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terça-feira, 12 de abril de 2011

Diante da Indignação da Sociedade, Governo Reage e Propõe Nova Campanha pelo Desarmamento

O Ministério da Justiça vai lançar uma nova campanha do desarmamento. O anúncio foi feito no início da noite desta segunda-feira (11/04) pelo ministro José Eduardo Cardozo após reunião com entidades da sociedade civil, em Brasília, para discutir o tema.

De acordo com o Ministro, o objetivo é recolher o maior número de armas possível. “O propósito é superar as três campanhas anteriores, quando foram recolhidas mais de 1 milhão de armas. Quanto menos armas, menos violência nas ruas”. A expectativa é fazer o lançamento em 6 de maio.

Uma nova campanha do desarmamento já estava sendo organizada pelo governo federal. O episódio na escola Tasso da Silveira, no bairro de Realengo (RJ), quando 12 alunos foram assassinados acelerou o processo. “Diante do ocorrido no Rio de Janeiro, resolvemos antecipar a campanha. A nova campanha do desarmamento deve ser estendida até o final do ano como parte de uma política permanente para desarmar o país”, afirmou O Ministro.

Antônio Rangel, diretor do Viva Rio, uma ONG que luta contra a exlusão social, a promoção da paz e do desenvolvimento solcial, e que é entidade parceira do Ministério da Justiça nas campanhas do desarmamento, informou que o Brasil possui 16 milhões de armas de fogo em circulação atualmente. Destas, 14,5 milhões estão nas mãos da sociedade civil. “A cada dia, 95 pessoas morrem por crimes com armas de fogo no Brasil. Na Grã-Bretanha, são 80 por ano. Dos crimes ocorridos no Brasil, 80% acontecem com armas compradas legalmente, ou seja, elas não são sinônimo de segurança. Pelo contrário, representam um grande perigo e precisam ser tiradas de circulação, defendeu Rangel.

Para contextualizar a questão, ainda sobre o tema, seria bom lembrar que em 2005 houve um referendo popular pela proibição do uso e comercialização de armas de fogo. O resultado foi 59.109.265 de votos rejeitando a proposta (63,94%), enquanto 33.333.045 votaram pelo "sim" (36,06%), demonstrando que prevaleceu a opinião de que não adiantava proibir a compra legal de armas pelo cidadão, enquanto, por vias ilegais, o uso de armas de fogo pelos criminosos é cada vez maior. No entanto, os dados apresentados pelo Viva-Rio mostram que parte substancial do uso dessas armas, que deveria estar nas mãos da sociedade civil, acaba sendo roubada ou desviada e se volta contra ela própria, o que nos leva a uma nova reflexão da oportunidade ou não de um novo referendo para, novamente, deliberar sobre o assunto. Aliás, proposição desse tipo foi aventada pelo presidente do Senado José Sarney, e apoiada pela OAB, diante do choque por que está passando toda a Sociedade em função da ocorrência do massacre ocorrido no Rio de Janeiro.

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