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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rio se Une para Garantir Royalties do Petróleo


O Ato na Candelária - Rio
Cerca de 150 mil pessoas, entre elas artistas e representantes do Governo do Estado e dos municípios fluminenses, se reuniram nesta quinta-feira (10/11), no centro do Rio, para participar do ato público “Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio”. A passeata contra a mudança na distribuição dos royalties do petróleo, aprovada em outubro pelo Senado e que prevê a diminuição do repasse aos estados produtores e um aumento para os que não produzem o óleo, começou na Candelária e terminou na Cinelândia.  A atriz Fernanda Montenegro leu o manifesto contra os royalties no palanque.

Os 92 municípios fluminenses mobilizaram seus cidadãos na luta pelos seus direitos. Agradeço a todo o estado, que deu mais uma vez uma prova de união. Hoje é um dia histórico, contra a injustiça, de indignação pela possibilidade de se retirar receitas do poder público, e que podem acarretar sérios danos à economia fluminense - disse o governador Sérgio Cabral, que estava acompanhado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, entre outras autoridades.

Locais de Ocorrência de Petóleo no Brasil
Na passeata, os manifestantes atravessaram a Avenida Rio Branco
acompanhados de trios elétricos, como aconteceu no ato público realizado em 2010 para protestar contra a emenda Ibsen Pinheiro, que faria com que o Estado perdesse R$ 7,3 bilhões por ano. Agora, o protesto é contra o projeto do senador Vital do Rêgo. A proposta será levada à Câmara dos Deputados, para, em seguida, ser ou não sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo dados do governo estadual, o Rio de Janeiro vai perder, já em 2012, cerca de R$ 3,3 bilhões.

Durante coletiva de imprensa realizada na Câmara dos Vereadores do Rio depois do ato público, o governador reafirmou que a retirada de recursos dos estados e municípios produtores vai contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo Cabral, os produtores têm direito adquirido sobre royalties dos campos de petróleo já licitados. A proposta defende que os estados produtores arrecadem apenas os royalties dos 70 bilhões de barris que serão produzidos por ano a partir de 2020, mas os lucros com Participação Especial serão distribuídos também entre os não produtores.

- O que está em jogo é um princípio democrático, é um princípio de justiça, de respeito às leis, de respeito às normas constitucionais, de respeito ao pacto federativo. Mas eu tenho certeza de que a presidenta Dilma Rousseff irá vetar, porque ela é uma democrata - afirmou o governador Sérgio Cabral.

Com os recursos dos royalties e da participação especial recebidos pelo estado, o governo paga a dívida que tem com a União, criada no fim dos anos 90, de cerca de R$ 2 bilhões, e destina parte para o RioPrevidência (responsável pelo pagamento de aposentados e pensionistas) e para o Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental), o que permitiu que o Estado alavancasse investimentos em saneamento, ampliando o tratamento de esgoto em 50% em menos de 5 anos. Além disso, a falta do dinheiro comprometeria a realização da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Propostas dos estados produtores

Os governos do Rio e do Espírito Santo defendem que não haja perda de receita aos estados produtores e que os não produtores recebam parte da PE do pós-sal até que o pré-sal comece a produzir royalty. O acordo prevê a redistribuição dos royalties da União em campos do pós-sal; o repasse dos critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos Estados (FPE); a transferência de royalties e PE das áreas já licitadas do pré-sal; e a monetização dos campos já descobertos, como o da Libra.

Em defesa do Rio

Com bandeiras do Governo do Estado e cartazes com os dizeres: “Contra a injustiça, em defesa do Rio”, um grupo de 60 trabalhadores da construção civil se destacou entre os manifestantes pela empolgação. Eles foram liberados pela construtora em que trabalham para participar da manifestação. Dois ônibus foram fretados pela empresa.

- Os royalties são muito importantes para a construção civil no Estado do Rio. Ficamos surpreendidos com a adesão da nossa categoria ao protesto – disse o engenheiro Flávio Martins, 31 anos.

Formado por serventes, pedreiros, técnicos de segurança e engenheiros, o grupo chegou bem cedo à concentração.

- Nos preparamos para estar aqui a partir das 14h. O Estado do Rio não pode perder esta briga. Todo mundo que puder deve protestar – afirmou Alexandre Cunha, 41 anos, também empregado pelo setor de construção civil.

O grupo de funcionários foi pintado com as cores branco e azul, da bandeira do estado do Rio, por alunas da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Elas defendem a mobilização e esperam que o protesto evite que o Rio tenha perdas financeiras.

O município de Macaé também marcou presença no protesto em defesa dos royalties dos estados produtores de petróleo. Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal, Antonio Franco, de 74 anos, cerca de 120 ônibus vieram ao Rio. Participaram da manifestação a Guarda Municipal Jovem da cidade, composta por adolescentes com idade entre 14 e 18 anos, e a Guarda Sênior, formada por maiores de 60 anos.

- Macaé é o principal produtor de petróleo do Rio. Sofremos muito com impactos ambientais. Querem roubar o Estado do Rio – disse Franco.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), responsável por fiscalizar a aplicação dos royalties nos 91 municípios fluminenses (a capital tem suas contas analisadas pelo Tribunal de Contas do Município), também compareceu à passeata. Segundo o presidente da Associação de Servidores do órgão, Luiz Marcelo Fonseca Magalhães, pelo menos 80 funcionários participaram do ato.

- Enviamos um comunicado por e-mail para todos os funcionários do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Estamos aqui solidários porque a gente sabe o impacto que tal medida terá nas finanças do Estado. Não podemos deixar isso acontecer - disse.

Presente ao protesto, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, ressaltou a vocação libertária do Rio.

- O Rio é o estado mais libertário do Brasil. Aqui aconteceram todas as principais lutas do povo brasileiro contra a ditadura militar, por eleições diretas, pelo impeachment de um presidente. Estamos no principal cenário da democracia brasileira. Cabe ao Rio de Janeiro a defesa do interesse do seu povo, e à sua população organizar um ato tão grandioso como este. Isso só confirma a vocação libertária do Rio. Por isso, os advogados estão aqui e a OAB também - afirmou.

O sósia do presidente americano Barack Obama Rinaldo Gaudêncio Américo, de 39 anos, também fez questão de comparecer ao ato público em defesa dos royalties.

- Tudo o que for feito para beneficiar o Rio, é fundamental. Temos o direito a uma parcela muito maior dos royalties. Somos produtores de petróleo - disse.

Vejam um video da manifestação disponível no You Tube.


Reproduzido, com inserções, do Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro – Subsecretaria de Comunicação Social. Para ler o texto no site original clique aqui.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fique Esperto: O seu Seguro é Seguro?


Reproduzimos a seguir nota da susep a respeito da questão da contratação de seguro veicular. Fiquem espertos. Há casos no qual esse tipo de “seguro” se mostra um engodo e o consumidor é enganado. O atrativo é sempre um valor mensal de seguro extremamente baixo. Vejam a nota.
Associações e Cooperativas: isso é seguro?

Algumas associações e cooperativas estão comercializando ilegalmente seguros de automóveis com o nome, por exemplo, de "proteção", "proteção veicular", "proteção patrimonial", dentre outros.

Como essas associações e cooperativas não estão autorizadas pela SUSEP a comercializar seguros, não há qualquer tipo de acompanhamento técnico de suas operações.

A única forma legal dessas associações e cooperativas atuarem é como estipulantes de contratos de seguros, ou seja, contratando apólices coletivas de seguros junto a sociedades seguradoras devidamente autorizadas pela SUSEP, passando a representar seus associados e cooperados como legítimos segurados.

Portanto, antes de contratar um falso seguro, consulteo nome da sociedade seguradora no sítio eletrônico da SUSEP e leia as condições gerais do contrato de seguro."

Em caso de dúvida, entre em contato com a susep.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Deus Criou o Universo?


Stephen William Hawking
Stephen William Hawking é um físico teórico e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge. Atualmente, Hawking encontra-se incapacitado em razão de uma esclerose lateral amiotrófica (ELA), que o impede de manter suas atividades científicas. No entanto a perspicácia, a clareza e o brilhantismo da sua mente estão mais aguçadas do que nunca.

A polêmica causada por Hawking
Recentemente Stephen Hawking declarou que Deus não existe e isto foi notícia na mídia ao redor do mundo. Agora, encontra-se em exibição nas TV`s por assinatura um documentário chamado “Curiosidade: Deus criou o universo?” no qual o brilhante físico, além de reafirmar que Deus não existe, procura provas científicas de que Deus não existe. Trata-se de um documentário instigante, que nos leva a uma viagem por um universo desprovido de Deus, na visão de Hawking.

Galáxia elíptica
Bom, você que lê esse texto deve estar se perguntando: E daí? A essa indagação eu respondo que a “verdade”, a “crença” de Stephen William Hawking sobre Deus me incomodou um pouco e, como ele, também vou me atraver a debater esse tema apaixonante, misterioso, que é falar um pouco sobre a crença ou não em Deus.

Para começar, gostaria de dizer que sou um cara comum como você que tem a paciência de ler esse texto. Não sou físico, não tenho doutorado em cosmologia como Stephen Hawking. Mas como ele, tenho as minhas crenças. E começo me perguntando: Por que acreditar que Cristo é o filho de Deus? Eu não vejo em Cristo o filho de Deus. Para mim Cristo foi um líder religioso maravilhoso, inspirador a seu tempo. E baseado em toda a sua inspiração foi criado o catolicismo. Como diz em seu documentário Stephen Hawking, longe de mim querer ofender qualquer um que tenha uma visão diferente dessa. Cada um tem a sua fé. Ao contrário, acho que a crença nas religiões, em Cristo, em Maomé ou em outro líder espiritual faz um enorme bem para quem verdadeiramente crê. Mas esse não é o meu caso. E, mais uma vez, no que eu creio? Eu creio em Deus. Mas não creio em um “Deus feito a semelhança do homem”. Afinal, por que Deus teria a semelhança do homem? Até a igreja católica já reconhece a possibilidade da existência de vida além desse belo planeta azul. Então por que Deus teria feito o homem a sua semelhança? Acredito mesmo que não foi Deus que fez o homem a sua semelhança. Foi o homem que fez Deus a sua semelhança. Não se trata de um jogo de palavras. Trata-se de crer que para qualquer um que crê em Deus e em seu pretenso filho, na Terra, Cristo, é bem mais palatável Deus ter nos criado a sua semelhança. Por que se assim não o fosse talvez não se reconhecesse Deus, o que levaria a uma situação dialética, qual seja, a necessidade de se crer em Deus e, ao mesmo tempo, a negativa em não se crer por conta da não semelhança com o homem. Então, crer que Deus nos fez a sua semelhança é quase inevitável. E sobre como eu creio em Deus? Eu creio em Deus como a essência de tudo. De tudo que existe. Tudo que existe faz parte de Deus. Tudo no universo enfim e, então, se existimos, se o universo existe, Deus também existe na minha perspectiva. Essa é a minha crença, a minha fé. E essa fé vem da observação dos mistérios da vida, da perfeição do universo e da natureza, que Hawking usa para negar a existência de Deus. Enquanto ele se apóia nas “leis da natureza”. Na teoria de Einstein e na mecânica quântica, que diz ser possível o universo ter surgido do nada, eu me apóio no fato que a perspectiva humana ao falar em Deus é comprometida, por que somos limitados na compreensão do universo. Por que achamos que, com o que sabemos, é possível explicar tudo. Por que não aceitamos que na nossa limitada compreensão, de capacidade de abstração, não somos, nem de longe, capazes de imaginar o imaginável. Acho que Hawking caiu nessa armadilha. Ao se apoiar nas “leis da natureza” para negar a existência de Deus, ele mostra mais do que nunca uma perspectiva comprometida, por negar que possa existir algo além da compreensão do homem.

As cores do universo
Voltando ao documentário de Stephen Hawking quero primeiramente dizer que “Curiosidade: Deus criou o universo?" é muito interessante. Vale a pena assistir. É uma verdadeira aula sobre cosmologia. De linguagem simples, de fácil entendimento, apoiada em um excelente conteúdo visual, comparativo, que nos leva a uma viagem no tempo e no espaço e que é transmitido pelo canal Discovery Channel. De qualquer forma não deixa de ser uma obra ficcional direcionada a tentar provar o ponto de vista de Hawking. O programa, já exibido outras vezes, foi transmitido ontem (25/10) no horário das 15:00h – 16:00h. Em determinado trecho do documentário Hawking nos diz que a crença que temos em Deus vem do “princípio de causa e efeito”, que diz que toda causa tem seu efeito e todo efeito tem sua causa. Descreve Hawking: Imagine um rio fluindo pela encosta de uma cachoeira, uma bela queda d`água, e então perguntamos: De onde vem o rio? As respostas podem ser muitas, mas uma delas é que a água do rio vem das nuvens, da chuva que cai. E aí vamos à pergunta seguinte: E de onde vem as nuvens? A resposta é que as nuvens são formadas pela água que se evapora dos mares, lagos e rios, por causa do calor do sol. E novamente outra pergunta: E de onde vem o calor do sol? O calor do sol vem das reações nucleares de fusão que acontecem em seu núcleo entre átomos de hidrogênio, que ao interagirem e fundirem formam  hélio, liberando nesse processo uma imensa quantidade de energia que irradia em direção ao espaço e chega até nós. E mais uma pergunta: E de onde vem o hidrogênio? Bem...o hidrogênio vem do Big Bang, que é a origem da formação do universo. E prossegue Halking...E o que é necessário para se criar o universo? A resposta, à luz das “leis da natureza” – diria eu conhecidas atualmente -, é que é necessário matéria, energia e espaço, muito espaço...!

Energia e espaço
Até a metade do século XX, prossegue Halking, não se fazia a menor idéia de onde vinham a matéria, o espaço e a energia. A resposta foi dada por Einstein através de sua famosa equação E= m x C2. Então, a energia (E) pode ser transformada em massa (m) e vice-versa. Portanto, para se formar o universo bastaria então, em essência, energia e espaço. Matéria e energia estão intimamente relacionadas. E Halking prossegue: Para alguns foi Deus que criou a energia e o espaço. A ciência tem outra visão.

A mecânica quântica diz que, dadas as flutuações de energia, partículas de matéria podem surgir do nada. A física quântica leva à conclusão de que o nada, no sentido de ausência de tudo, não existe.

O monte e o buraco. O mais (+) e o menos (-)
Então, já que a matéria pode surgir do nada, o surgimento do evento inicial do universo, hoje aceito pela maioria dos cosmólogos, deu-se a partir de uma singularidade, o Big Bang que, simultaneamente, produziu toda a energia positiva e toda a energia negativa do universo. Para entender o conceito, a energia positiva teria se transformado, em parte, em toda a massa que existe e a energia negativa, em essência, originado o espaço. Hawking compara esse momento ao da abertura de um buraco e formação de um monte de terra em um terreno inicialmente plano. O monte de terra, feito cavando-se o solo, gera, ao final, um buraco (o espaço) aonde estava contida a terra usada para a formação do monte. O monte de terra traduz a energia positiva e o buraco - o espaço deixado pela retirada da terra - a energia negativa. A resultante, como no evento do Big Bang é zero (Energia+ + Energia -= 0). Isso aconteceu entre 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.

Buraco negro
Neste momento, em continuação, Hawking nos apresenta a um colossal buraco negro, que é uma região do espaço da qual nada, nem mesmo a luz, consegue escapar. Este é o resultado da deformação do espaço-tempo, causado por uma fonte altamente massiva e compacta de colossal efeito gravitacional, usualmente uma imensa estrela que colapsou para dentro de si. Está provado que qualquer coisa que chegue próximo de um buraco negro, que ultrapasse o chamado “horizonte de eventos”, fatalmente será consumido e acrescido à sua massa.

O tempo não existe dentro de um buraco negro
Em sequência, Stephen Hawking pede para que o leitor imagine um grande relógio vagando pelo espaço em direção ao buraco negro. À medida que o relógio se aproxima do buraco negro, em função da deformação do espaço-tempo, o relógio começa a bater cada vez mais e mais devagar. Finalmente, abstraindo que o relógio viesse a sobreviver quando finalmente entrasse no buraco negro, o que se veria seria o relógio parar de bater. Isso acontece por que dentro de um buraco negro o tempo não existe.

O Big Bang e o Universo
Considerando-se que a singularidade que deu origem ao Big Bang seria, em si, equivalente a de um buraco negro de tamanho infinitesimal contendo toda a massa e energia do universo, na argumentação de Halking não faria sentido o conceito de tempo ou de espaço, por que eles não existiriam. Não se aplicaria a este evento o “princípio de causa e efeito”, ou seja, não faria sentido dizer que um Deus teria formado o universo, simplesmente por que não haveria o “antes do Big Bang”, não haveria o tempo. Assim, Hawking, à sua maneira, crê provar que Deus não criou o universo. Que Deus não existe.

De tudo que foi dito até aqui, gostaria de dizer que a argumentação de Hawking baseada nas “leis da natureza” e da formação do universo apoiado no conceito do Big Bang é um primor. No entanto, a inevitabilidade da existência do desconhecido e que as leis sempre, em algum momento no tempo e espaço poderão ser modificadas ou destruídas, me parece a mais profunda verdade. A imutabilidade não existe. Mas, mesmo que consideremos que as “leis da natureza” são imutáveis, a compreensão do homem acerca dessas leis certamente não o é. Uma evidência do que digo está em debate no momento. O limite de velocidade de qualquer objeto, igual a, no máximo, a velocidade da luz no vácuo (299,792,458 m/s), conforme proposto por Einstein e até agora aceito por toda a comunidade científica como verdade, está em xeque. Recentemente, no CERN, foi possível se medir neutrinos viajando à velocidades maiores do que a da luz. Esse resultado vem causando tanto alvoroço que pelo menos mais um experimento de outro grupo de pesquisa tenta reproduzi-lo. Isso mostra que as verdades não são imutáveis.

Outra consideração que faço sobre as conclusões de Halking é que ele se apóia na teoria da formação do universo a partir do Big Bang, que teria surgido do nada, sem uma “causa” para a sua formação. Embora o conceito do Big Bang, conforme descrito, seja o mais aceito ele não é unanimidade. Há teorias que tentam provar que o nosso universo teria surgido de um “buraco branco” expelindo massa e energia, por sua vez ligado a um “buraco negro” consumindo massa em um universo paralelo ao nosso ou a teoria de que existiriam múltiplos universos paralelos que, em si, seriam membranas tridimensionais que, por sua vez, ao eventualmente interagirem teriam gerado o “nosso Big Bang” e o “nosso universo”. Nesta teoria, então, para o “efeito” de “criação do nosso universo” haveria a “causa” – princípio de causa e efeito – que seria a interação desses outros universos paralelos formando o nosso. Portanto eu também pergunto: Será verdade que Deus não criou o universo? A minha fé diz que sim...A fé de Halking diz que não.

Hawking agradece...
Concluindo, Halking declara que “provavelmente não existe o paraíso e nem vida após a morte”. Que “nós temos só essa vida para apreciar a beleza do universo”. Que “cada um de nós é livre para acreditar no que quiser” e que “ninguém comanda a nossa fé". E por isso ele é “extremamente grato”. Eu concordo em tudo o que, há pouco, disse Halking, mas mais uma vez me pergunto: Stephen William Halking é grato a quem?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Novo ato público em favor da educação e C&T&I

Se desejarmos alcançar o status de nação desenvolvida não há outra alternativa a não investir maciçamente em educação e cultura de qualidade e, em ciência, tecnologia e inovação.
Nenhuma nação que quiser trilhar verdadeiramente o caminho do desenvolvimento do seu povo pode abrir mão de investir pesadamente em C&T&I.

A comunidade de C&T&I vem lutando há anos por melhores condições de trabalho, pelo aumento do número de pesquisadores nas universidades e nos centros de tecnologia e inovação e por mais recursos financeiros, de forma a cumprir com o seu papel, que é o de ajudar o Brasil a superar o fosso tecnológico que existe entre o nosso país e as nações tecnologicamente desenvolvidas. Cabe lembrar que, em média, 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar), 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10 mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000. Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto maior é o seu preço, mais empregos são gerados na sua fabricação. O nosso país precisa gerar empregos. Precisa prosperar.

O desafio de se construir um País rico e deixar para trás a pobreza, não vai se materializar se nos contentarmos em sermos meros exportadores de commodities, sejam agrícolas ou minerais, como por exemplo, minério de ferro, soja, etanol ou petróleo cru. Precisamos investir maciçamente em tecnologia, em concepção, como faz a EMBRAER (uma das raras exceções neste País), em conhecimento aplicado voltado para a geração de produtos, do saber fazer, entender a ciência e desenvolver as tecnologias necessárias para impulsionar o País na direção da “riqueza”, de tornar nosso povo rico, tirá-lo da pobreza. E não vamos fazer isso sem investir maciçamente em P&D&I, de forma organizada, envolvendo, através de mecanismos inovadores e inteligentes de gestão, em parceria, fortemente, o setor produtivo privado e estatal, as universidades e os centros de pesquisa públicos e privados, nas várias áreas estratégicas do desenvolvimento nacional.

Nosso blog é solidário como o movimento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Física - SBPC  e da Academia Brasileira de Ciências – ABC, na reinvidicação por maior participação do setor de C&T&I na distribuição dos royalties do petróleo.

A SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) realizarão nesta 2ª feira (7/11), em São Paulo, um ato público para tentar reverter o quadro atual de distribuição dos royalties do petróleo que não inclui um percentual de destinação para as áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação (C&T&I).

O evento será realizado na sede da SBPC e reunirá dirigentes de instituições de educação e C,T&I, docentes, pesquisadores, parlamentares e autoridades dos governos estadual e federal. O evento é aberto ao público.

Em carta encaminhada aos convidados, a SBPC ressalta que o Senado, ao aprovar Projeto de Lei 448 sem definir recursos para educação e C,T&I, deu as costas para as futuras gerações, uma vez que esses recursos deveriam também ser usados para suprir as graves carências do sistema brasileiro de ensino, especialmente na educação básica e no ensino técnico. Além disso, investimentos em C,T&I são imprescindíveis para que a economia brasileira se torne moderna e sustentável e sua produção tenha competitividade nos mercados globais.

“Não houve por parte do Senado sensibilidade para entender que este pleito visava proteger as futuras gerações da nação brasileira, que clama por mais acesso ao conhecimento”, afirmou a presidente da SBPC, Helena Nader, lembrando que isso “só poderá ser alcançado com educação de qualidade baseada na apropriação da capacidade de gerar avanços científicos e tecnológicos.”

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Hipocrisia Nuclear no Mundo


A folha on Line divulgou um estudo de Richard Norton Taylor do The Guardian mostrando quanto as potências nucleares planejam gastar nos próximos anos para renovação / modernização do seu arsenal nuclear. Os números são estarrecedores e envolvem recursos de mais de US$ 800 bilhões. Como padrão de comparação, o orçamento destinado ao combate à fome pelas Nações Unidades neste exercício é de US$ 8,2 bilhões, isto é, aproximadamente 10 X menor que o montante em 10 anos – mínimo – que se pretende gastar na modernização do arsenal nuclear ao redor do mundo. É um verdadeiro disparate em um mundo aonde a fome campeia, aonde morrem milhares de pessoas, de crianças, a cada ano, especialmente nos países pobres da África.

Se todo o recurso destinado à modernização do arsenal nuclear fosse gasto em prol dos esforços de eliminação da fome no mundo, mais o orçamento atualmente destinado ao combate à fome, o orçamento da ONU poderia passar para aproximadamente US$ 90 bilhões nos próximos 10 anos. Imaginem o que se poderia fazer com todo esse dinheiro? Quantos milhões de pobres deixariam de ser famintos?

Enquanto isso, o arsenal nuclear mundial estava em 2009 na casa das 23.000 armas nucleares. Sabe-se lá como estarão esses números hoje. A Tabela a seguir mostra o número de armas nucleares por país em 2009 comparativamente a 2000. Note que Israel, em constante conflito com seus vizinhos árabes, tinha em 2009 200 bombas atômicas, os Estados Unidos e a Rússia, juntos, 96% de todo o arsenal nuclear (22539 armas), a Índia e o Paquistão, em beligerância implícita pela passe da Caxemira, com 165 armas nucleares, e até a pequena Coréia do Norte com 02 artefatos nucleares. Comparativamente ao ano de 2000, em 2009 houve redução de 27% no arsenal nuclear, mesmo assim, o total de artefatos nucleares era de 23574. Para que todo isso? Realmente não faz qualquer sentido...


Enquanto isso as potências nucleares ocidentais e Israel fazem um cerco sem tréguas, por meio de intimidações e de sanções econômicas ao Irã, que, pretensamente, como suspeitam as potências nucleares, estaria tentando ingressar no time dos Estados Nuclearizados. Esses mesmos países, hoje, reforçam e planejam modernizar seus arsenais nucleares. Dois pesos e duas medidas.

Conforme divulgado pelo O Dia on Line hoje, o presidente Barack Obama (EUA), com o de acordo do presidente da França Nicolas Sarkosy, diz que é preciso manter a pressão sobre o Irã para conter o que chamou de ameaça das ambições nucleares de Teerã, que alega, por sua vez, que seu programa nuclear é destinado a fins pacíficos. A questão da proliferação nuclear é uma grande hipocrisia. O provérbio “Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço” ilustra perfeitamente a situação que discutimos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Campanha de Prevenção à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes

A pedofilia e a violência sexual contra crianças e jovens é uma chaga em várias partes do mundo e, como não poderia deixar de ser, um problema também do Brasil.

Para fazer frente a esse problema e mobilizar as esferas governamentais, sociedade civil e organismos internacionais no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, o governo brasileiro, em articulação com a sociedade civil organizada, lançou em 2000 o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto- Juvenil.

O plano possui seis eixos estratégicos que estabelecem metas, parcerias e prazos a serem cumpridos para reduzir os casos de abuso e exploração sexual e para garantir o atendimento de qualidade para as vítimas e a suas famílias.

Um dos instrumentos de ação do plano é a conscientização para o problema. Assim, nosso blog transcreve a seguir a Cartilha da Campanha de Prevenção à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Cuidar das crianças e dos jovens é cuidar para o futuro do País.

Cartilha: Campanha de Prevenção à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes


EUA Anunciam Corte de Fundos à Unesco em Retaliação à Admissão da Palestina

Nas manchetes dos principais jornais de hoje está estampada a notícia de que os Estados Unidos vão cumprir a ameaça de cortar os fundos destinados à UNESCO pela derrota da sua posição contrária à admissão da Palestina como membro daquela organização. Com essa decisão, de imediato, a UNESCO deixa de ter um aporte anual de US$ 70 milhões para o custeio das suas atividades ao redor do mundo.

O que causa espécie é que essa decisão parta justamente de um país que se orgulha em alardear aos quatro cantos do mundo a sua posição de respeito ao pluralismo nas relações mundiais e ao respeito às decisões colegiadas. Como se vê, dois pesos e duas medidas.

Na verdade, somente em, antes da votação deste dia 31/10, que deliberou sobre a aceitação da entrada da Palestina como membro da UNESCO, os Estados Unidos previamente anunciarem que cortariam a sua cota de contribuição à UNESCO caso a sua posição fosse perdedora, já soaria como uma atitude intimidatória e de pressão totalmente indevidas. Agora, para manter o que disseram, se anuncia a concretização de tal fato.

É, no mínimo, lamentável que o país que se intitula a “maior democracia do mundo” haja dessa forma unilateral, revanchista, e sem a medida que o impacto da sua decisão possa ter sobre os programas de promoção à cultura, ciência e educação da UNESCO ao redor do mundo.

A vitória palestina na UNESCO, no entanto, prova que o eixo das decisões em temas tão sensíveis como as questões do oriente médio e a Palestina está mudando.

A admissão da Palestina na UNESCO foi justa e marcou a independência de posição dos Estados que votaram pelo SIM. O Brasil votou pelo SIM.

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