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quarta-feira, 23 de março de 2011

Lei da Ficha Limpa: Supremo deve Bater o Martelo até Quarta Feira


O Plenário do STF julga nesse momento a chamada Lei  da Ficha Limpa. O placar parcial registra 5 votos a 5 no julgamento da Lei. Faltando ainda 01 voto.

Até o momento, três ministros já se manifestaram no sentido de que a norma não deve ser aplicada às eleições realizadas em 2010, por desrespeito ao artigo 16 da Constituição Federal, dispositivo que trata da anterioridade da lei eleitoral, e três ministros votaram em sentido contrário, pela aplicação da norma para o pleito do ano passado.


Votaram pelo provimento do recurso, no sentido da inaplicabilidade da norma em 2010, os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli. Já a ministra Cármen Lúcia e os ministros Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa se manifestaram pela aplicação da lei às eleições do ano passado.

Neste momento (19:30h), o ministro Ayres Britto profere seu voto no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 633703, que discute a constitucionalidade da Lei e sua aplicação nas eleições de 2010.

A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 7 de Junho, após sanção do Presidente da República, a Lei Complementar 135 de 2010, popularmente conhecida como “ficha limpa” torna inelegíveis políticos condenados em decisão colegiada.

A importância do projeto “ficha limpa” já está na sua origem, com a iniciativa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reuniu mais de 1,6 milhões de assinaturas de eleitores desde o lançamento da proposta e com aprovação unânime dos senadores. Claramente a Lei é uma resposta vitoriosa aos anseios da população, isto é, uma efetiva e rara representação da vontade popular.

A importância da nova Lei é de tal proporção que para o Senador Pedro Simon a sanção do novo comando legal foi alçada ao patamar de “um dia histórico”. Ainda, para o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, a lei da ficha limpa é tão importante para a administração pública quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Lei da Ficha Limpa: Supremo deve Bater o Martelo até Quarta Feira


O Plenário do STF julga nesse momento a chamada Lei  da Ficha Limpa. O placar parcial registra 5 votos a 5 no julgamento da Lei. Faltando ainda 01 voto.

Até o momento, três ministros já se manifestaram no sentido de que a norma não deve ser aplicada às eleições realizadas em 2010, por desrespeito ao artigo 16 da Constituição Federal, dispositivo que trata da anterioridade da lei eleitoral, e três ministros votaram em sentido contrário, pela aplicação da norma para o pleito do ano passado.


Votaram pelo provimento do recurso, no sentido da inaplicabilidade da norma em 2010, os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli. Já a ministra Cármen Lúcia e os ministros Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa se manifestaram pela aplicação da lei às eleições do ano passado.

Neste momento (19:30h), o ministro Ayres Britto profere seu voto no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 633703, que discute a constitucionalidade da Lei e sua aplicação nas eleições de 2010.

A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 7 de Junho, após sanção do Presidente da República, a Lei Complementar 135 de 2010, popularmente conhecida como “ficha limpa” torna inelegíveis políticos condenados em decisão colegiada.

A importância do projeto “ficha limpa” já está na sua origem, com a iniciativa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reuniu mais de 1,6 milhões de assinaturas de eleitores desde o lançamento da proposta e com aprovação unânime dos senadores. Claramente a Lei é uma resposta vitoriosa aos anseios da população, isto é, uma efetiva e rara representação da vontade popular.

A importância da nova Lei é de tal proporção que para o Senador Pedro Simon a sanção do novo comando legal foi alçada ao patamar de “um dia histórico”. Ainda, para o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, a lei da ficha limpa é tão importante para a administração pública quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

domingo, 20 de março de 2011

Acidente na Central Nuclear de Fukushima (Japão) : Cronologia dos Fatos


O Blog Indignação e Cidadania, no sentido de contribuir com a dissiminação das informações de relevância para a Sociedade e, no intuito de dirimir dúvidas, vem apresentar alguns dos relatórios disponibilizados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, sobre os eventos que ocorreram e estão ocorrendo na Central Nuclear  de Fukushima.

Como já amplamente noticiado e já divulgados nos post´s Incidente de Fukushima e a Posição da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e Incidente Nuclear no Japão: Uma Análise Comparativa com as Usinas de Angra (Vejam um vídeo de Fukushima) as usinas foram danificadas em função de uma conjugação de fatores, que teve como principal motivador o mega terremoto que o Japão sofreu de 9.0 na escala Richeter.

Leiam os relatos ( formatação e imagens ajustadas livremente pelo Blog):

Documento 01:

Fonte: Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial (NISA)

(Situação em 15 de março de 2011 – 23:30h)

Terremoto e desligamento automático dos reatores

O terremoto ocorrido no mar ao noroeste do Japão às 14:46h do dia 11 de marco de 2011 afetou  significativamente algumas  instalações nucleares naquele país. Naquele momento três reatores  (unidades 4, 5 e 6 da usina de Fukushima) encontravam-se desligadas para inspeção periódica. Onze outras unidades em operação nas centrais nucleares de Fukushima  e Onagawa foram automaticamente  desligadas.

Após o desligamento automático, a Unidade 3 da Central Nuclear Onagawa, a Unidade 4 de Fukushima II e a Unidade de Tokai II foram desligadas em total segurança.

Relatório dos incidentes ocorridos nas Unidades 1, 2, 3 e 4 da Central Nuclear Fukushima I

Unidade 1

Uma explosão causada pela formação de Hidrogênio destruiu a cobertura do prédio do reator. O que ocorreu no reator não foi o que se chama de fusão do núcleo. O vaso de contenção do reator não foi danificado pela explosão. Após o desligamento automático do reator houve falha no suprimento de água devido aos danos provocados provavelmente pelo tsunami formado pelo  terremoto (acreditase que isto foi causado pelo fato da magnitude do tsunami ter sido muito acima do previsto nos projetos das usinas). Houve aumento na temperatura do núcleo do reator. Às 15:36h do dia 12 de marco foi verificado que nível da água dentro do vaso de contenção havia baixado. O hidrogênio gerado pela reação do metal com a água gerou hidrogênio, causando explosão. Foram detectados césio e iodo. Acredita-se que parte do combustível nuclear foi danificado e uma parcela do material radioativo vazou para a água de refrigeração do núcleo do reator. Entretanto, isto não significa que o núcleo derreteu. Até esta data, está confirmado que o vaso de contenção manteve-se intacto. Não há risco de explosão de hidrogênio no vaso de contenção, uma vez que não há ali a presença de oxigênio. Há baixa probabilidade de vazamento de grande quantidade de material radioativo.

Unidade 2

A operadora das usinas relatou que foi ouvido ruído de explosão na Unidade 2 de Fukushima I às 16:10 do dia 15 de março. Existe a possibilidade de que a câmara de alivio de pressão tenha sofrido danos. Após o desligamento automático do reator, a injeção de água foi mantida, mas o nível da água no vaso do reator baixou. A operadora relatou ainda que a Unidade 2 atingiu situação considerada de emergência em 14 de março. Ás 06:10h de 15 de março a operadora relatou que foi ouvida explosão na Unidade 2. Foi informado que a pressão na câmara de alivio de pressão daquela unidade baixou, o que sugere a possibilidade daquela câmara ter sido danificada pela explosão.

Unidade 3

Uma explosão causada pela formação de hidrogênio destruiu o prédio do reator, exatamente como havia ocorrido na Unidade 1. Também neste caso o vaso de contenção manteve-se intacto. A explosão ocorreu às 11:01h da manha de 14 de março. Não existe risco de explosão de hidrogênio, pois não há oxigênio no vaso de contenção.

Unidade 4

Em 15 de março ocorreu incêndio na Unidade 4 de Fukushima I, embora a operação desta unidade estivesse suspensa para realização de inspeção periódica. O incêndio foi extinto por volta de 11:00h da manhã. Houve aumento na temperatura da água na piscina de combustível usado desta unidade.

Situação Atual

De acordo com o monitoração, foram detectados valores de 11.930 μSv/h às 09:30h do dia 15 de março. A evacuação das áreas de 10 e 20km em torno da Central de Fukushima I está quase completa. Os moradores da área de 30 km estão sendo orientados a permanecerem em suas residências.

Referência de transcrição:


Documento 02

NOTAS DA IAEA SOBRE O ACIDENTE NUCLEAR NO JAPÃO

A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) verifica as informações recebidas e as divulga pelo site www.iaea.org e
pelo Facebook.

Devido ao tempo necessário para verificação, existe um retardo de algumas horas, entretanto, são informações validadas e confiáveis.

A IAEA está em contacto continuo com as autoridades japonesas e está monitorando a situação à medida que ela evolui.

Atualização IAEA (18 de março de 12:25h UTC)

As autoridades japonesas informaram a AIEA que antes do terremoto do dia 11 de Março de 2011, o núcleo do reator da unidade 4 da central nuclear de Fukushima Daiichi havia sido totalmente descarregada e seus elementos combústíveis foram colocados na piscina de combustíveis irradiados localizado no prédio da contenção.

Esclarecimentos:

Ao contrário de várias notícias, a AIEA ainda não recebeu qualquer notificação das autoridades japonesas informando a quantidade de pessoas expostas à radiação.

No relatório de 17 de Março de 2011 às 1:15h UTC, os casos notificados são de pessoas nas quais foram detectadas contaminação radioativa quando eram monitoradas.

Atualização IAEA (18 de março de 10:15h UTC)

As autoridades japonesas informaram a AIEA de que as novas classificações do INES já foram emitidas para alguns dos eventos relacionados à emergência nuclear na central nuclear de Fukushima Daiichi. Elas têm avaliado os danos nos núcleos dos reatores das usinas 2 e 3, causado pela perda de todos os sistemas de resfriamento, assim a escala INES foi avaliada como 5.

As autoridades japonesas continuam avaliando a perda da água de resfriamento na piscina de combustível irradiado da unidade 4 que foi classificado como nível 3 na escala INES.

As autoridades japonesas têm avaliado se a perda de funções nas unidades de resfriamento do reator 1, 2 e 4 de Fukushima Daiini também foi classificado como 3. Todas as unidades do reator na usina nuclear de Fukushima Daiini estão agora em condição de desligamento à frio.

Atualização IAEA (18 de março de 6:10h UTC)

Atualização da temperatura do combustível irradiado nas piscinas da central nuclear em Fukushima Daiichi:

A temperatura do combustível das piscinas na usina nuclear em Fukushima Daiichi

O combustível usado de um reator, quando removido, se mantêm gerando calor intenso e é normalmente armazenado em uma piscina cheia de água a fim de resfriálo e conter a sua radiação. A  água destas piscinas é constantemente resfriada para remover o calor produzido pelos conjuntos de combustíveis usados. Segundo os especialistas da AIEA, a temperatura da piscina de combustível deve ser mantida abaixo de 25˚C, em condições normais de funcionamento. A temperatura da piscina de combustível gasto é mantida por uma refrigeração constante, necessitando continuamente de energia.

Dado o intenso calor e radiação que os elementos combustíveis podem gerar, devem ser verificadas constantemente os níveis de umidade e temperatura. Se o combustível não estiver coberto por água, ou as temperaturas chegam a um ponto de ebulição, o combustível pode ficar exposto gerando o risco de libertação de substâncias radioativas. A preocupação com a piscinas de combustível em Fukushima Daiichi é que as fontes de energia utilizadas para resfriálas podem ter sido comprometidas.

A preocupação com as condições de armazenamento do combustível gasto levou as autoridades japonesas a lançar jatos de água a partir de helicópteros e caminhões na unidade 3 da central nuclear Fukushima Daiichi (Ver atualização anterior).

A agência de segurança nuclear e indústrial japonesa informou um aumento da temperatura nos tanques de combustível das unidades 5 e 6 desde 14 de março. Um gerador à diesel de emergência da unidade 6 agora injeta água para alimentar os tanques nessas duas unidades, de acordo com NISA.

A AIEA têm as seguintes informações sobre as temperaturas das piscinas de combustível nas unidades 4, 5 e 6 das usinas nucleares em Fukushima Daiichi:

Unidade 4
13 de Março, 19:08 UTC: 84°C

Unidade 5
17 de Março, 03:00 UTC: 64,2°C
17 de Março, 18:00 UTC: 65,5°C

Unidade 6
17 de Março, 03:00 UTC: 62,5°C
17 de Março, 18:00 UTC: 62,0°C

Atualização IAEA (17 de março de 17:55h UTC)

As autoridades japonesas informaram à AIEA que os engenheiros iniciaram o estabelecimento de conexão de uma linha externa de energia na unidade 2. A operação continuava até às 20:30h UTC, TEPCO informou o órgão regulador NISA. Eles planejam reconectar a energia da unidade 2 assim que o lançamento de água na unidade 3 for concluído. O lançamento de água sobre a contenção da unidade 3 foi temporariamente interrompida às 11:09h UTC (20:09h hora local) do dia 17 de março de 2011.

Atualização IAEA (17 de março de 14:00h UTC)

Na sede da AIEA em Viena, Andrew Graham, assessor do DiretorGeral da AIEA em Assuntos Científicos e Técnicos, informou aos EstadosMembros e aos meios de comunicação o estado atual da segurança das usinas nucleares do Japão.

Situação Atual:

A situação nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi continua muito grave, mas não houve piora significativa desde ontem.

A situação atual nas unidades 1, 2 e 3, cujos núcleos sofreram danos, parece ser estável. A água do ma está sendo injetada em todas as três unidades por mangueiras de incêndio. As pressões internas na contenção são variáveis.

Helicópteros militares realizaram quatro derramamentos de água sob a unidade 3.

A unidade 4 continua sendo uma preocupação em segurança radiológica. Não há informações disponíveis sobre o nível de água na piscina de combustível da mesma. Não há indicação da temperatura da água da piscina de combustível irradiado da unidade 4 desde o dia 14 de março, quando a temperatura estava em 84ºC e o prédio da contenção está sem sua parte superior.

Os níveis de água nos vasos de pressão reator das unidades 5 e 6 estão diminuindo.

Monitoramento de Radiação:

Estamos recebendo a informação da taxa de dose de 47 cidades japonesas regularmente. Esta é uma boa evolução. Em Tóquio, não houve alteração significativa nos níveis de radiação desde ontem. Os mesmos permanecem bem abaixo dos níveis que são perigosos para a saúde humana.

A radiação na central nuclear de Fukushima Daiichi e Daini está em níveis preocupantes e não temos recebido informações novas desde o último relatório. Em alguns locais, a cerca de 30 quilômetros da usina de Fukushima, as doses aumentaram
significativamente nas últimas 24 horas (em um local de 80 a 170 microsievert por hora e em outro local temos de 26 a 95 microsievert por hora). Mas este não foi o caso em todos os locais a mesma distância das plantas.

Para o noroeste das usinas nucleares foram observados taxas de dose com intervalos entre 3 e 170 microsievert por hora, com os níveis mais elevados observados em torno de 30 km da usina. As taxas de dose em outras direções estão entre 1 e 5 microsievert por horas.

Atividades da agência:

O diretorgeral, que está a caminho do Japão, conversou com o secretáriogeral Ban KiMoon. O secretáriogeral prometeu todo o apoio necessário aos esforços da IAEA.

O diretorgeral também se reuniu com o secretário executivo da Nuclear TestBan Treaty Organization, Tibor Toth, para discutir a possibilidade de a Agência ter acesso aos dados coletados por estações de monitoração de radionuclídeos da CTBTO (Preparatory Commission for the comprehensive nucleartestban treaty organization). Foi feito um pedido por escrito a CTBTO e acreditamos que os dados e as informações adicionais podem ajudar a IAEA na nossa avaliação da evolução da situação no Japão.

Um especialista da Organização Meteorológica Mundial se juntou à nossa equipe no centro de emergência no início desta semana, oferecendo conselhos de especialistas sobre as trajetórias possíveis dos ventos da área das usinas.

Atualização IAEA (17 de março de 11:05h UTC)

Com base em um comunicado para a imprensa do secretário de gabinete japonês, de 17 de março de 2011, 04:00h UTC, a IAEA pode confirmar que os militares japoneses estão jogando água de quatro helicópteros sobre o reator Fukushima Daiichi unidade 3. Esta operação aconteceu entre 00:48h UTC e 01:00h UTC.

Atualização IAEA (17 de março de 2011, 1:15h UTC)

Lesões ou contaminações nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi:

Baseado em um comunicado de imprensa do secretáriochefe do gabinete japonês em 16 de março de 2011, a AIEA pode confirmar as informações abaixo sobre os ferimentos ou contaminações humanas na usina nuclear de Fukushima Daiichi. Observe que esta lista oferece as últimas informações disponibilizadas à AIEA por parte das autoridades japonesas. Dada a situação atual, esta informação está sujeita a alterações.

Lesões:

2 funcionários da TEPCO tem ferimentos leves;
2 empregados subcontratados estão feridos, um deles fraturou as pernas e o segundo foi transportado para o hospital e seu estado de saúde é desconhecido;
2 pessoas estão desaparecidas;
2 pessoas ficaram "subitamente doentes"(“suddenly taken ill”);
2 funcionários da TEPCO foram transportados para o hospital durante o procedimento de colocação de uma proteção respiratória no centro de controle;
4 pessoas (2 funcionários da TEPCO e 2 trabalhadores subcontratados) sofreram ferimentos leves devido à explosão em uma unidade no dia 11 de março de 2011 e foram transportados para o hospital;
11 pessoas (4 funcionários da TEPCO, 3 empregados subcontratados e 4 funcionários da defesa civil japonesa) ficaram feridas devido a uma explosão ocorrida na unidade 3 no dia 14 de Março de 2011.

Contaminação e exposição radiológica:

17 pessoas (9 funcionários da TEPCO e 8 trabalhadores subcontratados) tiveram suas faces contaminadas com material radioativo, mas não foram levados ao hospital por causa dos baixos níveis de contaminação;
1 trabalhador que sofreu uma exposição significativa durante a remoção de ar, foi levado para um centro externo;
2 policiais foram descontaminados;
Bombeiros que foram expostos à radiação estão sob investigação.

Atualização IAEA (16 de março 22:00h UTC)

A temperatura do combustível das piscinas na usina nuclear em Fukushima Daiichi

O combustível usado de um reator, quando removido, se mantêm gerando calor intenso e é normalmente armazenado em uma piscina cheia de água a fim de resfriálo e conter a sua radiação. A água destas piscinas é constantemente resfriada para remover o calor produzido pelos conjuntos de combustível irradiado. Segundo os especialistas da AIEA, a temperatura da piscina de combustível deve ser mantida abaixo de 25˚C, em condições normais de funcionamento. A temperatura da piscina de combustível irradiado é mantida por uma refrigeração constante, necessitando continuamente de energia.

Dado o intenso calor e radiação que os elementos combustíveis podem gerar, as piscinas de combustível devem ser verificados constantemente os níveis de umidade e temperatura. Se o combustível não está coberto por água, ou as temperaturas chegam a um ponto de ebulição, o combustível pode ficar exposto gerando o risco de libertação de substâncias radioativas. A preocupação com as piscinas de combustível em Fukushima Daiichi é que as fontes de energia utilizadas para resfriarlas podem ter sido comprometidas.

A AIEA têm as seguintes informações sobre as temperaturas das piscinas de combustível nas unidades 4, 5 e 6 das usinas nucleares em Fukushima Daiichi:

Unidade 4
14 de Março, 10:08 UTC: 84˚C
15 de Março, 10:00 UTC: 84˚C
16 de Março, 05:00 UTC: sem dados

Unidade 5
14 de Março, 10:08 UTC: 59,7˚C
15 de Março, 10:00 UTC: 60,4˚C
16 de Março, 05:00 UTC: 62,7˚C

Unidade 6
14 de Março, 10:08 UTC: 58,0˚C
15 de Março, 10:00 UTC: 58,5˚C
16 de Março, 05:00 UTC: 60,0˚C

Atualização IAEA (16 de março de 2011, 18:50h UTC)

O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica viajará para o Japão

O diretor geral Yukiya Amano, anunciou: "Eu pretendo voar para o Japão o mais cedo possível, espero que amanhã, para ver a situação e para aprender com os nossos aliados japoneses qual a melhor maneira da AIEA ajudar. Vou solicitar que o Conselho de Governadores se reúna comigo para discutir a situação. Minha intenção é fazer com que os primeiros peritos da AIEA vão ao Japão o mais cedo possível."

Em 15 de Março, o Japão pediu assistência à AIEA para as áreas de monitoramento ambiental e para os efeitos da radiação à saúde humana, solicitando o envio de especialistas da AIEA ao Japão para ajudar os especialistas locais.

Atualização IAEA (16 de março de 2011, 14:55h UTC)

As autoridades japonesas demonstraram preocupação sobre a condição das piscinas de combustível nuclear irradiado em Fukushima Daiichi unidade 3 e 4. O ministro da Defesa japonês Toshimi Kitazawa anunciou quartafeira que os helicópteros especiais das Forças de Defesa planejavam jogar água na a
unidade 3, e os operadores também estão se preparando para injetar água na Unidade 4 de posições no solo e, possivelmente, mais tarde na Unidade 3. Alguns detritos no solo devido à explosão de 14 de março na unidade 3 talvez precisem ser removidos antes da pulverização começar.

Atualização IAEA (16 de Março de 2011, 03:55h UTC)

As autoridades japonesas informaram à AIEA que um incêndio no prédio do reator da unidade 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi foi observado, às 20:45h UTC do dia 15 de março. A partir de 21:15 UTC do mesmo dia, o fogo não era mais observado.

Fogo do dia 14 de março: Como relatado anteriormente, às 23:54h UTC do dia 14 de março houve um incêndio na unidade 4. O fogo durou cerca de duas horas e foi extinto as 02:00h UTC do dia 15 de março.

Nível de água na unidade 5: As autoridades japonesas também informaram à AIEA que às 12:00h UTC do dia 15 de março que o nível de água na unidade 5 tinha diminuído para 2,01 m acima do topo do combustível. Esta foi uma diminuição de 40 cm desde 7:00h UTC do dia 15 de março. Os operadores planejam usar um gerador a diesel da unidade 6 para abastecimento de água na unidade 5.

Atualização IAEA (15 de março de 2011, 22:30h UTC)

As autoridades japonesas informaram à AIEA que a evacuação da população da zona de 20 quilômetros em redor de Fukushima Daiichi foi concluída com êxito. As autoridades japonesas também aconselharam as pessoas num raio de 30 km a se abrigarem dentro de casa. Os comprimidos de iodo têm sido distribuídos para os centros de evacuação, mas nenhuma decisão foi tomada ainda sobre sua administração.

Atualização IAEA (15 de março de 2011, 20:35h UTC)

O governo japonês pediu assistência da AIEA em monitoração ambiental e em efeitos da radiação na saúde humana. Os preparativos para estas missões estão em curso.

Referência de transcrição :


Documento 03:
Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial (NISA)
O TERREMOTO E OS DANOS NAS USINAS NUCLEARES JAPONESAS
(Situação em 16 de março de 2011 – 14:00h)

De acordo com as informações da NISA, a sala de controle que serve conjuntamente as unidades 3 e 4 foi evacuada às 10:45h devido a possibilidade de que o vaso de contenção da unidade 3 tenha sofrido danos. O retorno dos operadores se deu às 11:30h.

Continuam os trabalhos de injeção de água do mar no vaso de contenção das unidades 1 e 2. A unidade 3 passou a receber injeção de água através do sistema de combate a incêndio.

Continua também a injeção de água na piscina de armazenamento de combustível usado da unidade 4.

Embora não fornecido pela NISA, a figura abaixo auxilia o entendimento da estrutura da usinas avariadas e para avaliar os parâmetros descritos na tabela.

A instalação de cabos, conectando a central de Fukushima ao sistema elétrico da TEPCO está previsto para a manhã de quintafeira, 17 de março. Os procedimentos de uso de  helicópteros para lançar água do mar na piscina de armazenamento de combustível usado foram finalizados.

No hospital de Fukushima 133 pessoas foram monitoradas e 23 apresentaram taxas de contagem de radiação acima de 13.000 cpm. Essas pessoas foram descontaminadas. Os residentes da cidade de Futuba, próxima de Fukushima, foram evacuados sendo 100 deles monitorados. Destas, 9 apresentaram algum nível de contaminação.

Foi decidida a transferência do centro de coordenação das ações de emergência da central para as instalações da prefeitura de Fukushima (60 km da usina). O primeiro ministro do Japão solicitou aos moradores da área de 20 a 30 km de raio distante da usina permaneçam em suas residências.


Medidas de Emergência

A NISA aceitou a participação especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica/AIEA e da Comissão Regulatória Nuclear/NRC dos Estados Unidos na tentativa de solucionar os problemas nos reatores nucleares 1, 2, e 3 da Central Nuclear de Fukushima.

As principais ações de emergências realizadas estão descritas a seguir.

Unidade 2:
Imediata injeção de água no vaso do reator e abertura de uma saída para ventilação.

Unidade 4:
Injeção de água na piscina de armazenamento de elementos combustíveis usados.

Exposição à radiação

Na central nuclear de Fukushima dentre 18 trabalhadores monitorados, um apresentou sinais de contaminação. Não houve, porém, a necessidade de tratamento médico nesse trabalhador.

Havia, na unidade 3, seis trabalhadores no momento da explosão. Não há informações sobre o estado desses trabalhadores.

Outras informações

Cinco trabalhadores da força de defesa que participaram da tentativa de suprir água aos reatores foram expostos à radiação e apresentaram sinais de contaminação.

Policiais que auxiliaram os trabalhos também foram expostos.
Não há informação sobre exposição ou contaminação entre os bombeiros.



Referência transcrta:
 


Documento 04: 

ReferEncia:


Documento 05:  

EFEITOS BIOLÓGICOS PROVOCADOS PELA RADIAÇÃO IONIZANTE

Características Gerais

Os efeitos biológicos provocados pela radiação ionizante são de natureza  bastante variável e dependem de fatores como dose total recebida, se esta foi aguda ou crônica, se localizada ou de corpo inteiro.

As características gerais desses efeitos são:

• Especificidade: os efeitos biológicos das radiações podem ser  provocados por outros agentes físicos, químicos ou biológicos.

• Reversibilidade: a célula possui mecanismos de reparo, podendo, em caso de danos parciais, re-sintetizar ou restaurar  uma estrutura  danificada.

• Transmissividade: a maior parte das alterações causadas pelas radiações ionizantes que afetam células e organismos não se transmitem  a outras células ou outros organismos, exceção feita à irradiação das gônadas, que pode resultar em alterações transmissíveis aos descendentes.

• Radiosensibilidade: nem todas as células, tecidos órgãos ou
organismos respondem igualmente à mesma dose de radiação. A
radiosensibilidade das células é diretamente proporcional a sua capacidade de reprodução e inversamente proporcional ao seu grau de especialização.

• Fatores de Influência: pessoas expostas à mesma dose de radiação não apresentam, necessariamente os mesmos danos e o mesmo tempo de resposta. Por exemplo, o indivíduo é mais vulnerável à radiação quando criança (processo de multiplicação celular mais significativo) ou quandoidoso (processo de reparo celular pouco eficiente).

• Tempo de Latência: Há um período de tempo que decorre entre o momento da irradiação e o surgimento do dano visível ou detectável.

• Limiar: Certos efeitos exigem, para se manifestar, que a  dose de radiação seja superior a uma dose mínima. O efeito  eritema, por exemplo, é observado para uma dose limiar absorvida na pele da ordem de 2 Gy (200 rem).

Os efeitos biológicos da radiação podem ser somáticos ou hereditários. O primeiro ocorre no soma, ou seja, no organismo do indivíduo irradiado, enquanto que os hereditários se originam da introdução de danos na linhagem germinativa do sujeito e se manifestam em sua descendência.

Referência:


Acidente na Central Nuclear de Fukushima (Japão) : Cronologia dos Fatos


O Blog Indignação e Cidadania, no sentido de contribuir com a dissiminação das informações de relevância para a Sociedade e, no intuito de dirimir dúvidas, vem apresentar alguns dos relatórios disponibilizados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, sobre os eventos que ocorreram e estão ocorrendo na Central Nuclear  de Fukushima.

Como já amplamente noticiado e já divulgados nos post´s Incidente de Fukushima e a Posição da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e Incidente Nuclear no Japão: Uma Análise Comparativa com as Usinas de Angra (Vejam um vídeo de Fukushima) as usinas foram danificadas em função de uma conjugação de fatores, que teve como principal motivador o mega terremoto que o Japão sofreu de 9.0 na escala Richeter.

Leiam os relatos ( formatação e imagens ajustadas livremente pelo Blog):

Documento 01:

Fonte: Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial (NISA)

(Situação em 15 de março de 2011 – 23:30h)

Terremoto e desligamento automático dos reatores

O terremoto ocorrido no mar ao noroeste do Japão às 14:46h do dia 11 de marco de 2011 afetou  significativamente algumas  instalações nucleares naquele país. Naquele momento três reatores  (unidades 4, 5 e 6 da usina de Fukushima) encontravam-se desligadas para inspeção periódica. Onze outras unidades em operação nas centrais nucleares de Fukushima  e Onagawa foram automaticamente  desligadas.

Após o desligamento automático, a Unidade 3 da Central Nuclear Onagawa, a Unidade 4 de Fukushima II e a Unidade de Tokai II foram desligadas em total segurança.

Relatório dos incidentes ocorridos nas Unidades 1, 2, 3 e 4 da Central Nuclear Fukushima I

Unidade 1

Uma explosão causada pela formação de Hidrogênio destruiu a cobertura do prédio do reator. O que ocorreu no reator não foi o que se chama de fusão do núcleo. O vaso de contenção do reator não foi danificado pela explosão. Após o desligamento automático do reator houve falha no suprimento de água devido aos danos provocados provavelmente pelo tsunami formado pelo  terremoto (acreditase que isto foi causado pelo fato da magnitude do tsunami ter sido muito acima do previsto nos projetos das usinas). Houve aumento na temperatura do núcleo do reator. Às 15:36h do dia 12 de marco foi verificado que nível da água dentro do vaso de contenção havia baixado. O hidrogênio gerado pela reação do metal com a água gerou hidrogênio, causando explosão. Foram detectados césio e iodo. Acredita-se que parte do combustível nuclear foi danificado e uma parcela do material radioativo vazou para a água de refrigeração do núcleo do reator. Entretanto, isto não significa que o núcleo derreteu. Até esta data, está confirmado que o vaso de contenção manteve-se intacto. Não há risco de explosão de hidrogênio no vaso de contenção, uma vez que não há ali a presença de oxigênio. Há baixa probabilidade de vazamento de grande quantidade de material radioativo.

Unidade 2

A operadora das usinas relatou que foi ouvido ruído de explosão na Unidade 2 de Fukushima I às 16:10 do dia 15 de março. Existe a possibilidade de que a câmara de alivio de pressão tenha sofrido danos. Após o desligamento automático do reator, a injeção de água foi mantida, mas o nível da água no vaso do reator baixou. A operadora relatou ainda que a Unidade 2 atingiu situação considerada de emergência em 14 de março. Ás 06:10h de 15 de março a operadora relatou que foi ouvida explosão na Unidade 2. Foi informado que a pressão na câmara de alivio de pressão daquela unidade baixou, o que sugere a possibilidade daquela câmara ter sido danificada pela explosão.

Unidade 3

Uma explosão causada pela formação de hidrogênio destruiu o prédio do reator, exatamente como havia ocorrido na Unidade 1. Também neste caso o vaso de contenção manteve-se intacto. A explosão ocorreu às 11:01h da manha de 14 de março. Não existe risco de explosão de hidrogênio, pois não há oxigênio no vaso de contenção.

Unidade 4

Em 15 de março ocorreu incêndio na Unidade 4 de Fukushima I, embora a operação desta unidade estivesse suspensa para realização de inspeção periódica. O incêndio foi extinto por volta de 11:00h da manhã. Houve aumento na temperatura da água na piscina de combustível usado desta unidade.

Situação Atual

De acordo com o monitoração, foram detectados valores de 11.930 μSv/h às 09:30h do dia 15 de março. A evacuação das áreas de 10 e 20km em torno da Central de Fukushima I está quase completa. Os moradores da área de 30 km estão sendo orientados a permanecerem em suas residências.

Referência de transcrição:


Documento 02

NOTAS DA IAEA SOBRE O ACIDENTE NUCLEAR NO JAPÃO

A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) verifica as informações recebidas e as divulga pelo site www.iaea.org e
pelo Facebook.

Devido ao tempo necessário para verificação, existe um retardo de algumas horas, entretanto, são informações validadas e confiáveis.

A IAEA está em contacto continuo com as autoridades japonesas e está monitorando a situação à medida que ela evolui.

Atualização IAEA (18 de março de 12:25h UTC)

As autoridades japonesas informaram a AIEA que antes do terremoto do dia 11 de Março de 2011, o núcleo do reator da unidade 4 da central nuclear de Fukushima Daiichi havia sido totalmente descarregada e seus elementos combústíveis foram colocados na piscina de combustíveis irradiados localizado no prédio da contenção.

Esclarecimentos:

Ao contrário de várias notícias, a AIEA ainda não recebeu qualquer notificação das autoridades japonesas informando a quantidade de pessoas expostas à radiação.

No relatório de 17 de Março de 2011 às 1:15h UTC, os casos notificados são de pessoas nas quais foram detectadas contaminação radioativa quando eram monitoradas.

Atualização IAEA (18 de março de 10:15h UTC)

As autoridades japonesas informaram a AIEA de que as novas classificações do INES já foram emitidas para alguns dos eventos relacionados à emergência nuclear na central nuclear de Fukushima Daiichi. Elas têm avaliado os danos nos núcleos dos reatores das usinas 2 e 3, causado pela perda de todos os sistemas de resfriamento, assim a escala INES foi avaliada como 5.

As autoridades japonesas continuam avaliando a perda da água de resfriamento na piscina de combustível irradiado da unidade 4 que foi classificado como nível 3 na escala INES.

As autoridades japonesas têm avaliado se a perda de funções nas unidades de resfriamento do reator 1, 2 e 4 de Fukushima Daiini também foi classificado como 3. Todas as unidades do reator na usina nuclear de Fukushima Daiini estão agora em condição de desligamento à frio.

Atualização IAEA (18 de março de 6:10h UTC)

Atualização da temperatura do combustível irradiado nas piscinas da central nuclear em Fukushima Daiichi:

A temperatura do combustível das piscinas na usina nuclear em Fukushima Daiichi

O combustível usado de um reator, quando removido, se mantêm gerando calor intenso e é normalmente armazenado em uma piscina cheia de água a fim de resfriálo e conter a sua radiação. A  água destas piscinas é constantemente resfriada para remover o calor produzido pelos conjuntos de combustíveis usados. Segundo os especialistas da AIEA, a temperatura da piscina de combustível deve ser mantida abaixo de 25˚C, em condições normais de funcionamento. A temperatura da piscina de combustível gasto é mantida por uma refrigeração constante, necessitando continuamente de energia.

Dado o intenso calor e radiação que os elementos combustíveis podem gerar, devem ser verificadas constantemente os níveis de umidade e temperatura. Se o combustível não estiver coberto por água, ou as temperaturas chegam a um ponto de ebulição, o combustível pode ficar exposto gerando o risco de libertação de substâncias radioativas. A preocupação com a piscinas de combustível em Fukushima Daiichi é que as fontes de energia utilizadas para resfriálas podem ter sido comprometidas.

A preocupação com as condições de armazenamento do combustível gasto levou as autoridades japonesas a lançar jatos de água a partir de helicópteros e caminhões na unidade 3 da central nuclear Fukushima Daiichi (Ver atualização anterior).

A agência de segurança nuclear e indústrial japonesa informou um aumento da temperatura nos tanques de combustível das unidades 5 e 6 desde 14 de março. Um gerador à diesel de emergência da unidade 6 agora injeta água para alimentar os tanques nessas duas unidades, de acordo com NISA.

A AIEA têm as seguintes informações sobre as temperaturas das piscinas de combustível nas unidades 4, 5 e 6 das usinas nucleares em Fukushima Daiichi:

Unidade 4
13 de Março, 19:08 UTC: 84°C

Unidade 5
17 de Março, 03:00 UTC: 64,2°C
17 de Março, 18:00 UTC: 65,5°C

Unidade 6
17 de Março, 03:00 UTC: 62,5°C
17 de Março, 18:00 UTC: 62,0°C

Atualização IAEA (17 de março de 17:55h UTC)

As autoridades japonesas informaram à AIEA que os engenheiros iniciaram o estabelecimento de conexão de uma linha externa de energia na unidade 2. A operação continuava até às 20:30h UTC, TEPCO informou o órgão regulador NISA. Eles planejam reconectar a energia da unidade 2 assim que o lançamento de água na unidade 3 for concluído. O lançamento de água sobre a contenção da unidade 3 foi temporariamente interrompida às 11:09h UTC (20:09h hora local) do dia 17 de março de 2011.

Atualização IAEA (17 de março de 14:00h UTC)

Na sede da AIEA em Viena, Andrew Graham, assessor do DiretorGeral da AIEA em Assuntos Científicos e Técnicos, informou aos EstadosMembros e aos meios de comunicação o estado atual da segurança das usinas nucleares do Japão.

Situação Atual:

A situação nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi continua muito grave, mas não houve piora significativa desde ontem.

A situação atual nas unidades 1, 2 e 3, cujos núcleos sofreram danos, parece ser estável. A água do ma está sendo injetada em todas as três unidades por mangueiras de incêndio. As pressões internas na contenção são variáveis.

Helicópteros militares realizaram quatro derramamentos de água sob a unidade 3.

A unidade 4 continua sendo uma preocupação em segurança radiológica. Não há informações disponíveis sobre o nível de água na piscina de combustível da mesma. Não há indicação da temperatura da água da piscina de combustível irradiado da unidade 4 desde o dia 14 de março, quando a temperatura estava em 84ºC e o prédio da contenção está sem sua parte superior.

Os níveis de água nos vasos de pressão reator das unidades 5 e 6 estão diminuindo.

Monitoramento de Radiação:

Estamos recebendo a informação da taxa de dose de 47 cidades japonesas regularmente. Esta é uma boa evolução. Em Tóquio, não houve alteração significativa nos níveis de radiação desde ontem. Os mesmos permanecem bem abaixo dos níveis que são perigosos para a saúde humana.

A radiação na central nuclear de Fukushima Daiichi e Daini está em níveis preocupantes e não temos recebido informações novas desde o último relatório. Em alguns locais, a cerca de 30 quilômetros da usina de Fukushima, as doses aumentaram
significativamente nas últimas 24 horas (em um local de 80 a 170 microsievert por hora e em outro local temos de 26 a 95 microsievert por hora). Mas este não foi o caso em todos os locais a mesma distância das plantas.

Para o noroeste das usinas nucleares foram observados taxas de dose com intervalos entre 3 e 170 microsievert por hora, com os níveis mais elevados observados em torno de 30 km da usina. As taxas de dose em outras direções estão entre 1 e 5 microsievert por horas.

Atividades da agência:

O diretorgeral, que está a caminho do Japão, conversou com o secretáriogeral Ban KiMoon. O secretáriogeral prometeu todo o apoio necessário aos esforços da IAEA.

O diretorgeral também se reuniu com o secretário executivo da Nuclear TestBan Treaty Organization, Tibor Toth, para discutir a possibilidade de a Agência ter acesso aos dados coletados por estações de monitoração de radionuclídeos da CTBTO (Preparatory Commission for the comprehensive nucleartestban treaty organization). Foi feito um pedido por escrito a CTBTO e acreditamos que os dados e as informações adicionais podem ajudar a IAEA na nossa avaliação da evolução da situação no Japão.

Um especialista da Organização Meteorológica Mundial se juntou à nossa equipe no centro de emergência no início desta semana, oferecendo conselhos de especialistas sobre as trajetórias possíveis dos ventos da área das usinas.

Atualização IAEA (17 de março de 11:05h UTC)

Com base em um comunicado para a imprensa do secretário de gabinete japonês, de 17 de março de 2011, 04:00h UTC, a IAEA pode confirmar que os militares japoneses estão jogando água de quatro helicópteros sobre o reator Fukushima Daiichi unidade 3. Esta operação aconteceu entre 00:48h UTC e 01:00h UTC.

Atualização IAEA (17 de março de 2011, 1:15h UTC)

Lesões ou contaminações nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi:

Baseado em um comunicado de imprensa do secretáriochefe do gabinete japonês em 16 de março de 2011, a AIEA pode confirmar as informações abaixo sobre os ferimentos ou contaminações humanas na usina nuclear de Fukushima Daiichi. Observe que esta lista oferece as últimas informações disponibilizadas à AIEA por parte das autoridades japonesas. Dada a situação atual, esta informação está sujeita a alterações.

Lesões:

2 funcionários da TEPCO tem ferimentos leves;
2 empregados subcontratados estão feridos, um deles fraturou as pernas e o segundo foi transportado para o hospital e seu estado de saúde é desconhecido;
2 pessoas estão desaparecidas;
2 pessoas ficaram "subitamente doentes"(“suddenly taken ill”);
2 funcionários da TEPCO foram transportados para o hospital durante o procedimento de colocação de uma proteção respiratória no centro de controle;
4 pessoas (2 funcionários da TEPCO e 2 trabalhadores subcontratados) sofreram ferimentos leves devido à explosão em uma unidade no dia 11 de março de 2011 e foram transportados para o hospital;
11 pessoas (4 funcionários da TEPCO, 3 empregados subcontratados e 4 funcionários da defesa civil japonesa) ficaram feridas devido a uma explosão ocorrida na unidade 3 no dia 14 de Março de 2011.

Contaminação e exposição radiológica:

17 pessoas (9 funcionários da TEPCO e 8 trabalhadores subcontratados) tiveram suas faces contaminadas com material radioativo, mas não foram levados ao hospital por causa dos baixos níveis de contaminação;
1 trabalhador que sofreu uma exposição significativa durante a remoção de ar, foi levado para um centro externo;
2 policiais foram descontaminados;
Bombeiros que foram expostos à radiação estão sob investigação.

Atualização IAEA (16 de março 22:00h UTC)

A temperatura do combustível das piscinas na usina nuclear em Fukushima Daiichi

O combustível usado de um reator, quando removido, se mantêm gerando calor intenso e é normalmente armazenado em uma piscina cheia de água a fim de resfriálo e conter a sua radiação. A água destas piscinas é constantemente resfriada para remover o calor produzido pelos conjuntos de combustível irradiado. Segundo os especialistas da AIEA, a temperatura da piscina de combustível deve ser mantida abaixo de 25˚C, em condições normais de funcionamento. A temperatura da piscina de combustível irradiado é mantida por uma refrigeração constante, necessitando continuamente de energia.

Dado o intenso calor e radiação que os elementos combustíveis podem gerar, as piscinas de combustível devem ser verificados constantemente os níveis de umidade e temperatura. Se o combustível não está coberto por água, ou as temperaturas chegam a um ponto de ebulição, o combustível pode ficar exposto gerando o risco de libertação de substâncias radioativas. A preocupação com as piscinas de combustível em Fukushima Daiichi é que as fontes de energia utilizadas para resfriarlas podem ter sido comprometidas.

A AIEA têm as seguintes informações sobre as temperaturas das piscinas de combustível nas unidades 4, 5 e 6 das usinas nucleares em Fukushima Daiichi:

Unidade 4
14 de Março, 10:08 UTC: 84˚C
15 de Março, 10:00 UTC: 84˚C
16 de Março, 05:00 UTC: sem dados

Unidade 5
14 de Março, 10:08 UTC: 59,7˚C
15 de Março, 10:00 UTC: 60,4˚C
16 de Março, 05:00 UTC: 62,7˚C

Unidade 6
14 de Março, 10:08 UTC: 58,0˚C
15 de Março, 10:00 UTC: 58,5˚C
16 de Março, 05:00 UTC: 60,0˚C

Atualização IAEA (16 de março de 2011, 18:50h UTC)

O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica viajará para o Japão

O diretor geral Yukiya Amano, anunciou: "Eu pretendo voar para o Japão o mais cedo possível, espero que amanhã, para ver a situação e para aprender com os nossos aliados japoneses qual a melhor maneira da AIEA ajudar. Vou solicitar que o Conselho de Governadores se reúna comigo para discutir a situação. Minha intenção é fazer com que os primeiros peritos da AIEA vão ao Japão o mais cedo possível."

Em 15 de Março, o Japão pediu assistência à AIEA para as áreas de monitoramento ambiental e para os efeitos da radiação à saúde humana, solicitando o envio de especialistas da AIEA ao Japão para ajudar os especialistas locais.

Atualização IAEA (16 de março de 2011, 14:55h UTC)

As autoridades japonesas demonstraram preocupação sobre a condição das piscinas de combustível nuclear irradiado em Fukushima Daiichi unidade 3 e 4. O ministro da Defesa japonês Toshimi Kitazawa anunciou quartafeira que os helicópteros especiais das Forças de Defesa planejavam jogar água na a
unidade 3, e os operadores também estão se preparando para injetar água na Unidade 4 de posições no solo e, possivelmente, mais tarde na Unidade 3. Alguns detritos no solo devido à explosão de 14 de março na unidade 3 talvez precisem ser removidos antes da pulverização começar.

Atualização IAEA (16 de Março de 2011, 03:55h UTC)

As autoridades japonesas informaram à AIEA que um incêndio no prédio do reator da unidade 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi foi observado, às 20:45h UTC do dia 15 de março. A partir de 21:15 UTC do mesmo dia, o fogo não era mais observado.

Fogo do dia 14 de março: Como relatado anteriormente, às 23:54h UTC do dia 14 de março houve um incêndio na unidade 4. O fogo durou cerca de duas horas e foi extinto as 02:00h UTC do dia 15 de março.

Nível de água na unidade 5: As autoridades japonesas também informaram à AIEA que às 12:00h UTC do dia 15 de março que o nível de água na unidade 5 tinha diminuído para 2,01 m acima do topo do combustível. Esta foi uma diminuição de 40 cm desde 7:00h UTC do dia 15 de março. Os operadores planejam usar um gerador a diesel da unidade 6 para abastecimento de água na unidade 5.

Atualização IAEA (15 de março de 2011, 22:30h UTC)

As autoridades japonesas informaram à AIEA que a evacuação da população da zona de 20 quilômetros em redor de Fukushima Daiichi foi concluída com êxito. As autoridades japonesas também aconselharam as pessoas num raio de 30 km a se abrigarem dentro de casa. Os comprimidos de iodo têm sido distribuídos para os centros de evacuação, mas nenhuma decisão foi tomada ainda sobre sua administração.

Atualização IAEA (15 de março de 2011, 20:35h UTC)

O governo japonês pediu assistência da AIEA em monitoração ambiental e em efeitos da radiação na saúde humana. Os preparativos para estas missões estão em curso.

Referência de transcrição :


Documento 03:
Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial (NISA)
O TERREMOTO E OS DANOS NAS USINAS NUCLEARES JAPONESAS
(Situação em 16 de março de 2011 – 14:00h)

De acordo com as informações da NISA, a sala de controle que serve conjuntamente as unidades 3 e 4 foi evacuada às 10:45h devido a possibilidade de que o vaso de contenção da unidade 3 tenha sofrido danos. O retorno dos operadores se deu às 11:30h.

Continuam os trabalhos de injeção de água do mar no vaso de contenção das unidades 1 e 2. A unidade 3 passou a receber injeção de água através do sistema de combate a incêndio.

Continua também a injeção de água na piscina de armazenamento de combustível usado da unidade 4.

Embora não fornecido pela NISA, a figura abaixo auxilia o entendimento da estrutura da usinas avariadas e para avaliar os parâmetros descritos na tabela.

A instalação de cabos, conectando a central de Fukushima ao sistema elétrico da TEPCO está previsto para a manhã de quintafeira, 17 de março. Os procedimentos de uso de  helicópteros para lançar água do mar na piscina de armazenamento de combustível usado foram finalizados.

No hospital de Fukushima 133 pessoas foram monitoradas e 23 apresentaram taxas de contagem de radiação acima de 13.000 cpm. Essas pessoas foram descontaminadas. Os residentes da cidade de Futuba, próxima de Fukushima, foram evacuados sendo 100 deles monitorados. Destas, 9 apresentaram algum nível de contaminação.

Foi decidida a transferência do centro de coordenação das ações de emergência da central para as instalações da prefeitura de Fukushima (60 km da usina). O primeiro ministro do Japão solicitou aos moradores da área de 20 a 30 km de raio distante da usina permaneçam em suas residências.


Medidas de Emergência

A NISA aceitou a participação especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica/AIEA e da Comissão Regulatória Nuclear/NRC dos Estados Unidos na tentativa de solucionar os problemas nos reatores nucleares 1, 2, e 3 da Central Nuclear de Fukushima.

As principais ações de emergências realizadas estão descritas a seguir.

Unidade 2:
Imediata injeção de água no vaso do reator e abertura de uma saída para ventilação.

Unidade 4:
Injeção de água na piscina de armazenamento de elementos combustíveis usados.

Exposição à radiação

Na central nuclear de Fukushima dentre 18 trabalhadores monitorados, um apresentou sinais de contaminação. Não houve, porém, a necessidade de tratamento médico nesse trabalhador.

Havia, na unidade 3, seis trabalhadores no momento da explosão. Não há informações sobre o estado desses trabalhadores.

Outras informações

Cinco trabalhadores da força de defesa que participaram da tentativa de suprir água aos reatores foram expostos à radiação e apresentaram sinais de contaminação.

Policiais que auxiliaram os trabalhos também foram expostos.
Não há informação sobre exposição ou contaminação entre os bombeiros.



Referência transcrta:
 


Documento 04: 

ReferEncia:


Documento 05:  

EFEITOS BIOLÓGICOS PROVOCADOS PELA RADIAÇÃO IONIZANTE

Características Gerais

Os efeitos biológicos provocados pela radiação ionizante são de natureza  bastante variável e dependem de fatores como dose total recebida, se esta foi aguda ou crônica, se localizada ou de corpo inteiro.

As características gerais desses efeitos são:

• Especificidade: os efeitos biológicos das radiações podem ser  provocados por outros agentes físicos, químicos ou biológicos.

• Reversibilidade: a célula possui mecanismos de reparo, podendo, em caso de danos parciais, re-sintetizar ou restaurar  uma estrutura  danificada.

• Transmissividade: a maior parte das alterações causadas pelas radiações ionizantes que afetam células e organismos não se transmitem  a outras células ou outros organismos, exceção feita à irradiação das gônadas, que pode resultar em alterações transmissíveis aos descendentes.

• Radiosensibilidade: nem todas as células, tecidos órgãos ou
organismos respondem igualmente à mesma dose de radiação. A
radiosensibilidade das células é diretamente proporcional a sua capacidade de reprodução e inversamente proporcional ao seu grau de especialização.

• Fatores de Influência: pessoas expostas à mesma dose de radiação não apresentam, necessariamente os mesmos danos e o mesmo tempo de resposta. Por exemplo, o indivíduo é mais vulnerável à radiação quando criança (processo de multiplicação celular mais significativo) ou quandoidoso (processo de reparo celular pouco eficiente).

• Tempo de Latência: Há um período de tempo que decorre entre o momento da irradiação e o surgimento do dano visível ou detectável.

• Limiar: Certos efeitos exigem, para se manifestar, que a  dose de radiação seja superior a uma dose mínima. O efeito  eritema, por exemplo, é observado para uma dose limiar absorvida na pele da ordem de 2 Gy (200 rem).

Os efeitos biológicos da radiação podem ser somáticos ou hereditários. O primeiro ocorre no soma, ou seja, no organismo do indivíduo irradiado, enquanto que os hereditários se originam da introdução de danos na linhagem germinativa do sujeito e se manifestam em sua descendência.

Referência:


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