A proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a venda de quatro inibidores de apetite gerou polêmica nesta terça-feira (05/03/2011), em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados.
A Anvisa analisou mais de 170 estudos relacionados aos medicamentos e concluiu, em nota técnica divulgada em fevereiro, que não há comprovação de que seu uso acarrete diminuição do peso corporal. Além disso, foi verificado aumento de risco cardiovascular entre os usuários.
Foto: Beto Oliveira |
Somente no ano passado, foram prescritas quase 4,5 milhões de receitas de sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol, que são as substâncias mais usadas no combate ao excesso de peso no Brasil.
Ricardo Meirelles disse que a suspensão desses medicamentos pode colocar em risco a vida de milhares de pacientes, pois nem todos conseguem aderir a um programa de modificação de hábitos de vida, reeducação alimentar e atividade física. “Esses pacientes, quando têm um excesso de peso significativo, vão se beneficiar do uso de um anorexígeno, desde que o medicamento seja prescrito com os cuidados de seleção do paciente que realmente pode tomar esse medicamento.”
O secretário-geral da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, Ivan da Gama Teixeira, informou que há um controle rigoroso na manipulação desses remédios.
Proibição em estudo
Foto: Beto de Oliveira |
Uma das autoras do requerimento para a realização da audiência pública, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que é preciso discutir esse tema na Câmara, por se tratar de um assunto que interessa a uma parcela significativa da Sociedade. Alice Portugal lembrou que a obesidade é um problema de saúde pública e que é preciso analisar não só os riscos causados pelos inibidores de apetite, mas também a importância do seu uso para a vida dos pacientes obesos e diabéticos.
Na opinião do Blog, há formas bem difundidas para que se emagreça sem o apelo fácil do uso de inibidores de apetite. É só manter uma alimentação saudável, variada em nutrientes, equilibrada, uma vida ativa e se praticar exercícios físicos moderados, de forma continuada ao longo do tempo, que o emagrecimento virá de forma natural. É uma equação fácil de entender. Se ingerimos mais calorias/dia nos alimentando do que consumimos, conforme as práticas que citamos, vamos engordar. Se ocorre o contrário, isto é, consumimos menos calorias/dia do que consumimos, vamos emagrecer. No entanto, com relação à proibição radical dos inibidores de apetite, tema dessa discussão, a deputada Alice Portugal está totalmente certa. No caso, por exemplo, de pessoas que sofrem de obesidade mórbida, a nosso ver, é plenamente justificável - evidentemente com acompanhamento médico - o uso de inibidores de apetite.
A título de complementação do post, vejam o video a seguir, que apresenta mais uma visão sobre o uso dos moderadores de apetite.
Créditos: Reportagem Câmara Notícias - Karla Alessandra/Rádio Câmara Edição – Pierre Triboli
Nota: transcrito (com inserções e alterações do Blog) da 'Agência Câmara de Notícias". Para ter acesso ao texto original da Agência Câmara de Notícias, clique aqui.
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