[Valid Atom 1.0] ) Folheando...Noticias on Line!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pode parecer loucura...Mas e se a saída for por aí? Viver Sem água e sem Comida? Um Iogue já vive sem água e sem comida!

Nesse mundo de Deus tem se visto cada coisa, uma mais estranha do que a outra ...

Prahlad Jani - Iogue Indiano que não bebe,
não come, não urina, não defeca há 70 anos
Como todos sabem, se esse pequeno planeta azul não estivesse a cada momento sendo bombardeado por todo tipo de radiação, por bilhões de neutrinos a raios cósmicos, não haveria mutação. E, não havendo mutação, provavelmente as espécies no topo da cadeia alimentar fossem compostas por vírus e bactérias. Mas, graças aos céus e ao bombardeamento constante a que somos submetidos a cada instante de nossas vidas, as sucessivas mutações aconteceram – e ainda acontecem - devidas em grande parte às inúmeras alterações no DNA,o “tijolo” elementar da vida na Terra, presente em todos os seres vivos que conhecemos e não conhecemos nesse planeta.
Nosso lugar na Via Láctea

As mutações sozinhas, no entanto, não explicam o sucesso do surgimento da vida. Elas devem ser somadas a uma bem sucedida conjugação de fatores cósmicos, que alguns classificariam como de “pura sorte”, fruto da aleatoriedade dos eventos que acontecem e aconteceram no Universo. Outros, no entanto, entendem ser devido à presença da “mão de Deus”, que colocou o nosso planeta no lugar certo em relação ao sol, em uma órbita praticamente circular, nem muito perto e nem muito longe de nossa estrela, de forma que temos temperaturas na superfície do planeta relativamente amenas ao longo de todo o ano. Mas o fator fundamental é a existência de água em abundância no estado líquido, conforme já discutido em nosso post “Água: Coisas Interessantes e Preservação. Uma reflexão sobre o assunto..., recentemente publicado no Blog. A existência de água no estado líquido é o requisito maior para o surgimento da vida.

Zona habitável do sistema solar em azul
Como se não bastasse termos tido tanta sorte de estar no “lugar certo” “dentro da zona habitável de nossa estrela”, o que não aconteceu com os nossos dois planetas irmãos. O primeiro deles Vênus, muito perto do Sol, e que já teve oceanos numa época em que a nossa estrela era “menos quente do que é hoje”, mas que à medida que ela “se aqueceu”, fez com que o planeta perdesse toda a sua água, fruto do surgimento de um violentíssimo efeito estufa, que transformou o planeta em uma verdadeira fornalha, capaz de derreter chumbo, com seus 462oC na superfície; e Marte, nosso outro planeta irmão, que, por estar em uma órbita já quase no fim da zona habitável de nossa estrela, quase saindo dela, ou seja, bem mais distante do sol, é relativamente frio. Além do mais, por ter, mais ou menos, a metade do tamanho da terra, embora tenha sido coberto por  um oceano em sua “juventude cósmica”, não conseguiu manter sua atmosfera e seu oceano graças ao gradual enfraquecimento do seu campo magnético, devido ao efeito do “vento solar”. Isso foi fatal e, de longe, principal fator responsável pela perda quase total da sua atmosfera e de grande parte da abundante água líquida e na forma de vapor que lá existia.

Concepção de Marte Terraformada
Nos dias de hoje, Marte é um planeta poeirento e estéril. Sem vida. Mesmo assim, os futuristas consideram seriamente transformar Marte, em algum futuro distante, algo entre 200 e 1000 anos, em nosso segundo lar. O planeta seria terraformado para se tornar similar ao nosso, uma vez que ainda guarda em seu solo um enorme estoque de água e gás carbônico congelados, que poderiam “dar vida” novamente a um oceano e aquecer, por “efeito estufa artificialmente induzido”, o planeta. A atmosfera viria, segundo esses visionários, em algumas centenas de anos após o homem já estar “morando no planeta” (nossos futuros parentes marcianos). Ela surgiria primeiramente via fotossíntese de plantações de gramíneas, que se espalhariam pelo planeta e, em um segundo momento, através da fotossíntese de árvores como os ciprestes, que na Terra proliferam em climas de grandes altitudes (atmosfera rarefeita e fria). O mecanismo da formação atmosférica seria, então, a velha e conhecida fotossíntese, alimentada pela presença de água, pelo gás carbônico e luz, nos dando em troca oxigênio. Isso garantiria a habitabidade do planeta, mesmo que com restrições, por alguns milhões de anos a mais.

O choque de Theia com a Terra
Nós, da Terra, por outro lado, tivemos ainda muito mais sorte. Uma vez mais. Na mais tenra “idade”, isto é, quase ainda como um proto-planeta, demos uma “trombada cósmica”, por volta de 4,45 bilhões de anos atrás, com o nosso companheiro de órbita Theia, um proto-planeta praticamente do tamanho de Marte, que nesse choque levou a pior. Além de ganharmos massa às custas da completa destruição de Theia, especialmente mais ferro – um elemento extremamente importante na manutenção do nosso, até hoje, poderoso campo magnético, e que nos mantém a salvo da mortífera radiação ultravileta emitida pelo Sol -, dos “escombros da colisão” acabou se formando a nossa lua, que para nossa “sorte” (novamente!), mantém o nosso eixo de rotação de 23º 27’ em relação à perpendicular, relativamente estável ao longo das eras e, com isso, permitiu e permite que haja tempo suficiente para que as espécies vivas, fruto das mutações, evoluam de forma lenta e gradual, sem grandes alterações locais de clima, o que contribuiu e contribui decisivamente para gerar toda a biodiversidade que temos hoje.

A existência da vida neste belo planeta azul de história cósmica tão conturbada é, então, de fato, fruto de uma combinação de vários e intrincados fatores. Uma combinação única que torna o “evento da vida complexa” como a conhecemos, algo divino (ou devido ao acaso), mas maravilhoso com toda a certeza.

Choque de cometa e asteróide com a Terra
As mutações, então, um fator chave, que contribuiu de forma decisiva para que nesses 4,5 bilhões de anos de existência de nosso planeta, a vida se multiplicasse, se diversificasse tanto, primeiramente passando pelos bem sucedidos e microscópios vírus, que de tão bem sucedidos e adaptados como espécie, par a par com as bactérias, se tornaram campeões da longevidade e se constituem, desde os tempos primordiais, na maioria esmagadora das espécies vivas deste planeta, e que deixaram “na rabeira” do esquecimento 99% de todos os serem vivos que por aqui passaram, incluindo os famosos dinossauros, varridos do “mapa” pela seleção, não natural, das espécies, devido a um mega evento de extinção, que veio no “rabo” de um cometa ou trazido por um asteróide de diâmetro aproximado de 10 Km, ou seja, mais alto do que o Himalaia, e que varreu a maioria esmagadora de todas as espécies vivas, marinhas e terrestres, a mais ou menos 65 milhões de anos atrás. Foi a extinção K-T.

Celacanto
Ao lado dos vírus e das bactérias, temos outros campeões de sobrevivência e longevidade planetárias. Seres tão bem dotados biologicamente, que passaram sua mensagem genética através dos tempos. Dentre eles temos, como exemplos, algumas espécies de roedores, as baratas, alguns peixes, incluindo os tubarões, os crocodilos e algumas outras poucas espécies pré-históricas, que deixaram descendentes, desde o fim da presença dos dinossauros na Terra, após a grande extinção K-T.

De toda essa sucessão de mutações e de extinções, evoluíram então, em algum momento, os pequenos mamíferos, que já existiam e conviviam com os dinossauros antes da extinção K-T, e que se tornaram dominantes até hoje, fruto do novo e delicado equilíbrio entre espécies ao herdarem os habitats antes de domínio exclusivo dos dinossauros.

A evolução do Homem
Nesse bojo evolutivo que se sucedeu à extinção K-T, ao lado dos demais mamíferos, surgiram os primatas e depois hominídeos bípedes, nossos ancestrais, há mais ou menos 2 milhões de anos (ontem na escala cosmológica de tempo), que diferenciados biologicamente, fruto também das mutações, competiram entre si, se tornaram caçadores, coletores, agricultores, até chegar a nós.

Esse nós, hoje no topo da cadeia alimentar, o supremo sucesso evolucionário (?), aprendeu rápido a arte do domínio dos habitats e, verdadeiramente, se alimenta do planeta.

Essa nossa trajetória multiplicativa tem se dado, infelizmente, em detrimento das demais espécies vivas, que sem condições de competir conosco, e diante da nossa agressividade, vêem-se ameaçadas, pouco, séria, muito ou já estão extintas. Alguém já disse que um “vírus está para o homem, assim como o homem está para o planeta”. Não existe espécie mais predadora e insaciável pelos recursos naturais do que nós.

A título comparativo, passamos de uma população de 978 milhões no ano 1800, para 1,65 bilhão em 1900, 5,98 bilhões no ano 2000, 7,0 bilhões em 2010, projetando-se para 2050 uma população global de 8,9 bilhões de habitantes.

Se pode servir de consolo, enquanto um vírus destrói em sua “jornada de vida multiplicativa” o seu hospedeiro. Nós, na nossa “jornada multiplicativa”, ao contrário dos vírus, nem de longe vamos ameaçar a existência desse planeta. A Terra, em alguns poucos milhões de anos pode se recuperar facilmente do estrago que estamos provocando e certamente vamos provocar, ao destruir de forma indiscriminada a biodiversidade, pela alteração, degradação e destruição dos ecossistemas. O nosso legado de destruição, no entanto, só não será menos perverso quando falamos da perda das espécies vivas. Essas não vão poder se recuperar. Quando uma espécie viva é extinta é para uma vez só. Não há volta.

A mídia, a cada dia, nos apresenta um cenário no qual nos é “vendido” um conceito de que o planeta está em perigo. Na verdade, somos nós que estamos em perigo. Caminhando a passos largos para a própria inviabilização da nossa existência por aqui.

Eu não sei se há saída para esse impasse no qual a espécie humana se meteu. Ter um bom padrão de vida, uma vida de consumo do que é necessário e muito além do necessário, nos impõe uma “conta” que não vai poder ser paga. Os recursos naturais imprescindíveis à sustentação das nossas vidas e da vida de todas as demais espécies que compartilham conosco este planeta, que, portanto, de direito, não é somente nosso, é insustentável ao ritmo que estamos indo. E essa não sustentabilidade se torna cada vez mais evidente. O ciclo de aquecimento experimentado pelo planeta devido ao agravamento do efeito estufa, em função das emissões desenfreadas de poluentes, é um desses mais evidentes sintomas. As manifestações climáticas cada vez mais violentas são uma dramática evidência da não sustentabilidade do nosso estilo de vida, do equívoco histórico do modelo de desenvolvimento econômico-industrial dominante.

Falando dos insumos mais básicos e elementares para a sustentação da vida, os alicerces da sobrevivência, temos água, ar e comida. Água é vida. Ar é vida. Comida é vida. Sem água, sem ar e sem comida não existimos. 

Hoje, neste texto, vamos nos concentrar no requisito água. Aliás, um homem sem consumir água vive, em média, 3 dias. A nossa dependência é tão grande por água, que mais de 70%, em peso, do nosso organismo é água. E a dependência por água pela humanidade é tão dramática, que hoje já há uma demanda hídrica reprimida para quase 2 bilhões de pessoas. Some-se a isso os profundos desequilíbrios existentes. Enquanto os ricos e bem nutridos habitantes da América do Norte – excetuando-se o México - consomem per capita 1861 litros de água/dia, regam fartamente seus jardins, transformam desertos em cidades e oásis, e a civilizada Europa mantém seu próspero estilo de vida consumindo 1280 litros per capita/dia de água, o resto do mundo fica com uma cota bem menor. O majoritário povo asiático, em constante estresse hídrico, consome 519 litros de água per capita/dia e nós, da América Latina, consumimos 478 litros/dia per capita. Na “rabeira”, padecendo de toda a sorte de endemias, vinda do consumo de água de péssima qualidade, vem a África. O consumo per capita de água na África é de somente 245 litros/dia, isto é, meros 13% do consumo da América do Norte. Como se vê, há uma clara correlação entre índice de desenvolvimento, bem estar de um povo, saúde de um povo e consumo per capita de água. Quanto mais desenvolvida uma sociedade, maior é o consumo por comida, por bens de toda a espécie. E para isso se consome muita água, vejam o mapa do estresse hídrico no mundo e as tabelas abaixo:

Estresse Hídrico do Planeta


Tabela – Consumo de água para produção de alimento
Produto
Unidade
Litros de água
Açúcar
1kg
1500
Algodão
1 camiseta
2700
Café
1 xícara
140
Carne
1kg
15500
Cerveja
1 copo
75
Cevada
1kg
1300
Frango
1kg
3900
Hamburguer
1 unidade
2400
Leite
1 litro
1000

   
Tabela – Consumo de água para produção de alimento
Produto
Unidade
Litros de água
Milho
1kg
900
Ovos
1 unidade
200
Pão
Uma fatia
40
Papel
1 folha A4
10
Queijo
1kg
5000
Soja
1kg
1800
Trigo
1kg
1300
Vinho
Uma taça
120

Conforme pode ser visto das tabelas apresentadas, para se criar uma vaca e ela gerar, na ponta, no abate, um belo e suculento bife, para cada 1 Kg de bife temos um consumo de 15.500 litros de água. Para se fabricar aquele delicioso e bem apreciado queijo, do leite produzido pela mesma vaca que dá o bife, se gasta 5.000 litros de água para cada 1 Kg de queijo fabricado.

Eu não cito esses dados para que nos culpemos. Esse é um tipo de cultura e estilo de vida que herdamos de gerações e gerações que nos antecederam. Só acho que devemos refletir sobre esses números, que muitas das vezes desconhecemos, para nos darmos conta da enormidade do volume de água que é necessário para manter o nosso estilo de vida.

Bela vista de nosso Planeta
Embora o "Planeta Terra" tranqüilamente pudesse ser chamado não de Terra, mas de “Planeta Água”, uma vez que as águas cobrem  2/3 da superfície do planeta e seu volume total calculado seja de 1.386.000.000 Km3, sendo somente 3% dessas águas, potável ou não, doces - o resto é água salobra ou salgada -, o volume de água doce disponível, calculado pela disponibilidade hídrica teórica, é de 10.623.120 Km3 ou 10.623.120 x 1012 litros, que, para uma população de 7 bilhões de pessoas hoje, daria para cada um de nós 1.500.000 litros/consumo/dia.Portanto, teríamos, água suficiente para essa e tantas outras vidas, se isso fosse possível. Mas como veremos à frente, a questão é outra...

No mundo morrem mais de 6.000 pessoas/dia em função do consumo de águas contaminadas. Em 2050, o estresse hídrico para uma população na casa dos 9 bilhões de pessoas poderá atingir até 7 bilhões de pessoas. Se isso ocorrer, será um verdadeiro caos planetário, uma vez que sem alternativas de abastecimento de água de qualidade, que, quando contaminadas causam uns cem número de doenças (vejam nosso post “Tragédia na Região Serrana do Estado do Rio: Cuidados com a Saúde), as pessoas, sem saída, se servirão de águas de baixa ou nenhuma qualidade. Então, espera-se que haja, em larga escala, epidemias de diarréia infantil, de febres tifóides, de leptospirose, de cólera e epidemias de outras doenças ligadas ao consumo de águas contaminadas.

A probabilidade de no futuro haver, então, elevado índice de mortalidade, a nível global, devido às doenças provocadas pelo consumo de águas não tratadas, é elevada. Excetuando-se as nações ricas e bem estruturadas quanto ao abastecimento de água às suas populações, essa mortalidade irá se concentrar, preferencialmente, nos países periféricos, do terceiro, quarto, quinto, sexto mundos. O caos e a mortalidade esperadas, assim como é a AIDS, obviamente, assolarão as nações mais pobres e já hoje frágeis.

Mas se há tanta água doce para consumo, o porquê da esperada mortalidade e do estresse hídrico que hoje já se instalou em vastas regiões do mundo?

O problema começa pela má distribuição física das fontes e mananciais de água no planeta. Abundante em países como o Brasil e o Canadá e quase inexistente no cinturão desértico do planeta, no mesmo paralelo do Saara, e, em segundo lugar, temos a questão do preço pago pelo consumo de água de qualidade.

Estoque de Água em Mananciais Subterranêos no Mundo

O preço da água potável já esta nas alturas em grande parte do mundo e deverá continuar crescendo na medida direta do aumento acelerado da população, do consumo cada vez maior rumo ao conforto, da melhoria da qualidade de vida, especialmente nas nações desenvolvidas e naquelas que vem se destacando rumo ao pleno desenvolvimento, como os BRIC`s, e nós da terra brasilis aí incluídos. Uma garrafa de água mineral já tem preços de venda no varejo que superam os dos refrigerantes, que basicamente, são, também, essencialmente água + uma cesta de produtos industrializados (açúcar, corantes, acidulantes, etc) que lhes confere sabor. Uma verdadeira anomalia quando comparado com o paradigma do tempo da Vovó, que considerava que a água não era bem. Não era valorada.

Um barril de água importado por países do Oriente médio é adquirido a preços que superam o do petróleo que é exportado. No mesmo oriente médio, milhares e milhares de toneladas de petróleo e gás são queimados / dia nas usinas de dessalinização para a obtenção de água dessalinizada. Água boa para o consumo. É a saída, a esse nível da tecnologia, para quem pode pagar. A questão é: Qual a saída para quem não pode ou puder pagar no futuro?

Então, quando se fala de falta de água, não estamos falando de falta física de água a ser tratada ou importada já tratada. Estamos falando do preço para se consumir essa água.

A título comparativo, a tabela abaixo mostra as cidades, hoje, de maior custo da água em dólar/m3 do planeta.


Quanto às cidades que praticam o menor preço na venda combinada de água potável e tratamento de esgoto, geralmente preços praticados de forma artificial e extremamente subsidiados, um desserviço para a sustentabilidade e para a criação de uma consciência de valorização da importância da água e da necessidade do não desperdício, da economia consciente, temos as cidades mostradas a seguir:


Quanto ao Brasil, o preço da água em nosso país varia muito. Na cidade do Rio de Janeiro está por volta de US$ 0,97/m3 e em São Paulo em US$ 1,80/m3, e há um esforço do governo, através da ANA, de fazer com que a União tome posse das reservas  estratégicas de águas subterrâneas e superficiais, federalizando-as, como no caso do aqüífero do Guarani ( O aqüífero Guarani tem uma área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados e capacidade para abastecer, de forma sustentável, 400 milhões de habitantes por 2.500 anos. Cerca de 71% do Guarani fica em território brasileiro; 19% em solo argentino; o Paraguai detém 6% da reserva, e o Uruguai, 4%), de forma a se cobrar pelo uso da água. Hoje, a cobrança é incipiente. Na verdade, se cobra pelo custo de distribuição da água. Isso certamente vai mudar aqui e em toda a parte do mundo.

Processo Urbano de Distribuição de água
Eu não estou querendo pregar o caos de forma alguma. O homem é criativo e novas tecnologias, especialmente as envolvendo dessalinização e descontaminação de águas servidas vão se tornar mais viáveis, baratas e acessíveis ao grande público. A água do seu xixi, que hoje não é reciclada, vai, no mínimo, regar uma plantação ou um belo jardim. Isso hoje já é realidade em algumas cidades dos Estados Unidos e de outros países. No futuro, nesse cenário de falta crescente de água de qualidade, não contaminada, nenhuma gota de água vai ser desperdiçada. A abundância, o desperdício inconseqüente desse precioso recurso natural, não terá mais lugar.

Se conseguirmos equacionar a questão da oferta de água à crescente população mundial, fruto da engenhosidade humana, teremos o desafio da comida. Não dá para esquecer que água e comida formam um binômio que não pode faltar, ou será que pode?

Hoje, discutimos aspectos da evoluação e da água, insumo indispensável à vida. Num próximo post vamos abordar o dilema do suprimento de comida e da manutanção da qualidade do ar como fatores, juntos com a água, vitais à nossa  série histórica de sucesso multiplicativo (até quando?) nesse planeta.

No entanto, fechando com o tema evolução, faz alguns meses um caso curioso e instigante foi reportado pela imprensa. Trata-se do caso do Iogue indiano Prahlad Jani. Esse homem, hoje com 83 anos, desafia o que entendemos por sobrevivência diante da vida. Ele alega, acreditem!, que ao longo dos últimos 70 anos, não bebeu água e nem consumiu comida. 

Como a manchete ganhou mundo, o iogue, voluntariamente, aceitou e se submeteu a uma batelada de testes científicos para comprovar a sua estória. Os testes foram conduzidos por duas semanas. Nesse período, sob estrita vigilância de 30 pesquisadores e de câmeras de filmagem, o Iogue não urinou, não defecou e não ingeriu nada. O caso de Prahlad Jani continua em aberto. “O único contato de Jani com líquidos foi para fazer gargarejos ou se lavar", disse G. Ilavazahagan, especialista em fisiologia.

Eu prefiro acreditar que o que talvez estejamos presenciando seja um evento evolucionário. Uma adaptação do indiano ao meio em que vive, talvez em função de severas restrições alimentares e de consumo de água a que tenha sido submetido ao longo dos primeiros anos de vida. Quem sabe?

Gostaria que você agora pensasse, que sua mente viajasse e fugisse dos paradigmas das ditas "normalidades". Será que essa não seria a saída que estaria sendo “arquitetada” pela “evolução das espécies”, da nossa espécie, diante da escassez de água e de comida para todos que se avizinha? Pode parecer loucura! Mas, olhando para trás, a história evolucionária das espécies desse planeta pode ser classificada como uma “verdadeira loucura”. Não seria possível, em um futuro distante, nossos descendentes passarem a se alimentar de luz (do sol), de água (contida na umidade do ar) e de CO2, para fazer uma espécie de fotossíntese humana e garantir a manutenção da vida? Com certeza o planeta agradeceria...Pense nisso...

O Mecanismo da Fotossíntese

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher Brasileira…Guerreira! Parabéns! Hoje e Todos os Dias é o Seu Dia!

A todas as mulheres do Brasil, do mundo. Guerreiras mulheres, Mães, Injustiçadas mulheres, Aguerridas e Agredidas mulheres...

As sinceras homenagens de nosso Blog!...

E para essa nossa homenagem, nada melhor que o belo vídeo Todas as Mulheres do Mundo, com Leila Diniz, a musa do Pasquim.

Leia também em nosso Blog : As Mulheres e a História do Brasil. Vale a pena conhecer um pouco da história de tantas mulheres,  que se destacaram ou que passaram anônimas, mas que da mesma forma contribuíram para o respeito e valorização do papel da mulher na Sociedade Brasileira.

 

Mulher Brasileira…Guerreira! Parabéns! Hoje e Todos os Dias é o Seu Dia!

A todas as mulheres do Brasil, do mundo. Guerreiras mulheres, Mães, Injustiçadas mulheres, Aguerridas e Agredidas mulheres...

As sinceras homenagens de nosso Blog!...

E para essa nossa homenagem, nada melhor que o belo vídeo Todas as Mulheres do Mundo, com Leila Diniz, a musa do Pasquim.

Leia também em nosso Blog : As Mulheres e a História do Brasil. Vale a pena conhecer um pouco da história de tantas mulheres,  que se destacaram ou que passaram anônimas, mas que da mesma forma contribuíram para o respeito e valorização do papel da mulher na Sociedade Brasileira.

 




quinta-feira, 3 de março de 2011

Um Retrato da Inútil Guerra do Iraque por Quem Esteve e Lutou lá. Vejam o Video



A Guerra do Iraque foi um conflito patrocinado pelo Governo do ex-presidente Bush filho, que começou em 20 de março de 2003 e teve a participação de uma poderosa coalização militar internacional,  sob o argumento de destituir do poder o ditador Saddam Hussein e encontrar e destruir as chamadas e nunca encontradas armas de destruição de massas, que, dizia-se, como justificativa para a guerra, ameaçar o Ocidente. Oficialmente a guerra terminou em 18 de agosto de 2010, já no Governo de Barack Obama, e o seu saldo foi trágico.

A conta foi paga com milhares de mortes do povo iraquiano e será paga pelos iraquianos durante décadas, para reparação do incalculável dano ao País, que incluiu desde a destruição da próspera economia do Iraque, passando pela completa ruína da bela Bagdad, a destruição quase total de toda a infra estrutura produtiva do País, o surgimento de uma violenta guerra sectária, de cunho terrorista, entre grupos xiitas e sunitas, que perdura até hoje. Além do mais, viu-se de forma espetaculosa e deprimente para qualquer ser humano, a morte por enforcamento de Saddan Hussein e, finalmente, se pode-se dizer que houve de fato um fim, o mais trágico,  a morte  de 109.000 iraquianos, sendo 63% civis, enquanto que as baixas da coalizão liderada pelos americanos foram  de menos de 5.000 mortes, uma relação de 20/1 no score das mortes.

O video que vocês verão a seguir, e que já foi visto até agora por mais de 800.000 pessoas no You Tube, traz uma perspectiva pessoal de quem participou, lutou na guerra, se arrependeu por ter participado, e viu que as razões que levaram a que ela ocorresse foram totalmente injustificáveis. Que a guerra do Iraque só trouxe dor, tragédia a um povo já cansado de outras guerras e tragédias, e que foi vítima mais uma vez, e que não fez qualquer sentido para o próprio povo americano. Vejam e tirem as suas conclusões.


Discurso de um veterano que lutou a guerra do Iraque (legendado em português)

Agradecimentos:

Ao amigo Fábio Henrique pela sugestão do assunto ao me enviar o video. Obrigado. Valeu!

Um Retrato da Inútil Guerra do Iraque por Quem Esteve e Lutou lá. Vejam o Video



A Guerra do Iraque foi um conflito patrocinado pelo Governo do ex-presidente Bush filho, que começou em 20 de março de 2003 e teve a participação de uma poderosa coalização militar internacional,  sob o argumento de destituir do poder o ditador Saddam Hussein e encontrar e destruir as chamadas e nunca encontradas armas de destruição de massas, que, dizia-se, como justificativa para a guerra, ameaçar o Ocidente. Oficialmente a guerra terminou em 18 de agosto de 2010, já no Governo de Barack Obama, e o seu saldo foi trágico.

A conta foi paga com milhares de mortes do povo iraquiano e será paga pelos iraquianos durante décadas, para reparação do incalculável dano ao País, que incluiu desde a destruição da próspera economia do Iraque, passando pela completa ruína da bela Bagdad, a destruição quase total de toda a infra estrutura produtiva do País, o surgimento de uma violenta guerra sectária, de cunho terrorista, entre grupos xiitas e sunitas, que perdura até hoje. Além do mais, viu-se de forma espetaculosa e deprimente para qualquer ser humano, a morte por enforcamento de Saddan Hussein e, finalmente, se pode-se dizer que houve de fato um fim, o mais trágico,  a morte  de 109.000 iraquianos, sendo 63% civis, enquanto que as baixas da coalizão liderada pelos americanos foram  de menos de 5.000 mortes, uma relação de 20/1 no score das mortes.

O video que vocês verão a seguir, e que já foi visto até agora por mais de 800.000 pessoas no You Tube, traz uma perspectiva pessoal de quem participou, lutou na guerra, se arrependeu por ter participado, e viu que as razões que levaram a que ela ocorresse foram totalmente injustificáveis. Que a guerra do Iraque só trouxe dor, tragédia a um povo já cansado de outras guerras e tragédias, e que foi vítima mais uma vez, e que não fez qualquer sentido para o próprio povo americano. Vejam e tirem as suas conclusões.






Discurso de um veterano que lutou a guerra do Iraque (legendado em português)

Agradecimentos:

Ao amigo Fábio Henrique pela sugestão do assunto ao me enviar o video. Obrigado. Valeu!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ampla: Reajuste Tarifário de 10,57%. Vai Doer no Nosso Bolso

Só para lembrar, os serviços da AMPLA tem sido motivo de inúmeras reclamações dos consumidores quanto à qualidade dos serviços. Os consumidores vem sofrendo com as constantes interrupções de energia, conforme relatamos em Boca no Trombone 2: A Ampla e os Constantes Problemas de Fornecimento de Energia.

Afim de se melhorar os serviços que a AMPLA fornece, as metas traçadas pela ANEEL para os índices de qualidade de fornecimento DEC (duração das interrupções) e FEC (freqüência de interrupções) serão gradualmente reduzidos até 2014, a partir desse ano. Esperamos que a situação melhore...
Tabela ANEEL – Limites globais de DEC e FEC da AMPLA para o período 2011-2014
Distribuidora

DEC Limite Global
FEC Limite Global
2011
2012
2013
2014
2011
2012
2013
2014
Ampla
14,45
13,50
12,57
11,63
13,56
12,47
11,39
10,26

A má notícia para o consumidor, que frequentemente vê a correção das tarifas públicas ganharem de longe da variação da inflação, é que ontem, por força dos contratos celebrados e das claúsulas de revisão de tarifas, a ANEEL aprovou um novo reajuste tarifário para a AMPLA. As novas tarifas entrarão em vigor no dia 15 de março de 2011 para 2,3 milhões de unidades consumidoras, distribuídas em 66 municípios do Rio de Janeiro. O índice para o consumidor de baixa tensão, ou seja, eu e você, ficou em 10,57%, contra um índice de inflação, medido pelo IPCA, de 5,91% para 2010.

Empresa
Classe de Consumo
Baixa tensão
(abaixo de 2,3 kV)
Por ex: residências
Alta tensão
(de 2,3 a 230 kV)
Por ex: indústrias
AMPLA
10,57%
11,80%


Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M e o Fator X ( Trata-se de redutor aplicado à tarifa com o objetivo de repassar os ganhos de produtividade ao consumidor final. Por exemplo, a tarifa de uma distribuidora de energia pode ser reajustada por um índice geral de preços, deduzindo-se um Fator X atribuível ao aumento da produtividade ), e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais.

Outra notícia é que começou a valer ontem alguns prazos da Resolução Normativa nº. 414/2010, que trata dos direitos e deveres do consumidor de energia elétrica. A norma, que estabelece as condições gerais de fornecimento do serviço, traz avanços em relação ao marco anterior.

Uma das alterações que começou a vigorar trata da desvinculação do encerramento contratual à quitação de débitos com a distribuidora, embora não isentando o consumidor de quitação da dívida não paga, que poderá ser cobrada até judicialmente. A resolução ainda mantém a vinculação da dívida oriunda de contas atrasadas ao consumidor e não ao imóvel, de forma que um novo morador fica livre para solicitar uma nova ligação de energia do imóvel sem problemas. O que é mais do que óbvio e justo.

Outra modificação introduzida na resolução é sobre a instituição da gratuidade para solicitações pelo consumidor de aumento da carga instalada até 50 quilowatts (kW), sem aumento de fase, para quem já está ligado à rede.

Ampla: Reajuste Tarifário de 10,57%. Vai Doer no Nosso Bolso

Só para lembrar, os serviços da AMPLA tem sido motivo de inúmeras reclamações dos consumidores quanto à qualidade dos serviços. Os consumidores vem sofrendo com as constantes interrupções de energia, conforme relatamos em Boca no Trombone 2: A Ampla e os Constantes Problemas de Fornecimento de Energia.

Afim de se melhorar os serviços que a AMPLA fornece, as metas traçadas pela ANEEL para os índices de qualidade de fornecimento DEC (duração das interrupções) e FEC (freqüência de interrupções) serão gradualmente reduzidos até 2014, a partir desse ano. Esperamos que a situação melhore...
Tabela ANEEL – Limites globais de DEC e FEC da AMPLA para o período 2011-2014
Distribuidora

DEC Limite Global
FEC Limite Global
2011
2012
2013
2014
2011
2012
2013
2014
Ampla
14,45
13,50
12,57
11,63
13,56
12,47
11,39
10,26

A má notícia para o consumidor, que frequentemente vê a correção das tarifas públicas ganharem de longe da variação da inflação, é que ontem, por força dos contratos celebrados e das claúsulas de revisão de tarifas, a ANEEL aprovou um novo reajuste tarifário para a AMPLA. As novas tarifas entrarão em vigor no dia 15 de março de 2011 para 2,3 milhões de unidades consumidoras, distribuídas em 66 municípios do Rio de Janeiro. O índice para o consumidor de baixa tensão, ou seja, eu e você, ficou em 10,57%, contra um índice de inflação, medido pelo IPCA, de 5,91% para 2010.

Empresa
Classe de Consumo
Baixa tensão
(abaixo de 2,3 kV)
Por ex: residências
Alta tensão
(de 2,3 a 230 kV)
Por ex: indústrias
AMPLA
10,57%
11,80%


Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M e o Fator X ( Trata-se de redutor aplicado à tarifa com o objetivo de repassar os ganhos de produtividade ao consumidor final. Por exemplo, a tarifa de uma distribuidora de energia pode ser reajustada por um índice geral de preços, deduzindo-se um Fator X atribuível ao aumento da produtividade ), e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais.

Outra notícia é que começou a valer ontem alguns prazos da Resolução Normativa nº. 414/2010, que trata dos direitos e deveres do consumidor de energia elétrica. A norma, que estabelece as condições gerais de fornecimento do serviço, traz avanços em relação ao marco anterior.

Uma das alterações que começou a vigorar trata da desvinculação do encerramento contratual à quitação de débitos com a distribuidora, embora não isentando o consumidor de quitação da dívida não paga, que poderá ser cobrada até judicialmente. A resolução ainda mantém a vinculação da dívida oriunda de contas atrasadas ao consumidor e não ao imóvel, de forma que um novo morador fica livre para solicitar uma nova ligação de energia do imóvel sem problemas. O que é mais do que óbvio e justo.

Outra modificação introduzida na resolução é sobre a instituição da gratuidade para solicitações pelo consumidor de aumento da carga instalada até 50 quilowatts (kW), sem aumento de fase, para quem já está ligado à rede.

Veja também esses posts