interferem diretamente no trabalho do médico: criam obstáculos para a solicitação de exames, internações, fazem pressão para a redução de procedimentos, a antecipação de altas e a transferência de pacientes.

Os contratos entre as operadoras e os médicos também são irregulares, estão em desacordo com as normas estabelecidas pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Nos últimos dez anos, os reajustes dos honorários médicos foram irrisórios, enquanto os planos aumentaram suas mensalidades bem acima da inflação.

Alertamos a sociedade que tal situação é hoje insustentável, com riscos de sérios prejuízos à saúde e à vida daqueles que decidiram adquirir um plano de saúde, na busca de uma assistência médica de qualidade.

As empresas de planos de saúde precisam urgentemente atender a reivindicação das nossas entidades,estabelecendo regras contratuais claras que respeitem a autonomia do médico e definam critérios e periodicidade de reajustes dos honorários profissionais.

É necessário também que a ANS exerça seu papel fiscalizador, exigindo dos planos de saúde o cumprimento da regulamentação.

Brasília, 28 de fevereiro de 2011.

Associação Médica Brasileira
Conselho Federal de Medicina
Federação Nacional dos Médicos

Nosso Blog apóia o movimento dos médicos nessa luta, pois todos nós somos trabalhadores e não patrão. Mas lembra que a Sociedade não pode ficar indefesa diante de uma situação para o qual não contribuiu. Ao contrário. Os associados dos Planos de Saúde são duplamente onerados, pois, além do desconto compulsório em seus salários na rubrica relativa a custear as aposentadorias e auxílios correlatos, que embute um componente financeiro que deveria ser destinado a custear o atendimento médico via rede pública de saúde. O que nem de longe acontece de forma o mínimo digna, forçou a que parte da população – a que pode, mas que se sacrifica para pagar- a procurar alternativas, e com isso os planos suplememtares de saúde surgiram e prosperaram como um bom negócio, com seus preços cada vez mais elevados ao cidadão e seus serviços cada vez de pior qualidade. Portanto, a Sociedade, duplamente onerada, mesmo entendendo como mais do que justa a causa dos médicos, não pode ser penalizada caso haja um impasse e o movimento dos médicos venha a se estender por tempo mais longo.

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