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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma Outra Verdade Inconveniente...Relato de uma Professora sobre a Educação. Vejam o Vídeo

Antes de entrar propriamente no assunto desse post, gostaria de lembrar as palavras do professor Weber Figueiredo quando falou sobre a reconstrução do Brasil. “O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico. O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre. Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riquezas. Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre. País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo. Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.”

Para caminharmos em direção à riqueza temos que investir fortemente em P&D&I nos setores chave da moderna economia mundial, andando passo a passo com os frutos de uma necessária e urgente refundação do conceito de educação do País, como fizeram países que antes eram pobres, como a Coréia do Sul. O povo sul coreano hoje caminha a passos largos na direção da riqueza. A renda per capita da Coréia do Sul hoje é de US$ 19 mil. Há meio século, a renda per capita sul coreana era de US$ 80.00. Como comparação, a vizinha Coréia do Norte, um dos regimes mais fechados do mundo, mas com as mesmas raízes históricas e identidade do povo coreano do sul, tem renda per capita (2010) de US$ 1800.00, dez vezes menor que a Coréia do Sul. O Brasil, por sua vez, fruto do desenvolvimento dos últimos anos, deve ter ultrapassado ligeiramente a marca dos US$ 10.000 em renda per capita em 2010. Um grande avanço. No entanto, as projeções dos especialistas apontam que somente em 2020 a renda per capita do Brasil deve atingir o patamar de US$ 22,7mil, similar a da Coréia do Sul hoje. Portanto, há necessidade de se rever o modelo de desenvolvimento de forma a se acelerar o processo de acumulação de renda, fruto do desenvolvimento sustentável, a taxas mais elevadas ao longo do tempo. Então, em resumo, temos que investir maçicamente em P&D&I e em educação de qualidade.

Há poucos dias, vimos uma polêmica em torno da adoção do livro didático adotado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) “Por uma Vida Melhor”. O livro mal começou a ser distribuído nas redes públicas escolares do Brasil e já está dando o que falar, por defender o conceito de que não mais existe o certo ou errado e sim o adequado e inadequado na Língua Portuguesa.


“É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”

“'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”

“Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:

Nós pega o peixe.
nós - 1ª pessoa, plural
pega - 3ª pessoa, singular

Os menino pega o peixe.
menino - 3ª pessoa, idéia de plural (por causa do “os”)
pega - 3ª pessoa, singular

Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.”

Pessoalmente, achamos que não se deve deixar dúvidas quanto a forma correta de falar a língua. É importante esclarecer ao público, a que se destina o livro, tanto a forma culta quanto a forma popular de se falar. No entanto, não concordamos que o livro induza o leitor a escolher ou não a “forma correta”, isto é, a forma culta ao falar. Achamos que o livro peca nesse ponto, embora reconheçamos que a língua falada tem todo um dinanismo que lhe é peculiar. O que é considerado errado ao se falar hoje poderá ser considerado certo amanhã. Mas o livro trata do presente...

Mas a pergunta é por que de tanto alarde em cima dessa discussão, quando a educação no país precisa tanto ser melhorada? Essa discussão é a mais importante? Por que não nos debruçamos da mesma forma indignada quanto ao analfabetismo funcional? Quanto às péssimas condições das escolas por todo o país? Quando vemos que educação de qualidade é um privilégio para poucos que podem pagar por ela?

Falando em refundação do conceito de educação, se quisermos atingir o status de “País Rico” para todos os brasileiros, que insira verdadeiramente as “massas” ao processo de construção da nação, temos que repensar não somente como estamos educando os nossos jovens, mas também como estamos tratando os professores, os educadores desse País, pois eles compõem o principal pilar desse processo. O mestre. O professor. Aquele que forja, que educa os brasileiros. Esses homens e mulheres, nas cidades e nos mais distantes rincões desse País, e que verdadeiramente exercem um quase sacerdócio. Doam tudo de si. A eles não se deve nada menos do que condições adequadas de trabalho, De salários que lhes permita viver em família uma vida digna, progredir. Que lhes permita ter orgulho da profissão que abraçaram. Para exemplificar o que falamos, veja o depoimento da professora Amanda Gurgel. Ela é professora no Rio Grande do Norte e falou em audiência pública sobre a educação no seu estado e por extensão no Brasil.

Dois trechos da fala da professora Amanda Gurgel são transcritos a seguir:

"...A verdade visível a todo o mundo. É o fato de que em nenhum governo, em nenhum momento que nós tivemos no nosso estado (RN), na nossa cidade (Natal), no nosso País, a educação foi uma prioridade..."

"...Parem de associar qualidade em educação com professor em sala de aula. Parem de associar isso daí. Por que não tem como você ter qualidade em educação com professores três horários em sala de aula. Por que é assim que os professores multiplicam os R$ 930,00 - o valor do salário da professora Amanda Gurgel -. R$ 930,00 de manhã, R$ 930,00 à tarde, R$ 930,00 à noite para sobreviver."

Essas palavras são do povo que, da mesma forma que a professora Amanda Gurgel, trabalha para viver e construir esse País. Todos nós temos que parar para ouvir...

Vejam toda a fala da professora Amanda Gurgel no vídeo a seguir. É comovente. Mas acima de tudo um exemplo de cidadania.


Uma Outra Verdade Inconveniente...Relato de uma Professora sobre a Educação. Vejam o Vídeo

Antes de entrar propriamente no assunto desse post, gostaria de lembrar as palavras do professor Weber Figueiredo quando falou sobre a reconstrução do Brasil. “O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico. O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre. Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riquezas. Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre. País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo. Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.”

Para caminharmos em direção à riqueza temos que investir fortemente em P&D&I nos setores chave da moderna economia mundial, andando passo a passo com os frutos de uma necessária e urgente refundação do conceito de educação do País, como fizeram países que antes eram pobres, como a Coréia do Sul. O povo sul coreano hoje caminha a passos largos na direção da riqueza. A renda per capita da Coréia do Sul hoje é de US$ 19 mil. Há meio século, a renda per capita sul coreana era de US$ 80.00. Como comparação, a vizinha Coréia do Norte, um dos regimes mais fechados do mundo, mas com as mesmas raízes históricas e identidade do povo coreano do sul, tem renda per capita (2010) de US$ 1800.00, dez vezes menor que a Coréia do Sul. O Brasil, por sua vez, fruto do desenvolvimento dos últimos anos, deve ter ultrapassado ligeiramente a marca dos US$ 10.000 em renda per capita em 2010. Um grande avanço. No entanto, as projeções dos especialistas apontam que somente em 2020 a renda per capita do Brasil deve atingir o patamar de US$ 22,7mil, similar a da Coréia do Sul hoje. Portanto, há necessidade de se rever o modelo de desenvolvimento de forma a se acelerar o processo de acumulação de renda, fruto do desenvolvimento sustentável, a taxas mais elevadas ao longo do tempo. Então, em resumo, temos que investir maçicamente em P&D&I e em educação de qualidade.

Há poucos dias, vimos uma polêmica em torno da adoção do livro didático adotado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) “Por uma Vida Melhor”. O livro mal começou a ser distribuído nas redes públicas escolares do Brasil e já está dando o que falar, por defender o conceito de que não mais existe o certo ou errado e sim o adequado e inadequado na Língua Portuguesa.


“É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”

“'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”

“Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:

Nós pega o peixe.
nós - 1ª pessoa, plural
pega - 3ª pessoa, singular

Os menino pega o peixe.
menino - 3ª pessoa, idéia de plural (por causa do “os”)
pega - 3ª pessoa, singular

Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.”

Pessoalmente, achamos que não se deve deixar dúvidas quanto a forma correta de falar a língua. É importante esclarecer ao público, a que se destina o livro, tanto a forma culta quanto a forma popular de se falar. No entanto, não concordamos que o livro induza o leitor a escolher ou não a “forma correta”, isto é, a forma culta ao falar. Achamos que o livro peca nesse ponto, embora reconheçamos que a língua falada tem todo um dinanismo que lhe é peculiar. O que é considerado errado ao se falar hoje poderá ser considerado certo amanhã. Mas o livro trata do presente...

Mas a pergunta é por que de tanto alarde em cima dessa discussão, quando a educação no país precisa tanto ser melhorada? Essa discussão é a mais importante? Por que não nos debruçamos da mesma forma indignada quanto ao analfabetismo funcional? Quanto às péssimas condições das escolas por todo o país? Quando vemos que educação de qualidade é um privilégio para poucos que podem pagar por ela?

Falando em refundação do conceito de educação, se quisermos atingir o status de “País Rico” para todos os brasileiros, que insira verdadeiramente as “massas” ao processo de construção da nação, temos que repensar não somente como estamos educando os nossos jovens, mas também como estamos tratando os professores, os educadores desse País, pois eles compõem o principal pilar desse processo. O mestre. O professor. Aquele que forja, que educa os brasileiros. Esses homens e mulheres, nas cidades e nos mais distantes rincões desse País, e que verdadeiramente exercem um quase sacerdócio. Doam tudo de si. A eles não se deve nada menos do que condições adequadas de trabalho, De salários que lhes permita viver em família uma vida digna, progredir. Que lhes permita ter orgulho da profissão que abraçaram. Para exemplificar o que falamos, veja o depoimento da professora Amanda Gurgel. Ela é professora no Rio Grande do Norte e falou em audiência pública sobre a educação no seu estado e por extensão no Brasil.

Dois trechos da fala da professora Amanda Gurgel são transcritos a seguir:

"...A verdade visível a todo o mundo. É o fato de que em nenhum governo, em nenhum momento que nós tivemos no nosso estado (RN), na nossa cidade (Natal), no nosso País, a educação foi uma prioridade..."

"...Parem de associar qualidade em educação com professor em sala de aula. Parem de associar isso daí. Por que não tem como você ter qualidade em educação com professores três horários em sala de aula. Por que é assim que os professores multiplicam os R$ 930,00 - o valor do salário da professora Amanda Gurgel -. R$ 930,00 de manhã, R$ 930,00 à tarde, R$ 930,00 à noite para sobreviver."

Essas palavras são do povo que, da mesma forma que a professora Amanda Gurgel, trabalha para viver e construir esse País. Todos nós temos que parar para ouvir...

Vejam toda a fala da professora Amanda Gurgel no vídeo a seguir. É comovente. Mas acima de tudo um exemplo de cidadania.


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